[O texto a seguir é uma adaptação, para uma palestra proferida por John W. Loftus em março de 2009 num encontro da Evangelical Philosophical Society, do capítulo “The Outsider Test Of Faith” da primeira edição de seu livro Why I Became An Atheist]
Quando se trata de avaliar as reivindicações de veracidade do teísmo cristão, a pergunta mais importante de todas é se deveríamos abordar as evidências disponíveis pelas lentes da fé ou do ceticismo. A neutralidade completa e absoluta, embora desejável, parece ser praticamente impossível, já que a visão de mundo que utilizamos para avaliar as evidências preexiste ao olhar sobre as evidências. Assim, a questão que abordarei hoje é se deveríamos adotar uma predisposição religiosa ou cética antes de examinarmos as evidências para um sistema de crenças religiosas. Defenderei que a adoção de uma predisposição cética é a melhor escolha.
Meu Teste da Fé Do Infiel (Outsider Test Of Faith no original, doravante OTF) é apenas um dos vários argumentos que utilizo para demonstrar que ao examinarmos as evidências para um sistema de crenças religiosas uma predisposição cética é mais do que justificada. Existem evidências esmagadoras, inegáveis e incontroversas para o próprio teste que podem ser encontradas em bancos de dados sociológicos, antropológicos e psicológicos. Começarei com alguns dos dados que constituem os fundamentos para o teste. Então descreverei o teste, oferecerei alguns exemplos do que ele exige do fiel, e o defenderei contra seis objeções principais.
Existe um debate acalorado entre os apologistas cristãos sobre os “fatores de fundo” bayesianos, fatores que desempenham um papel significativo na avaliação da verossimilhança do Cristianismo em geral, da probabilidade da ressurreição de Jesus, da probabilidade da ocorrência de milagres, e do problema do mal. Mas o fator de fundo mais importante de todos para avaliarmos cognitivamente as reivindicações de verdade da fé religiosa é o plano de fundo sociológico e cultural.
O fundamento para o Teste do Infiel foi enunciado com muita propriedade pelo filósofo liberal cristão John Hick: “É evidente que em aproximadamente 99% dos casos a religião que um indivíduo professa e à qual ele adere depende de acidentes de nascimento.” Ou seja, se tivéssemos nascido na Arábia Saudita, hoje seríamos muçulmanos sunitas. Se tivéssemos nascido no Irã, seríamos muçulmanos xiitas. Se tivéssemos nascido na Índia, seríamos hindus. Se tivéssemos nascido no Japão, seríamos xintoístas. Se tivéssemos nascido na Mongólia, seríamos budistas. Se tivéssemos nascido no primeiro século a.C. em Israel, seríamos adeptos da fé judaica daquela época, e se tivéssemos nascido na Europa do ano 1000 d.C., seríamos católicos romanos. Pelos primeiros nove séculos do primeiro milênio da era comum, teríamos acreditado na teoria do resgate como explicação do modo como funciona o sacrifício de Jesus. Como os cristãos que viveram durante a Idade Média tardia, não veríamos nada de errado em queimar bruxas, torturar hereges e reconquistar Jerusalém dos “infiéis” nas Cruzadas. Estas coisas estão o mais próximo possível de serem fatos inegáveis a que se pode chegar no universo sociológico.
Houvéssemos nós vivido no Egito antigo ou na Babilônia, teríamos sido muito supersticiosos e politeístas até a medula. No mundo antigo, teríamos buscado orientação divina através da adivinhação, tentado alterar as circunstâncias por meio de mágicas e acreditado no temível mau-olhado.
Existe toda uma gama de temas e questões que admitem a diversidade também na política e na moral, diversidade esta baseada sobretudo em “acidentes de nascimento”. Homens caucasianos americanos teriam acreditado, como o presidente Andrew Jackson, no destino manifesto, nosso mandato outorgado por Deus para confiscarmos os territórios dos nativos americanos na expansão em direção ao Oeste. Ao longo do século 17 teríamos acreditado que as mulheres eram intelectualmente inferiores aos homens, e consequentemente não teríamos permitido que recebessem a mesma educação ministrada aos homens, e muito menos que votassem. Como Thomas Jefferson e a maioria dos americanos, teríamos pensado desta maneira a respeito das pessoas negras também, que elas eram intelectualmente inferiores aos brancos, ao passo que se tivéssemos nascido nos Estados do Sul, teríamos justificado a escravidão citando a Bíblia. Se no mundo de hoje tivéssemos nascido na Faixa de Gaza palestina, odiaríamos os judeus e provavelmente desejaríamos mata-los todos.
Estes tipos de crenças religiosas, morais e políticas, baseadas em condições culturais, podem ser multiplicadas numa extensa lista de crenças que manteríamos se tivéssemos nascido numa época e/ou num local diferentes. Voltaire estava certo: “Todo homem é uma criatura da época em que vive, e poucos são capazes de elevar-se acima das idéias de seu tempo.“
Condições sociais nos municiam com as crenças de controle iniciais que utilizamos desde o primeiro momento para integrar todas as nossas experiências e fatos conhecidos. Esta é a razão pela qual elas são chamadas de crenças de controle. Elas são semelhantes a viseiras. A partir do momento em que as colocamos, vemos muito bem apenas o que nossas viseiras permitam que vejamos, porque a razão e o entendimento são utilizados sobretudo a serviço destas viseiras.
Michael Shermer, um ex-cristão que tornou-se ateu, empreendeu um estudo abraangente das razões pelas quais as pessoas acreditam em Deus e em “coisas estranhas”. Ele afirma: “A maioria de nós a maioria das vezes formamos nossas crenças por uma variedade de razões que tem muito pouco a ver com evidências empíricas e raciocínio lógico. Em vez disso, variáveis como predisposições genéticas, predileções paternas, influências fraternas, pressão dos colegas, experiências educacionais e impressões da vida, todas estas coisas moldam as preferências pessoais e as inclinações emocionais que, combinadas com numerosas influências sociais e culturais, levam-nos a adotar certas crenças. Raramente qualquer de um de nós senta-se diante de uma tabela de fatos, pesa os prós e os contras e escolhe a crença mais lógica e racional, independentemente do que acreditávamos anteriormente. Em vez disso, os fatos do mundo nos alcançam através dos filtros coloridos das teorias, hipóteses, intuições, vieses e preconceitos que acumulamos ao longo de nossa vida. Então ordenamos a massa de dados e selecionamos aqueles que mais confirmam o que já acreditamos, e ignoramos ou racionalizamos os que nos desmentem. Todos fazemos isto, é claro, mas pessoas inteligentes são melhores nisso.“
O filósofo cristão Robert McKim concorda em alguns aspectos. Ele escreveu: “Ao que parece possuímos uma admirável capacidade para encontrar argumentos que respaldam as posições que mantínhamos anteriormente. Nossa razão é, em larga escala, uma escrava de nossos compromissos prévios.” Consequentemente, a noção inteira de um “julgamento racional independente” é suspeita, ele afirma. Não estamos aqui negando que os apologistas cristãos defendem sua fé com razões. É claro que eles o fazem. Estes apologistas, quando bons no que fazem, são pessoas inteligentes. Porém, como Michael Shermer também nos lembra, “pessoas inteligentes, justamente porque são mais inteligentes e mais bem educadas, são capazes de dar razões intelectuais justificando as crenças que vieram a adotar por razões não-inteligentes.“
A psiquiatra Dra. Valerie Tarico descreve o processo de defesa de crenças não-inteligentes por pessoas inteligentes. Ela afirma, “não são necessárias muitas hipóteses falsas para que nos engajemos numa demorada caça ao ganso.” Para ilustrar isto ela nos conta sobre o mundo mental de um esquizofrênico paranóico. Para uma pessoa assim a sensação de estar sendo perseguida pela CIA parece real. “Você pode sentar, como um psiquiatra, com um manual de diagnóstico próximo a você, e pensar: por mais bizarro que isso soe, a CIA realmente está na cola deste cara. Os argumentos são coesos, a lógica persuasiva, as evidências esmeradamente catalogadas. Tudo o que é preciso para erguer tal impressivo castelo de ilusões é uma mente clara e bem organizada e um punhado de hipóteses falsas. Indivíduos paranóicos podem ser bastante verossímeis.” Em sua opinião, é isto que os cristãos fazem e o que melhor explica por que é tão difícil abalar a fé evangélica. Eu não espero, é claro, que os cristãos concordem com ela que isto é o que fazem, mas a esta altura eles não podem negar que pessoas de fé religiosa fazem isto. O que explicaria de modo mais satisfatório porque ainda existe uma igreja Mórmon agora que as evidências genéticas demonstram conclusivamente que os nativos americanos não vieram do Oriente Médio?
Eu investiguei minha fé de dentro, enquanto a professava presumindo que fosse verdadeira. Mesmo de uma perspectiva interna com o sistema de crenças de controle cristão, eu não fui capaz de continuar a acreditar. Agora, de fora, ela não faz absolutamente nenhum sentido. Os cristãos estão do lado de dentro. Agora estou do lado de fora. Os cristãos veem as coisas de dentro. Eu vejo as coisas de fora. De dentro, ela parece verdadeira. De fora, ela parece quase bizarra. Como Mark Twain sabiamente disse, “A fácil confiança com que eu sei que a religião de outro homem é uma tolice insensata me ensina a suspeitar que a minha própria também é.“
Esta questão da perspectiva interna/externa é quase um dilema e prontifica me a propor e argumentar em favor do OTF, cujo resultado torna a pressuposição do ceticismo a postura preferível quando abordamos qualquer fé religiosa, especialmente a que se professa. O Teste do Infiel é simplesmente um desafio para testar a própria fé religiosa com a presunção do ceticismo, como alguém que dela não partilha. Ela exorta os fiéis: “Teste ou examine suas crenças religiosas como se você não as professasse com a mesma presunção de ceticismo que você utiliza para testar ou examinar outras crenças religiosas.” Seu pressuposto é que quando examinamos qualquer sistema de crenças religiosas o ceticismo é justificado, já que há boas chances de que o sistema de crenças religiosas particular do qual você é adepto seja falso.
O OTF não é diferente do que fez o príncipe na história da Cinderella, que precisou interrogar quarenta e cinco mil garotas para descobrir qual delas perdeu o sapatinho de cristal no baile da noite anterior. Todas afirmavam ser a dona do sapatinho. Portanto, definitivamente, o ceticismo é justificado. Isto é o caso especialmente quando não se dispõe de um pé correspondente empírico.
O grau de ceticismo justificado depende do número de pessoas racionais que discordam, se as pessoas que discordam encontram-se separadas em regiões geográficas distintas, a natureza dessas crenças, como elas se originaram, como elas foram pessoalmente adotadas em primeiro lugar, e os tipos de evidências que podem possivelmente ser utilizadas para decidir entre elas. Minha afirmação é que quando se trata de crenças religiosas um elevado grau de ceticismo é justificado em virtude destes fatores.
Seguramente alguém objetará inicialmente que isto é completamente draconiano em seu escopo. Por que assumir uma posição tão extrema? Eis a resposta: devido a como pessoas religiosas abordam todas as outras fés religiosas exceto a sua própria. Se alguém afirma não ser capaz de fazer isso porque ninguém pode testar qualquer coisa sem pressupostos de algum tipo, então este teste desafia o crente a substituir provisoriamente seus pressupostos. Se ele não puder realmente fazer isso, então deixe-me sugerir-lhe fazer o que René Descartes fez com uma dúvida metodológica (ou hiperbólica), apesar de eu não estar sugerindo este tipo de dúvida radical. Considere hipoteticamente sua fé da perspectiva de alguém que dela não partilha.
Se o crente se recusar a fazer isto então ele deve justificar a utilização de tal padrão duplo. Por que ele testa outras crenças religiosas de maneira diferente das suas próprias? Para alguém objetar que o que estou pedindo é injusto, ele tem o ônus da prova de mostrar por que razão sua abordagem inconsistente à fé religiosa é justificada em primeiro lugar.
Estou disposto a reconhecer que o que estou pedindo é uma coisa dificílima de se fazer. Isto porque, como o antropólogo Dr. David Eller explica, nossas crenças culturalmente herdadas são os olhos com que vemos o mundo. Não vemos a cultura. Vemos com a cultura. Nossas crenças culturalmente herdadas são quase como nossos próprios olhos. Não podemos facilmente arrancar nossos olhos para olha-los. Mas devemos tentar isto se desejarmos sinceramente examinar aquilo que nos foi ensinado a acreditar. Apenas os honestos, os consistentes e os corajosos alguma vez farão isso.
Para o teísta cristão o desafio do teste do infiel implica não mais poder citar a Bíblia para defender a alegação de que a morte de Jesus na cruz nos salvou dos pecados. O teísta cristão agora deve tentar explicar isso racionalmente. Não mais citar a Bíblia para mostrar como é possível que Jesus seja 100% Deus e 100% homem sem deixar nenhuma ponta solta. O teísta cristão deve agora tentar dar sentido a esta afirmação, como se ela proviesse de um povo antigo e supersticioso que não via problemas em acreditar que Paulo e Barnabé eram “deuses em forma humana” (Atos 14:11, 28:6). O teísta cristão também não deve presumir antes de examinar as evidências que existe uma resposta ao problema do sofrimento horrendo que existe em nosso mundo. E tem que ser inicialmente cético em acreditar em qualquer dos milagres relatados na Bíblia, assim como deveria ser cético acerca de qualquer alegação de ocorrência miraculosa nos mundo de hoje respaldando outras fés religiosas. Por que? Por que ele não pode começar acreditando na Bíblia, nem pode confiar que as pessoas próximas a ele que são teístas cristãos estejam de posse da verdade, nem confiar em suas próprias experiências religiosas anedóticas, já que tais experiências são vivenciadas por pessoas de todas as fés religiosas que diferem sobre o conteúdo cognitivo aprendido como resultado destas experiências. Ele desejaria evidências e razões para estas crenças.
O teste do infiel também desafia os fiéis a examinar as condições sociais e culturais em que vieram a adotar sua fé religiosa particular em primeiro lugar. Isto é, os fiéis devem interrogar a si próprios quem ou o que os influenciou e quais foram as verdadeiras razões para adotar sua fé em seus estágios primitivos. Cristão, apenas pergunte-se se as razões iniciais que você teve para adotar sua fé foram do tipo fortes. Apenas pense sobre os problemas que você vivenciou em suas igrejas paralelamente aos problemas intelectuais com que você se digladiou em reuniões como essa. Se você pudesse voltar no tempo sabendo o que você sabe agora sobre como os cristãos se comportam na igreja você ainda escolheria acreditar? E aqueles argumentos iniciais que o converteram seriam considerados por você hoje simplórios e indignos de consideração. Apenas pergunte-se se você teria se tornado um mórmon, houvesse um daqueles jubilosos grupos de mórmons amistosamente te abordado naquela mesma época vulnerável de sua vida. A maioria de nós, a maior parte do tempo, não possui boas razões iniciais para aceitar nossa fé religiosa, que da época de sua adoção em diante atua como um um par de viseiras em relação a como vemos as evidências. Simplesmente terminamos acreditando no que nos foi dito para acreditar por pessoas em quem confiávamos numa cultura dominada pelo Cristianismo.
Na pior das hipóteses, um crente deveria estar disposto a submeter sua fé a um rigoroso escrutínio lendo algumas das mais conceituadas críticas à sua fé, muitas das quais foram escritas por outros crentes declarados e praticantes. A fé evangélica, por exemplo, pode ser concebida como uma pequena ramificação de um galho chamado Cristianismo, que por sua vez está ligado a uma árvore frondosa chamada religião. O debate começaria levantando-se a questão de qual Cristianismo representa o verdadeiro Cristianismo em nosso mundo hoje. Em seguida a fé cristã de hoje guarda pouca semelhança com as teologias e a ética dos Cristianismos do passado, e se assemelhará pouco aos futuros Cristianismos porque a fé cristã é como um camaleão, mudando continuamente com o progresso do conhecimento. Mas uma vez que o debate entre cristãos esteja estabelecido, por mais remota que seja essa possibilidade, o próximo debate é entre o Cristianismo e todas as outras religiões do planeta. Eu afirmo que os evangélicos não podem vencer o primeiro debate, muito menos o segundo. O antropólogo cultural david Eller está certo: “Nada é mais destrutivo para a uma religião do que as outras religiões; é como uma colisão com sua parcela gêmea de antimatéria“.
Não obstante, se após ter investigado sua fé religiosa com a presunção do ceticismo ela sobreviver à inspeção intelectual, então você pode manter sua fé religiosa. É simples assim. Se não, abandone-a como eu fiz. Suspeito que se alguém se dispuser a encarar o desafio do Teste do Infiel, então sua fé religiosa revelar-se-á problemática, frágil e vulnerável e ele a abandonará junto com todas as outras fés religiosas, como aconteceu comigo.
(…continua…)
Ou acreditamos naquilo que nos falam, ou no que vivenciamos. Cada um escolhe como viver.
A parte da crença mórmon me chamou atenção e gostaria de fazer algumas perguntas ao inteligentíssimo autor do texto.
a) Qual seria a carga genética de um israelita em 600 A.C.?
b) Quem era e qual a origem da esposa de Ismael, a portadora do DNA mitocondrial (passado exclusivamente pelas mulheres de uma geração para outra)
c) Existe algum marcador genético exclusivo para se identificar um israelita?
d) O que realmente mostram os estudos de DNA das populações ameríndias?
Gilmar, uma coisa tem me despertado o interesse: teologia é ciência? Tenho amigos teólogos e eles afirmam que sim (óbvio!). O que você acha? Tens algum material sobre isso?
Grato
Carlos, depende do que se entende por ciência. Seus colegas provavelmente tem uma mente uma definição na linha de “um corpo de conhecimentos organizado e sistematizado, obtido de acordo com uma metodologia própria”, e nesse sentido bem amplo teologia pode, com alguma generosidade, ser considerada uma ciência, assim como também a filosofia. Por outro lado, se nos restringirmos ao critério popperiano de falseabilidade, que acredito ser a visão predominante na epistemologia contemporânea (posso estar enganado), a teologia (e nem a filosofia) não é ciência, já que suas proposições não são falseáveis, não são refutáveis, como as afirmações sobre o mundo empírico produzidas pelas ciências naturais, o são.
[…] Para saberem mais sobre quem é o John Loftus, vejam este link. […]
Também agora tudo é falácia genética!
E eu perdendo meu tempo pra no fim ver só mais uma falácia genética… E quando é que os ateus vão ser auto-céticos também? Quando vão perceber que não pode haver nem bem nem mal e, no fim das contas, nem mesmo racionalidade (afinal ela não passa de um fruto de um processo aleatório) num framework ateu? Quando vão perceber que “ciência nas lacunas” é tão falacioso quanto “Deus nas lacunas”? Quanto mais eu procuro argumentos inteligentes escritos por ateus, mais desgosto dá… =/
Eu quero te fazer uma pergunta, que direciona a conversa para outro lado além do qual o Gilmar irá te responder, provavelmente. Como você define a Falácia Genética e quais são os limites de sua aplicação? Pergunto isso porque acho estranho como ela é aplicada em certos casos e fico com a impressão de que a grande falácia é a própria falácia genética.
Veja bem, imagine essa conversa hipotética que tive com um amigo:
EU: “A história contada no Senhor dos Anéis é verdadeira!”
ELE: “Errado, esse é um livro de ficção e o próprio autor disse isso.”
EU: “Falácia Genética! Ele foi inspirado pelo espírito dos antigos elfos e não sabe disso!”
Essa minha alegação de falácia genética é evidentemente falaciosa rs Mas agora me responda: qual a diferença entre a minha acusação de falácia genética e a sua que torna a minha falaciosa e a sua não?
Não estou advogando aqui que a alegação de falácia genética seja sempre uma falácia, mas sim que provavelmente ela está sendo usada de maneira descriteriosa. Por isso quero saber: quais os critérios que vc usa?
Marco, o IP desse “anônimo ilustre” é 200.219.132.75. Joga num localizador de IP’s e veja para onde aponta. Para o Luciano isso tem um lado bom e um lado ruim. O lado bom, como se vê pelo vocabulário da figura, é que ele foi bem sucedido em incutir sua forma de pensar nos parlamentares da bancada teocrática em Brasília, e provavelmente isso terá reflexos na forma como será conduzida a propaganda eleitoral das próximas eleições. O lado ruim da história, e o Luciano deveria dar um puxão de orelha nesse leitor dele por isso, é que esse indíviduo está desperdiçando o tempo pelo qual é pago com o dinheiro dos nossos impostos para trabalhar pelos interesses dos cidadãos navegando em sites de neoateísmo! Luciano, vc que é tão zeloso pelo bom emprego dos recursos públicos, encaminhe uma denúncia de improbidade administrativa para a Câmara dos Deputados em Brasília contra esse sujeito! faça esse sujeito ser demitido! Isso não pode ser tolerado!