Autor: Michael Oakeshott
Fonte: Religion, Politics, and the Moral Life (New Haven/Londres: Yale University Press, 1993), pp. 27-38
[Neste ensaio escrito em 1929 Michael Oakeshott trata dos conceitos do secular e do religioso. A partir de elementos encontrados numa breve análise dos significados destes conceitos entre os cristãos primitivos e medievais, o autor propõe uma nova interpretação que preserva a polaridade das anteriores ao mesmo tempo em que apela à mentalidade contemporânea, sendo perfeitamente compatível com um esquema conceitual ateísta.]
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“A religião pura e imaculada”, escreve São Tiago, “…é não se deixar contaminar pela corrupção do mundo”; e com esta afirmação ele aparentemente renuncia completamente a despertar nosso interesse. Pois, se há uma noção dentre aquelas que imaginamos ter governado as vidas daqueles cristãos primitivos que, acima de qualquer outra, não provoca a menor adesão de nossas mentes, mesmo com alguma restrição, certamente é esta _ que a religião consiste em abandonar o mundo por uma existência reclusa, talvez virtuosa, para a qual a designação ‘vida’ dificilmente pode ser atribuída. Se a religião se resume a isso, ou se não puder ser outra coisa que não isso, trata-se de um compromisso para o qual não podemos encontrar nenhum lugar em qualquer vida que desejaríamos viver, nem qualquer resposta no mundo de ideais com o qual nossa civilização nos familiarizou. É uma corrida na qual não desejamos entrar. No entanto, tal ideal transcendente ainda angaria adeptos convictos; e, com efeito, seria difícil encontrar qualquer descrição, seja da religião em geral ou do Cristianismo em particular que, em algum sentido, não se posicione contra o mundo, ou qualquer ideal religioso que não contenha nenhuma sugestão de uma fuga d’
A inútil e estressante agitação, e a febre do mundo
Assim, pareceria que nós, que nutrimos alguma afeição pela vida e consideramos este mundo tantas vezes decadente não de todo desprovido de méritos, somos o protótipo da irreligião. Não há dúvidas de que há alguns nos quais tal conclusão não causará a menor angústia; outros, porém, menos dispostos a pegar o mundo e largar a religião, podem pensar que vale a pena refletir sobre a questão “o que é este ‘mundo’ do qual tanto ouvimos falar e sobre o qual raramente somos convidados a refletir?”. Pois, se nosso interesse depende da religião, dificilmente ficaríamos satisfeitos com o dogma segundo o qual ela consiste numa fuga do ‘mundo’, quando a única coisa que sabemos do ‘mundo’ é que ele é aquilo de que o homem religioso deve fugir. Para mim, pelo menos, é difícil acreditar que, no homem jovem, uma piedade precoce, e preconceitos morais no homem velho, são os únicos sinais ou são sinais inequívocos da verdadeira religião. Não obstante, frequentemente tais disposições são tomadas como as marcas de uma vida não-mundana. E, além disso, a própria unanimidade com que o secularismo tem sido apontado como o principal inimigo da religião sugere que o ‘mundo’ abriga mais do que apenas um significado.
Para os cristãos primitivos, o mundo que eles descreveram como sombrio e maligno era a época em que viviam, ou a ordem de coisas existente. Eles viviam na expectativa imediata da Segunda Vinda, evento que eles retratavam para si próprios (segundo o costume de sua época) como uma catástrofe súbita que traria um fim ao mundo e conduziria a uma Nova Era. O mundo, para eles, a época em que viviam e a sua organização política e social, os costumes de sua civilização, não somente os prazeres como também as necessidades da vida, _ tudo pertencia a uma ordem tão instável que manter-se livre de seu fardo era o mínimo que alguém poderia fazer para preparar-se para o Dia do Senhor. Para eles a religião, definida como manter-se puro da corrupção do mundo, era algo fácil de compreender e ao qual se assentia com naturalidade. Tal visão implicava não o dualismo quasi-filosófico de interesses materiais e espirituais, mas a noção mais hebraica e mais simples de um dualismo de períodos históricos. A era vindoura não era imaginada, à maneira moderna, como o produto da época existente; suas relações eram sequenciais, não consequenciais; e meramente escapar da trama caótica da era presente era qualificar-se para o que estava por vir. Para alguns, era verdade que “tendo amado este mundo atual”, recuaram e foram engolidos por suas trevas, mas para a maioria a expectativa do fim era vívida o bastante para impedir qualquer hesitação. E, de fato, a vivacidade da crença era seu maior perigo; é difícil para nós imaginar o temor crescente, o pressentimento lento e gradual de que tudo não era como deveria ser, quando os atrasos se acumulavam e o Fim não se completava. São Paulo estava entre os poucos homens que aparentemente se defrontaram com esta contingência antes que sua percepção se generalizasse, e a maior parte de sua vida foi gasta num esforço para reconciliar a expectativa cristã de um fim do mundo com a desilusão do adiamento. E a partir deste esforço surgiram os Evangelhos, a teologia cristã e uma nova doutrina do mundo.
Segundo esta concepção que dominou a Idade Média, o mundo que é inimigo da religião não é um mero período de tempo; tampouco, em sua maior parte, os cristãos continuaram esperando por um fim repentino. O ano 1000 AD teve suas turbulências e ansiedades; porém, encerrado este breve período, a Cristandade estabeleceu-se sobre a noção de que a vida de alguém que escapou ao contágio do mundo consiste numa relativa liberdade dos interesses materiais e numa completa renúncia a quaisquer prazeres, exceto pelos mais elementares. A disparidade entre este mundo e o outro mundo deixou de ser uma mera questão de tempo, tornando-se uma questão de lugar: o mundo material era contrastado com um assim chamado mundo espiritual. Estar isento da corrupção do mundo significava viver, sem prazer, uma vida tão dividida entre este mundo e o outro mundo que exigiu a invenção de toda uma psicologia para persuadir os homens de sua possibilidade. Este mundo de interesses e atividades, eles acreditaram que estaria com eles até o fim; mas eles deveriam nele habitar como estranhos. A tal mundo pertenciam seus corpos e seus sentidos, suas mentes e suas ideias, o conhecimento e a verdade, a arte e a literatura, a política, o patriotismo, o prazer e o comércio: todas as coisas, exceto aquela abstração tênue e fugidia que eles valorizavam acima de qualquer outra coisa _ suas almas.
Ó enfadonha condição da humanidade / Nascida sobre uma lei, a outra presa /
Vaidosamente gerada, apesar da vaidade proibida / Criada doente, ordenada a ser sadia./
Que tinha em mente a natureza com estas leis contraditórias?
Agora, a ideia de que tal mundo não produziria em nós nenhum desejo além do anseio de escapar-lhe é algo com o que não simpatizamos muito. O secularismo deve significar o apego a algum outro mundo que não este mundo tão desejável de interesses físicos e intelectuais para ser o inimigo de qualquer religião cuja perda seja aflitiva. É verdade que a dicotomia medieval entre o natural e o sobrenatural ainda é convincente para alguns, mas não acho que seja satisfatória para a maioria de nós, e seu poder de satisfazer certamente está declinando. Mas isto não implica que não exista nenhum mundo do qual o homem religioso desejará escapar; e penso que há algo na primitiva ideia cristã do mundo que nos sugere uma visão mais satisfatória da religião e do tipo de secularismo com o qual ela antagoniza. A mera expectativa da súbita dissolução de tudo o que entendemos por civilização talvez não esteja menos fora de sintonia com a visão das coisas pela qual gostaríamos de viver do que o é o mero desejo de fugir de certas atividades associadas a essa civilização, mas penso que isso esconde uma ideia ao mesmo tempo profundamente religiosa e não alheia ao espírito contemporâneo a ponto de nos ser ininteligível. O mero fato de que o fim esperado não se realizou do modo imaginado, conquanto suficientemente desconcertante para o cristão primitivo, foi menos destrutivo para suas crenças reais do que podemos supor. Pois sua confiança na vindoura dissolução do mundo era tanto uma expressão de uma certa escala de valores como uma expectativa vulgar pela ocorrência de um evento histórico. Fundamentalmente, ele acreditou que a história e o mundo natural deveriam ser mantidos subordinados a ele, a sua vida e a seus propósitos; e que o fato de que os anos passariam e nada aconteceria não precisava destruir a força desta crença naquele cuja imaginação ela excitava.
Aqui, então, uma nova dicotomia é sugerida. O mundo que a religião rejeita não é mais um mundo de coisas e interesses, mas um sistema de crenças, uma escala de valores. E o outro mundo, ao qual a religião pertence, não é um mundo de restrições e interesses estreitos, erigido a partir de um secularismo mais amplo, mas, como seu antípoda, um sistema de crenças e uma escala de valores. Resguardar-se da corrupção do mundo não significa restringir o horizonte de nossas experiências, mas permanecer livre de qualquer influência de uma certa escala de valores, livre de uma certa maneira de pensar. Tampouco deve esta liberdade ser arbitrária; ela deve ser perseguida com anelo e preservada com ardor. A religião não é alcançada até que habitemos seu mundo porque sabemos que sua escala de valores e seu modo de pensar nos satisfaz mais do que qualquer outro. O outro mundo da religião não é nenhum mundo sobrenatural fantástico do qual algumas atividades e interesses foram excluídos; é um mundo espiritual no qual cada coisa é valorizadas não como uma contribuição para algum desenvolvimento ou evolução, mas como é em si mesma.
Imagino que quando rejeitamos o dualismo vulgar da visão medieval, a distinção entre o mundo e a religião parece depender mais naturalmente de valores materiais e espirituais. E nossa crença no dinheiro, conforto, prazer e prosperidade, e o valor peculiar que atribuímos a estas coisas é considerado como o que nos distingue como seres-no-mundo (worldings); enquanto uma vida dedicada a um ideal é alguma evidência de religião. Mas tal visão é, em minha opinião, de uma superficialidade pouco menor do que aquela para cuja substituição foi proposta, pois ela também não faz nada além desonerar um elemento de nossa experiência ao custo de outro. O que realmente distingue o homem mundano é, penso eu, sua crença na realidade e permanência da ordem de coisas presente.
Como eu o vejo, o homem mundano, acredita na estabilidade fundamental da ordem presente, ou que ela meramente se transformará em outra. A terra sobre a qual caminhamos, a espécie a que pertencemos, a história que fazemos, as comunidades a que servimos, as ciências ou artes para as quais contribuímos, parecem-lhe permanentes; permanentes, em todo caso, quando comparadas com aquela coisa instável que chamamos de self. Esta crença implica o que pode ser descrito como um padrão externo de valor: as coisas são imaginadas dotadas de algum valor independentemente de seu valor na vida de um indivíduo; e consequentemente, o que é prezado é o sucesso, significando aqui a realização de algum resultado externo. Na pior das hipóteses, talvez, isto termina numa vida orientada para a mera construção de uma reputação; na melhor, em uma vida cujo significado é procurado exclusivamente na contribuição feita para alguma arte, ciência, ou qualquer outra das atividades contínuas da vida humana. Consequentemente, a história e a tradição adquirem uma importância exagerada, e o legado do passado muitas vezes é herdado mecanicamente, da mesma maneira que se pode herdar uma propensão para desenvolver alguma doença ou um livro numa língua estrangeira. O futuro é o Moloch ao qual o presente é sacrificado, e a vida que deixa atrás de si êxitos reais é valorizada acima daquela que se empenha arduamente para ser seu próprio êxito. Associada a esta crença está também a noção de que uma carreira é o principal objetivo da vida; pois uma carreira é a única evidência que um indivíduo pode deixar de realizações externas, se ele não faz nenhuma contribuição às artes, à ciência ou à literatura. A via segura é buscada, a prudência é considerada uma virtude e, em benefício de um homem velho hipotético que pode portar seu nome trinta anos no futuro, o homem jovem poupa suas energias e restringe suas atividades.
Este conjunto de crenças – e há poucos de nós que não estão saturados delas – é o mundo, o único mundo verdadeiramente adversário da religião. Nada pode estar infalivelmente livre de sua influência; sua mão pesa sobre as artes e a literatura, não as dividindo, como antes, em secular e religiosa, mas impondo sobre elas seu ideal de sucesso, de história e de tradição – e sob seu controle elas perecem. A própria religião é interpretada de forma a ajustar-se a este ideal, tornando-se um antiquarismo piedoso cujos devotos, à semelhança dos Bourbons, não aprendem nada e não esquecem nada. Foi deste mundo de trevas e de seus valores elusivos que a crença infantil e errônea sobre o fim dos tempos resgatou um ideal de realização exterior, cujas circunstâncias fizeram parecer tão fútil para aqueles que, não importa o quão pouco estivessem conscientes disso, encontraram em sua vivência atual todo o valor da vida.
Mas se fôssemos adotar alguma crença similar, porém mais plausível, um análogo daquela antiga superstição, descobriríamos que nossos valores também sofreriam uma alteração correspondente. No lugar do padrão externo de valor do mundo, adotaríamos um padrão mais pessoal. O ideal de sucesso e realização seria rejeitado em favor de um no qual o êxito arduamente buscado seria a realização de um self. A “massa vulgar chamada ‘trabalho’”, “coisas feitas”, cessariam de ter valor por seu resultado, mas somente na medida em que fossem capazes de se mostrar valiosos como elementos na experiência presente da coisa mais estável e permanente na vida – nossos selves. A ambição e a ganância do mundo por resultados visíveis, em que cada estágio é uma mera aproximação ao objetivo, seriam suplantadas por uma vida que carrega em cada um de seus momentos todo seu valor e significado. Pois, afinal, poderia alguma noção de vida ser mais fútil e vazia do que esta ideia de que seu valor é medido por sua contribuição a alguma coisa julgada mais permanente do que si próprio – uma raça, um povo, uma classe, uma arte, uma ciência ou uma profissão?[1] Certamente, isto é pregar uma imortalidade ilusória, fazer da humanidade um Sísifo e de sua vida o trabalho sem sentido de empurrar montanha acima uma pedra inútil. Pois, com uma probabilidade não desprezível, se valorizamos apenas realizações exteriores, a morte ou uma doença nos privarão de nossa colheita, e teremos vivido em vão.
E muito antes de completarem a metade da jornada/Sepultam um pobre diabo no chão,
queixa-se Wagner no Fausto. E isto deve ser sempre verdadeiro quando o sentido da vida é procurado em realizações exteriores, na ampliação do conhecimento, numa carreira ou na contribuição individual para a arte ou a ciência. Mas tão logo vemos claramente que as mais ricas posses são desprovidas de valor independente de as apreendermos intuitivamente, a vida do mundo não exerce mais qualquer encanto sobre nós. O valor de uma vida é medido, então, por sua sensibilidade, não pela realização exterior de uma reputação atrás da qual pode se ocultar uma falta de verdadeira intuição. O legado do passado não mais será herdado mecanicamente, pois, quando se sabe que toda opinião que não resulta de uma sensibilidade viva – não importa que opinião seja – é meramente parasitária e inútil, os homens veem com mais clareza o quão perigoso é ser um herdeiro.
O que hás herdado de teus pais/Adquire, para que o possuas/O que não se usa, um fardo é, nada mais/Pode o momento usar tão só criações suas.
O homem religioso não herdará nada que ele não seja capaz de apreender por genuína intuição. Ele sabe muito bem que “não passa de uma alegria vazia aquela buscada nos títulos obtidos sobre o crédito alheio” para desejar viver sobre o passado, o seu próprio ou o de outros. Tampouco se permitirá que o futuro continue a pesar sua mão devastadora sobre o presente, pois, embora viver no presente possa parecer frívolo, viver para o futuro certamente é vão. E no conhecimento, no lugar de um ideal de aquisição sóbria e confiável para alguma finalidade ulterior a qual talvez não possa nunca ser compartilhada, ele seguirá um ideal que o valoriza exclusivamente por seu valor para a intuição presente. E ele irá manter uma espécie de desprendimento cândido em face dos mais elevados êxitos presentes.
A revolução exigida para estabelecer esta visão da vida seria obviamente imensa, pois na maioria de seus aspectos ela colide frontalmente contra o senso comum de nossa época. Tal visão é considerada atualmente como um ideal apropriado apenas para poetas e mulheres: este mundo certamente está ‘entranhado demais em nós’ para que sua influência seja facilmente evitada. Mas, embora não tenhamos uma crença como a expectativa de um fim iminente do mundo para acarretar esta mudança, temos, penso eu, nas crenças naturais da juventude, não ofuscadas pelas demandas sórdidas da idade e da experiência, um motivo e um fundamento fortes o bastante para produzi-la e sustenta-la. Na juventude, antes de consentirmos em aceitar a vida como ela é, antes que a prudência tenha nos ensinado a tolice de viver em função de nosso futuro, antes de sucumbirmos à paixão da classe média por segurança, regularidade e posses, acreditamos que a coisa mais importante é preservar a qualquer custo nossa integridade de caráter, pois acreditamos que os homens, e não as coisas que eles criam, são permanentes e duradouras. A extensão da arte não nos oprime, pois não estamos conscientes da brevidade da vida. De fato, a discrepância entre a extensão da arte e a da vida é completamente falsa, dependendo, por assim dizer, da noção mundana de que a arte deve ser encontrada em galerias e livrarias ou em qualquer outro lugar, exceto na sensibilidade pessoal. Na juventude, este ideal é natural e bastante satisfatório; mas o mundo é poderoso, e o sabor distintivo do ideal se apaga na medida em que cresce em nós a disposição para rebaixarmos nosso padrão; pois é muito mais fácil nos imaginarmos alcançando nossa finalidade através de uma carreira ou de uma contribuição, assim como é mais fácil saber tudo sobre um quadro do que desenvolver uma sensibilidade para ele. E este chamado do outro mundo – que pode ter fracassado em seduzir, uma vez ou outra, apenas uma minoria – vai-se como o grito de um cuco, tão perto num instante, tão distante no seguinte. Assim como esse grito, porém, às vezes ele retorna, embora os intervalos a que o ouvimos claramente tornem-se cada vez maiores à medida que o mundo nos satura. E não me parece um mero devaneio poético que a crença na fugacidade das coisas que os homens fazem e criam e na permanência e no valor da sensibilidade e da fruição por intuição, e o consequente desprezo pelo mundo e seu ideal “carreirista”, retorne anualmente com a primavera. De qualquer maneira, não sei por que deveríamos ser indiferentes ao chamado das estações, e nos comportarmos de maneira tola, como se a primavera e o inverno fossem a mesma coisa. No outono lamentamos a primavera; na primavera nos aterrorizamos com a chegada do outono; no entanto, no inverno nos esquecemos do quanto a primavera pode ser perfeita. Porém, apenas aqueles surdos para sua linguagem não sentem a inspiração recorrente para superar o mundo, e esses, embora possam ter ganhado o mundo inteiro, perderam a si mesmos e consigo tudo o que tem valor.
Portanto, ao contrário do que alguns tentam nos fazer crer, a religião não é um interesse associado à vida, uma atividade subsidiária; tampouco é um poder que governa a vida de seu exterior com uma sem dúvida divina mas certamente incompreensível sanção autoritária. É simplesmente a própria vida, a vida dominada pela crença de que seu valor está no presente, não meramente no passado ou no futuro; é a crença em que se perdemos a nós próprios perdemos tudo. “Pouquíssimos homens, apropriadamente falando, vivem no presente”, escreve Swift, “mas fazem preparativos para viver outra vez”. Tal coisa me parece uma vida irreligiosa, a vida do mundo. O homem do mundo não descuida de nada exceto de si mesmo e de sua vida; mas para o homem religioso, a vida é demasiado curta e incerta para ser poupada, demasiado valiosa para ser desperdiçada agradando aos outros, seja no passado ou no futuro; demasiado preciosa para ser jogada fora a troco de algo que ele não está convencido de ser seu bem supremo. Neste sentido, então, somos todos, em alguns momentos, religiosos; e que esses momentos não sejam mais frequentes não se deve a nada além de nossa apreensão incerta da própria vida, nossa relativa ignorância do tipo de vida que nos satisfaça integralmente, e não apenas em alguns aspectos; aquele tipo de vida para o qual nenhum tipo de arrependimento retrospectivo pode ser concebido.
Uma revitalização religiosa às vezes é pregada e comentada como se pudesse ser completamente independente de outras condições e sem relação com qualquer coisa exceto, talvez, um comportamento estritamente moral. Porém, como a vida religiosa, na visão em que tentei representa-la, equivale à própria vida em sua plenitude, não pode haver nenhuma revitalização da religião que não seja uma revitalização de um estilo de vida mais sensível e mais ousado. E tal vida pode facilmente ser sufocada sob uma montanha de preconceitos morais, bem como dissipada por experimentos morais – talvez ainda mais facilmente. No entanto, se o leitor está à procura de uma aplicação mais estritamente moral do que estive dizendo, de maneira alguma eu o desencorajaria; ao contrário, eu pediria que considerasse se o que fiz não é, afinal, apenas uma elucidação do que temos em mente por honestidade, e se o caráter religioso ou não-mundano pode, de maneira não ininteligível, ser descrito como aquele cuja principal virtude é a sinceridade. Mas, de qualquer maneira, penso que há alguma evidência para acreditar que neste sentido, a geração vindoura tem a possibilidade de ser mais religiosa do que sua predecessora mais estabilizada. “A juventude de hoje” diz um escritor dotado de algum discernimento,
Parece-me intensamente interessada na vida; mas, se a observo diretamente, é mais desfrutar a vida como um recurso para a experiência do que como uma oportunidade para alcançar o sucesso, que os absorve e excita… Essa vida pode ser acima de tudo uma oportunidade para levar adiante um plano preconcebido, para se empenhar rumo a um objetivo distante; que isso deva ser coroado pelo menos por aquela fama duradoura que é a recompensa final de uma carreira completa, – este seria um ideal antiquado.
Não mais pedimos pela sabedoria final, mas pela liberdade de uma vida não conspurcada pelo mundo. O objetivo da vida não é, para nós, algo distante, mas está sempre presente aqui e agora na realização de uma sensibilidade pessoal. E a covardia, o vício mais repugnante para a religião como a vejo – uma disposição para impedir o influxo do Novo, e resistir às suas consequências – tem para nós bem menos atrativos do que costumava ter. A consciência tornou covardes algumas gerações, a história e a tradição outras, mas uma geração que fosse religiosa deveria ser corajosa o bastante para realizar uma vida que seja verdadeiramente contemporânea. E então, em nossa época, como em todas as grandes épocas, podemos encontrar mais homens vivendo suas vidas e menos esperando pela vida em algum futuro vago e mal-concebido.
Talvez sejamos levados tão frequentemente a qualificar este caráter não-mundano por meio de negativas porque achamos difícil visualiza-lo, tão saturados nos encontramos das ideias do mundo. Para o mundo, a religião aparece naturalmente como uma forma de indiferença ou quietismo, mas não se deve esperar que a verdade última sobre esta questão esteja com o mundo. E, com efeito, tão logo começamos a extrair destas qualificações negativas suas conclusões, emerge de nós um caráter que, se por um lado não encontra lugar nas afeições do mundo, pelo menos não lhe é completamente ininteligível. Isto, então, é o caráter do homem religioso hoje, como eu o concebo.
Ao contrário do típico santo medieval, o homem religioso não tenta deixar as belezas e atrações do mundo visível fora de seu horizonte, ou subjugar o corpo e oprimir a mente; ao contrário dos cristãos primitivos, ele não é movido por nenhuma expectativa fantástica; ao contrário dos filhos desta época, ele não é fascinado por nenhuma esperança de uma Idade de Ouro Vindoura. O ideal do mundo é o sucesso, pedindo por realizações, e considerando cada vida como uma mera contribuição para algum resultado remoto. O passado alcança o futuro, e o presente e todo sentido e sentimento que dele se possa derivar se perde. De tudo isto o homem religioso só quer distância; estas são formas de secularismo que matam a religião. Ele conservará ao longo de sua vida a recusa da juventude de aceitar a vida como ela é, e a condição presente da sociedade sempre lhe causará descontentamento. O que o governa não é o ideal de mundo de realizações visíveis; a vida, para ele, significará mais do que uma carreira, e ele não medirá seu sucesso pelo degrau que ocupa numa hipotética escala evolutiva. O mundo e seu ideal carreirista apresenta toda uma miscelânea de propósitos possíveis para a vida, mas para o homem religioso tais propósitos não passam de distrações de seu verdadeiro negócio.
O mundo/É cheio de vozes, o homem é chamado e impelido/por cada uma:
mas o homem religioso, impassível diante destas glórias e intocado por estes valores, busca a liberdade, “liberdade de constrangimentos como o remorso pelo passado e o planejamento do futuro”, liberdade da opressão de motivações exteriores e opiniões parasitas; liberdade esta que é a condição exclusiva da integridade intelectual valorizada acima de qualquer outra coisa. Para ele, a vida não é um jogo de habilidades, pessoas e eventos não são adversários valorizados em função de algo a ser obtido ou alcançado além deles. Na vida extemporânea ele merece viver, nada é de valor último exceto a intuição presente, uma apreensão da coisa em si mesma, e o único fracasso, cair de volta naquela desordem anódina que os homens procuram substituir pela mera ampliação do conhecimento, ou por uma carreira, ou por esta ideia de uma contribuição, em vez de se engajarem na demasiado árdua tarefa de alcançar uma sensibilidade pessoal.
Memento vivere é o único preceito da religião; e o homem religioso sabe como é fácil esquecer-se de viver. Mas ele tem a coragem de saber o que pertence à sua vida e, com isso, escapa do tedioso ciclo de imitação com o qual o mundo cobre sua ignorância da razão pela qual está vivo. Ele ama demais a vida para pagar muito caro pela mera existência – dar-se a si próprio em pagamento. Ele não está entre os que estão dispostos a viver a qualquer preço; a condição pela qual ele se engaja na vida é não dar nada em troca de si mesmo. Ele tem horror à sordidez, não à morte; e ganhar a vida sem fazer algo da vida é sórdido. Para ele, a vida é bem perdida numa causa arrojada, pois esse pelo menos é um modo de ganha-la. E a única imortalidade que o fascina é uma imortalidade presente; “até onde for possível viver como um imortal”. O mundo tem uma imortalidade de que dá testemunho, uma imortalidade encontrada em alguma perfeição futura e distante da raça, mas o mundo pratica a morte. Pois, na visão do mundo, a vida humana é um episódio insignificante, breve como um sonho, é apenas o acúmulo de realizações de homens reais e substanciais; e esta visão exige que cada homem pague-se a si próprio. Mas o que um homem pode receber em troca de si próprio? Tudo nos falta se faltamos a nós próprios.
O homem religioso, embora possa levar-se a sério, não entediará os outros deixando que eles saibam que ele assim procede, porque é somente na visão do mundo que um homem progride por tornar conhecido o que ele é; para a religião é suficiente sê-lo. E, que o mundo deva a infligir sua vingança sobre aqueles que negam esta visão deve ser apenas esperado, mas a vingança do mundo não fere ninguém que não seja um filho do mundo. E aqueles que cultivaram o desprezo pelo mundo descobriram os meios para bani-lo.
Este, então, é o homem religioso, que vê todas as coisas à luz de seu próprio espírito, e não deseja possuir nada exceto sua intuição presente. Para ele, as vozes do mundo não apagaram a voz da juventude e da vida. Firme na posse de si mesmo, nada lhe falta. O medo não tem nenhum significado, a segurança nenhum apelo, a ansiedade nenhuma ocasião, e o sucesso não está associado a nenhum futuro obscuro e problemático. Ele mantém-se isento da corrupção do mundo:
Do contágio da mácula sorrateira do mundo/ele está imune.
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Leia também:
Notas.
1. O conflito entre ciência e religião também se mostra aqui. Para a ciência, a vida humana aparece como um breve interlúdio na história de um planeta insignificante, e a importância do pensamento e da sensibilidade humana é proporcional ao tempo e ao espaço que ocupam no universo. “O universo inteiro”, observa o Professor Jeans, “é cerca de 1000 milhões de vezes maior do que a área visível num telescópio que revela 2 milhões de nebulosas. Multipliquemos agora 1000 milhões por 2 milhões e o produto por 1000 milhões. A resposta (2X10^24) dá uma ideia do provável número de estrelas no universo; o mesmo número de grãos de areia espalhados sobre a Inglaterra formaria uma camada de centenas de jardas de profundidade. Reflitamos sobre o fato de que nosso planeta é uma milionésima parte de um desses ‘grãos de areia’, e nossos negócios mundanos, nossos problemas e sucessos começam a aparecer em sua correta proporção em relação ao universo como um todo.” Eos: or, The Wider Aspectos of Cosmogony, p. 21. Para a religião, porém, a importância da vida humana é sempre um valor sentido que nenhum argumento ‘científico’ pode ditar ou destruir. E que tal valor seja considerado ‘irreal’ ao lado do valor ‘real’ da ciência é mais do que apenas um pouco arbitrário. Este ‘universo’ da física é, afinal, a criação de um tipo de pensamento abstrato e particular da parte de um número insignificante dos habitantes insignificantes deste planeta insignificante; e a importância relativa das coisas é um tema sobre o qual a ciência é impotente para nos iluminar.
Entendi, mas isso afeta o caráter de Deus pois se Ele deixa seres queimando eternamente isso para os aniquilacionistas impede que Ele seja um Deus amoroso ao passo que para os imortalistas se Deus aniquila Ele não seria justo pois Ele sendo eterno a punição deveria ser eterna também e se a punição é eterna segundo a concepção mortalista aniquilacionista pois permitiria a existência eterna do mal e aí a justiça de Deus teria falhado. então aí temos duas formas diferentes de ver Deus e somente uma está correta.
Você mesmo entende que uma aniquilação rebaixaria o amor de Deus e também afetaria os seres humanos e biblicamente o ser humano é a principal criação dEle e como está escrito na Bíblia que Deus é amor isso afetaria a essência dEle então observe como é importante entender a visão correta. E ainda pelo que eu entendi se o ser humano não tem uma alma imortal( visão imortalista) ele seria apenas uma soma ( fôlego de vida + corpo) logo não seria um ser em si e então Jesus veio para algo inexistente e a missão de Jesus seria totalmente em vão e afetou também a antropologia do ser humano. Isso indica falha em Quem inspirou a Bíblia também.
Sua defesa a favor da existência eterna do inferno junto com a imortalidade negam o aniquilacionismo, e veja você defende tais crenças e se existe esse empenho e dedicação em defende-las é porque tem muita importância logo a visão contrária que é a do aniquilacionismo e que o ser humano é uma alma que morre é um erro muito sério pois não viria da mente de Deus.
Então a Bíblia não é clara nesse assunto e como o exame das Escrituras é livre a interpretação também é e quem decide são os seres humanos.Muito estudo e dedicação são essenciais e mesmo sem oração ao espírito santo o ser humano consegue interpretar a Bíblia. Negando tal ação do espírito santo isso mostra que o mesmo ou é falho pois dá interpretações diversas aos crentes ou ele não é necessário e em ambos os raciocínios como ele é considerado Deus chegamos a conclusão que existe falha em Deus.
Acredito que muitas pessoas estejam se convertendo ao Cristianismo sim mas nem todos, entendo que budistas e hinduistas convictos de suas fés não abandonarão suas crenças. Para os budistas alcançar o Nirvana é superior a ressuscitar e ir para o Céu. Talves muitos não tenham apreendido a mensagem e a vivência.
Interessante, de fato Prof. C.S. Lewis me pareceu ser um homem inteligente
sim, não nego isso porém não sei se ele analisou a questão como um todo da mesma forma que um cristão pode ser um estudioso da Bíblia e ter opinião divergentes de outro cristão igualmente sincero que também estuda a Bíblia em relação à mesma passagem. Será que C.S. Lewis questionou como seria a essência de Deus? Será que ele se perguntou Deus é quem de forma objetiva? Onde encontrar a pessoalidade de Deus exatamente? O Deus Cristão realmente e verdadeiramente é uma pessoa?
Pelo que eu entendi a linha reta seria a perfeição mas com uma potencialidade para ela ficar torta. então em algum momento a linha ficaria torta até mesmo pela sua finitude. Isso pode ser a natureza da vida eterna sem necessidade de um criador. O criador então seria muito mais perfeito que a linha porém não seria 100% perfeito.
Abraço
Olá Cícero
Meu caro Jesus pregou uma Doutrina que de acordo com a Bíblia é a Sã doutrina e esse assunto assim como outros é importante, pois seguindo a lógica se Jesus ensinou a imortalidade da alma então tal crença é verdadeira mas se ele ensinou a mortalidde da alma então tal crença seria verdadeira, não se pode ter duas verdades ou uma ou outra. Aí dá a impressão que a Bíblia é imprecisa e não é ´clara em alguns assuntos importantes e isso seria uma falha de Deus e se Deus tem falha logo Ele não É.
É interessante que quando os cristãos debatem com os ateus vocês argumentam sobre a questão da verdade ser Absoluta, e acho sim que vocês tem que usar essa argumento sim não vejo problema nisso , então teriam que usar esse mesmo raciocínio da verdade absoluta dentro do Cristianismo na interpretação biblica pois Deus atráves do Espirito Santo pelo menos assim eu entendi, capacita os crentes para terem a correta interpretação então como é possível crentes com o mesmo Espirito Santo lendo a mesma Bíblia terem interpretações diferentes ? Eu particularmente entendo que essa questão de “questões secundárias” provavelmente foi criada pelo entendimento de alguns não sei se foi na época da Reforma Protestante ou antes e isso foi se perpetuando pelo tempo mas pela lógica bíblica não tem sentido. Por que os protestantes tem que aceitar isso? Será que não pode realizar tipo um Concílio Protestante para debaterem sobre isso? Isso seria como se fosse um dogma protestante imutável? Você me parece um cristão sincero e temente a Deus e agradeço a sua pergunta sobre a minha condição pós morte mas veja: um budista poderia pergunta- lo se você tem certeza que vai atingir o Nirvana? Ou um harekrishna poderia perguntar para você se você tem certeza que vai para o planeta Espiritual Supremo morar eternamente com a Suprema Personalidade de Deus.
Um grande abraço
Luiz, sim é uma questão secundária sem muita importância pelo seguinte motivo básico:
Ora… se os perdidos serão exterminados imediatamente, ou depois de algum tempo sofrendo no lago de fogo (o que não é verdade pois ali diz bem claro PARA TODO O SEMPRE que vc interpreta de outra forma como um tempo limitado) eles NÃO irão para as bem-aventuranças do céu e ficarão de qualquer forma, perdidos/destruídos conscientes ou não eternamente…
Ocorre que somos especiais (homem) criados a imagem de Deus com alma, espírito, consciência, moral, intelecto.
A desintegração/aniquilação rebaixa tanto o amor de Deus quanto a natureza dos homens como criaturas morais.
Seria como se Deus lhe dissesse:
“Permitirei que sejas livre apenas se fizer o que eu mandar. Se não fizer, então eliminarei sua liberdade e existência!”. Isso seria como se um pai dissesse ao filho que esperava ele fosse médico; mas depois o filho se torna bancário, então o pai o mata, ou seja, a aniquilação destroi a liberdade humana para sempre.
Se Deus é amoroso deseja o bem dos que ama. A imortalidade deveria resultar disso; um ser amoroso não aniquila outro; mesmo que ele desobedeça; antes deseja sua existência contínua do objeto de seu amor. Deus é absolutamente amoroso, assim deseja a existência contínua das pessoas.
Se os ímpios fossem punidos apenas temporariamente, e depois simplesmente aniquilados, qual o sentido disto? qual sentido moral, existencial e de justiça para todos os envolvidos, se logo desapareceriam da existência? para os punidos não faria a menor diferença serem aniquilados na hora ou um pouco mais tarde!
Já vi que vc não tem certeza para onde vai quando morrer. Porém, essa certeza a Palavra nos dá em Jo 1:12 e Rm 8:16,17. Não precisamos ficar no estado de meras criaturas.
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;”
“O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E,se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.”
Veja amigo: muitos orientais estão vindo pra Cristo hoje! obviamente a mídia desses países não divulgam isso.
Notório é que já são milhões de hindus, budistas, muçulmanos, orientais que se converteram ao cristianismo, pois experimentaram transformações e milagres em suas vidas cfe. os escritos do Novo Test. atestam os inúmeros sinais, curas, milagres, maravilhas, mudanças operados em nome de Cristo até hoje, coisas que suas religiões teóricas primitivas não fazem. A diferença é gritante, isso é FATO, é REAL é MUNDIAL atualmente; onde jamais um mito, uma mentira, um defunto, uma lenda poderiam fazer.
Também muitos ateus inteligentes, em algum momento se tornam cristãos.
O ex-ateu, filósofo, escritor, poeta, professor C.S. Lewis comenta que acreditava que toda a injustiça do mundo confirmava o seu ateísmo. Mas isso acabou no momento em que parou para pensar de que modo ele sabia que o mundo era injusto. Escreveu:
“Como ateu, meu argumento contra Deus era que o Universo parecia cruel e injusto demais. Mas de que modo eu tinha esta idéia de justo e injusto? Um homem não diz que uma linha está torta até que tenha ALGUMA IDEIA do que seja uma linha reta. Com o que eu estava comparando este Universo quando o chamei de injusto?”
Essa percepção levou Lewis a abandonar o ateísmo e por fim, unir-se ao Cristianismo.
Abs.
Olá Luiz,
como eu disse, essa questão da mortalidade/imortalidade é secundária e cada um pode ter uma interpretação diferente ou semelhante e sem problemas.
Mas pergunto: vc tem certeza da salvação que irá pro céu se morrer hoje? vc já nasceu de novo, conforme Jesus ensina em João 3?
Olá Cícero
No Salmo 58:3 fala da condição humano por ter herdado o pecado original e em Mateus 12:34 fala Jesus censura alguns religiosos por eles terem falado algo muito ruim e em ambos os casos não está falando que os seres humanos são totalmente e completamente maus mas apenas está enfatizando algo que realmente acontece porém existe no ser humano o lado bom. Em Jeremias 1:5 fala que Deus consagrou um ser humano mesmo antes de entrar no ventre materno então existem o bem e o mal nos seres humanos e os religiosos em Mateus 12:34 escolherem aquela atitude mas poderiam ter escolhido seguir Jesus.
Miquéias 7:4 contrasta com Gênesis 6:9 observe que o ser humanos tem os dois lados ou seja Noé era pecador mas Deus viu nele um crente santo e justo. E ainda tem Gênesis 7:1 corroborando o fato de Deus ver Noé um santo e justo. Tem também o Salmo 33:1 e ainda tem Mateus 1:19 onde José foi chamado de justo.
Marcos 6:20 fala que João era justo e santo e o próprio João ainda no ventre de Isabel “estremeceu” e Isabel ficou “‘Cheia do Espírito Santo “.
Romanos 3:10 está enfatizando que sem a graça de Deus o ser humano nada pode fazer agora quando a graça e fé alcançam o ser humano o mesmo deve praticar boas obras até porque as obras vêm da fé então obrigatoriamente a fé com a graça devem produzir boas obras para a salvação. É claro que biblicamente falando estão debaixo do pecado mas isso não significa que o pecado dominou completamente o ser humano, a graça e a fé são aspectos impessoais a descisão tem que ser de um ser pessoal tem a atitude humana.
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Romanos 3:1-31 está falando da ação de Deus no homem ora se Deus age, o homem age também e as obras são a ação e a justificação,santificação, graça e fé andam de mãos dados com as obras .pois obras sem fé não salvam e fé sem obras é morta. Por isso que diz que o “justo viverá pela fé” viver aí é fazer boas obras junto coma fé. Em II Timóteo 4:7 Paulo fala sobre suas boas obras então observe como as boas obras acompanharem ele. Ele teve tempo e oportunidade para realizar boas obras se não tivesse feito ele perderia a salvação pois seria uma fé morta.
Atos 16:30 foi a entrada na vida cristã e no decorrer da caminhada cristã ele deveria fazer boas obras senão aquela fé seria considerada morta. O que é crer em Jesus? É aceitar e viver o que ele ensinou. Os próprios Paulo e Silas estavam realizando boas obras pois estavam evangelizando . E como disse Paulo em 1 Corintios 9:16, Paulo diz : ai dele se ele não pregar o evangelho tal pregação foi um boa obra.
Quando Paulo diz “partir e estar com Cristo” é bem natural que pensemos que se trata de algo logo após a morte mas a questão é quando isso ocorre. Partir nessa passagem significa “morrer” e depois na ressurreição “estar com Cristo” em II Timóteo 4:6-8 ele mesmo diz que será na ressurreição i.e na vinda de Cristo.
A Lei de Lavoisier se aplica muito mais a um universo eterno sem um criador do que a uma criação pois a natureza em essência estaria sempre se transformando eternamente. Criação o tempo é linear tem início, meio e fim.
Em Mateus 27.50-5 fala de crentes ressuscitados mas não diz que eles forma para o céu. A 1ª ressurreição ainda não aconteceu e ocorrerá em 1ºTessalonicenses onde fala da ressurreição dos justos.
Jesus morreu primeiro que os ladrões e aí Jesus subiu para o Céu, e então ele voltou e veio buscar o que estava salvo e aí depois desceu ao hades levando junto com ele o ladrão salvo? A visão mortalista diz que o fôlego de Jesus voltou para Deus e depois ele ressuscitou. Na visão da trindade Deus morre ou não?
Malaquias 4:5 que é a continuação de Malaquias 4:3 fala no “dia grande e terrível do SENHOR” e em Jó 20:29 diz que “é a herança que Deus lhe reserva.” E mesmo sendo algo no corpo isso mostra como Deus age contra os ímpios logo Deus não mudaria no juízo.
Abraços
Olá Cícero
A questão é como a graça e a fé agem nos seres humanos, e a passagem de Efésios 2:8-9 não diz que é unicamente pela fé, pois de acordo com o que eu aprendi no protestantismo o ser humano não é salvo por fazer boas obras mas faz boas obras porque está salvo então baseado nesse raciocínio a fé gera boas obras e se a fé gera boas obras então tais obras são essenciais no processo de salvação senão a fé não prescisaria gerar boas obras pois a fé sem obras é morta. E se a graça e a fé são dons de Deus e a fé gera boas obras logo as boas obras também serão dom de Deus e sendo dom de Deus é essencial para a salvação e ainda tem a participação do ser humano pois a graça e a fé agem dentro de um ser humano e é o mesmo que faz boas obras. Quando a Bíblia fala que “não é por obras” não significa que as boas obras não são essenciais e que não participam do processo de salvação significa que só as obras sem a graça e a fé não são suficientes. E observe que fé e graça são a base para a salvação mas não exclui as boas obras pois essa graça e fé tem que produzir boas obras senão é uma fé morta. O justo vive pela fé como? Fazendo a vontade do Deus da Bíblia fazendo boas e santas obras. O justo só com graça e fé sem obras não estaria vivendo a vontade Deus logo não poderia ser salvo. E repare que em Gálatas 3:11,24 está se falando da Lei que segundo a crença cristã Cristo aboliu e as obras da lei é diferente das obras em Cristo. Em 2 Timóteo 1:9-10 explica que não é segundo as obras humanas sem a graça e diz também que a graça foi dada aos crentes e tal graça tem que gerar boas obras. As obras fazem parte do processo de salvação. Em 1 Corintios 3:15 Deus queima as obras que ele não aprovou, se fosse algo sem importância Ele não queimaria e ficar sem galardão não seria uma punição digamos assim mas na referida passagem aqueles crentes quase,quase, perdem a salvação.
Como explicar então um fogo consumidor que não consome ? O fogo que sai de Deus vai consumindo, consumindo,consumindo proporcionalmente o ímpio até aniquila-lo. O fogo do inferno eterno queima,queima ,queima mas não consome isso tem lógica?
Fogo eterno seria um FOGO que queimará os não salvos proporcionalmente e depois de um certo tempo aniquilará os seres e tal aniquilamento será ETERNO. A questão do “verme que nunca morre” lembra Isaías 66:24 que não fala de tormento.
Apocalipse 20:14 fala da segunda morte que seria um aniquilacionimo, mas seres no inferno eterno não seria morte eterna pois estarão vivos. Os seres vivos em corpo e alma e em espírito não estarão mortos mas vivos aí temos uma contradição. Se formos aplicar a Lei de Lavoisier podemos chegar a conclusão que o universo é eterno sem uma criação pois estaria em eterna transformação.
A visão aniquilacionista proporcionalista não nega que haverá uma transformação nos corpos do justos e dos ímpios apenas finaliza o destino dos ímpios com uma aniquilação.
Não entendi sua explicação de que eles já estarem no céu com alma e corpo a ressurreição ainda não aconteceu. Seria um corpo espiritual tipo uma alma ? Até onde eu sei na crença imortalista só a alma está no céu o corpo só virá depois na ressurreição. Rei Davi e Jó já ressuscitaram? Na visão mortalista todos estão inconscientes. O inferno estaria bem longe de Deus e não há sentido vida muito longe de Deus. Mas aí surgiu uma dúvida: Deus estará no céu com os salvos e muito distante dali o inferno e o restante do espaço infinito? Pra que um espação infinito vazio? Não entendi.
Bom, não achei escrito na Bíblia que o diabo e os demônios foram criados a imagem e semelhança pois eles não tem alma imortal. Agora mesmo não estando escrito entendo que isso seja possível sim agora nem o diabo, nem os demônios e nem os seres humanos são oniscientes, onipotentes e onipresentes e criadores do universo portanto são finitos logo podem ser aniquilados pois a eternidade de Deus tem todas essas características nele e os outros seres não tem. No final das contas o raciocínio e o estudo é que são importantes pois mesmo não estando escrito você raciocinou bem e mesmo sem o Espírito Santo só lendo e estudando a Bíblia você poderia chegar a tal conclusão.
Tanto a visão imortalista como a mortalista e até do purgatório são possibilidades interpretativas a Bíblia não define essa questão o que temos são interpretações dos textos bíblicos e quem define são os seres humanos com muito estudo eu não creio que seja o Espírito Santo ou como crêem alguns espírito santo como um força de Deus que age nos crentes para que os mesmos entendam a Bíblia. Apocalipse 20:10 pode ser interpretado como eles sendo atormentados vários dias e várias noites e depois serão aniquilados e essa destruição terá uma consequência pelos “séculos dos séculos”.
Daniel 12:2 pode significar que os ímpios no momento da aniquilação estarão em uma condição de horror e desprezo e depois de aniquilados sumirão para sempre pois se Daniel 12:2 significar um inferno eterno entra em contradição com Salmo 104:35 , Isaias 5:24, Jó 20:26-29, Malaquias 4:3 e tantas outras passagens.
Um abraço
Luiz,
A Palavra é explícita ao declarar que as obras de justiça do homem, seja lá quais forem – da lei ou de boas obras – são totalmente incapazes e prejudiciais em ajudar na salvação do homem. O homem já nasce pecador e condenado/perdido. Desde a madre os homens desviam-se de Deus, e por possuírem um coração corrupto, proferem mentiras desde que nascem (Sl 58:3 Mt 12:34). Por obras e méritos é impossível, pois a bíblia é clara:
“O melhor deles é como um espinho; o mais reto é pior do que a sebe de espinhos” (Mq 7:4). Por mais que um homem tente ser o mais reto e se destacar como o melhor dos homens, continuará perdido. Outras:
“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.” Is 64:6.
“já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;
Como está escrito:Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis.Não há quem faça o bem, não há nem um só. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”Rm 3.
“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Rm 5:12,18 “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.”
“Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho,” v.10.
Mais textos que não exigem “obras” para a salvação, apenas fé gratuita.
“Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” Rm 3:24,26.
Paulo e Silas, quando o carcereiro de Filipos lhes perguntou: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” (At 16:30), lhe responderam: “CRÊ no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu a a tua casa” (At 16:31). Nada de obras…
Paulo disse aos Romanos: “Não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1:16).
Na visão mortalista não há base bíblica para um período limitado de sofrimento/castigo ou PROPORCIONALIDADE temporal. A Palavra não infere ou cita diretamente algo provisório e após vir uma destruição/aniquilação total e final.
A Lei de Lavoisier se aplica após a Criação Universal incluindo os seres inteligentes.
Davi e Jó estão aqui:
“E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos” (Mt 27.50-53).
É bom lembrar que Jesus levou o ladrão junto ao paraíso no dia que morreu. E quando esteve morto por três dias, não ficou inconsciente, ao contrário esteve vivo ativo cfe. Ef 4:8-10; 1Pe 3:17-20.
Paulo desejou partir e estar com Cristo que era muito melhor! e isso não parece ser nenhum estado de inatividade, sono, inconsciência ou algo parecido.
Os versos que vc cita de Salmos e outros, pelos contextos sabemos, se referem a eventos nesta Terra onde os ímpios recebem sua recompensa e são destruídos (corpos físicos).
Mas tal questão da mortalidade/imortalidade é secundária e não afeta a salvação necessária em Cristo. Pois temos que nascer de novo cfe. Jo 3 prega.
Pergunto, vc já nasceu de novo Luiz?
Se vc partisse essa noite para onde iria?
Olá Cícero
A ideia de Purgatório não exclui a questão das obras e nem dos galardões, as obras serão sim queimadas porém o ser que implementou tais obras também terá que purgar. A doutrina do Purgatório não ensina que o fogo vai salvar alguém pois a pessoa já está salva CONTUDO prescisa purgar . Lendo a passagem em algumas versões dá a impressão que o crente tem que passar pelo fogo para se salvar mas na verdade é COMO se o crente já salvo passasse pelo fogo mas para se purgar. Você interpreta como um comparação ou seja o fato de alguns crentes terem suas obras reprovadas isso ocasionaria para eles apenas a perda dos galardões e isso seria “como através do fogo” porém tal entendimento não capta a profundidade da passagem pois os crentes tiverem suas obras queimadas por Deus num sentido de reprovação que não agradaram a Deus e isso tem um peso muito forte e parece que tinha na época uma expressão proverbial grega que diz que tinha um situação que era como se uma pessoa “escapasse por um triz” e pegando o significado dessa expressão podemos concluir que se uma pessoa escapa por um triz é que quase,quase por muito pouco por um triz ela escapa de algo, e biblicamente falando que algo seria esse? Seria apenas não receber galardões? Não, escapou da condenação eterna e aí tem o sentido bíblico de perda de salvação que biblicamente é algo muito sério então a comparação entendendo que seria apenas não receber os galardões não contempla de forma satisfatória a profundidade da mensagem. A comparação então é que alguns crentes que produziram obras digamos assim muito fracas ou insuficientes e que não agradaram a Deus seria como escapassem por um triz de algo e esse algo seria a condenação eterna. Na Almeida Revisada e Corrigida (ARC) quando lemos que o crente será salvo todavia ou contudo como pelo fogo e lendo assim dá a impressão que o crente terá que passar pelo fogo para se salvar só que não é isso que a doutrina do Purgatório diz, essa expressão indica que o crente deverá se purgar. Na Almeida Revisada e Atualizada (ARA) ao lermos temos a mesma impressão que o crente será salvo contudo, todavia como que ATRAVÉS do fogo passando a idéia que o crente se salvará CONTUDO terá que passar pelo fogo( lugar de purgação) não para se salvar mas para se purgar.
Na visão aniquilacionista proporcionalista o ímpio ressuscita na 2ª ressurreição em corpo portanto é o corpo que vai ser castigado pelo fogo de Deus conforme Hebreus 12:29.
O inferno ou seja Geena Eterna é real sim assim como os seres pessoais e no aniquilamento proporcionalista os seres estarão conscientes mas isso tudo é proporcional e um dia terá um fim.
Na visão mortalista a ressurreição é quando o fôlego entra de novo no corpo. O corpo ignominioso espiritual seria o que? Não entendi que corpo é esse? É a forma da alma imortal do não salvo? Se for então a alma já no lugar de tormento ou seja já condenada vai sair de um lugar de tormento para ser julgada e condenada de novo e aí sim depois ir para um outro lugar de tormento ( Geena eterna)? Obviamente que não tem sentido nenhum um crente entrar no céu sem um olho ou sem um pé Jesus fez apenas uma ilustração para o ser humano evitar o pecado.
Lucas 20:37 se Deus considera vivos todo os seres humano então pelo texto Deus é Deus dos ímpios vivos também. Se a alma é imortal Deus é Deus de todas as almas e das dos ímpios também e existem crentes que estão mortos por exemplo Pedro, Paulo, Rei Davi, Jó e estão com seu corpos mortos então pelo texto Deus não seria Deus deles. Texto não muito claro.
A visão aniquialcionista proporcionalista crê na ressurreição então nesse sentido não há nenhum problema entre ressurreição e visão mortalista aniquilacionista pois essa visão crê que a solução para a morte é justamente a ressurreição.
Mateus 25:46 tem a explicação do Dr. Basil Aktison sobre a questão da palavra kolasis ser um substantivo de ação junto com a palavra aionion indica um resultado ou seja o resultado permanente e eterno da aniquilação e não a um processo de castigo continuado.
Mateus 25:41 – fogo eterno aí seriam as conseqüências eternas da ação do fogo parecido com Judas 1:7.
Na crença aniquilacionista proporcionalista é um ato em que o tempo de duração depende dos pecados dos seres. Não é algo instantâneo mas proporcional aos pecados portanto há um castigo real, um tormento real há “ ranger de dentes” pois estarão no fogo durante um tempo e no tempo em que estiverem no fogo padecerão de acordo com seus pecados e por fim serão totalmente destruídos.
Deus é eterno sempre existiu, existe e existirá se o inferno tem que ser eterno porque Deus é eterno então teria que sempre ter existido, mas o inferno foi criado em um tempo logo não é eterno como Deus então não pode ser eterno como Deus é logo terá um fim. O inferno é o contrário de Deus , pois Deus é Luz o inferno é trevas, Deus é sem pecado o inferno tem muito mas muito pecado,Deus é eterno logo o inferno terá que ser finito. Um inferno eterno significq eu o pecado e o mal ainda existirão o sofrimento sempre existirá e aí Deus não seria Todo Poderoso pois não conseguiria acabar com o mal e pecado e ainda teria que controlar o inferno lá do Céu. Tomando por base o seu raciocínio então a Bíblia não diz que o Diabo e os demônios são imagem e semelhança de Deus então eles deveriam ser aniquilados.
Seria mais justo pois pagar exatamente pelo que pecaram e o aniquilamento seria a vitória de Deus pois se o inferno é eterno implica em Deus não ser Todo Poderoso pois não teria capacidade para acabar com o mal em definitivo. Imagina os seres humanos que viveram menos de 200 anos ficar infinitamente pagando. Deus é eterno mas o pecador com seu pecado contra Ele não foi eterno e o inferno é para os pecadores com seus pecados e não para Deus.
Os níveis de castigo estão presentes na crença aniquilacionista proporcionalista pois cada um será castigado proporcionalmente de acordo com seus pecados e num inferno eterno.
Luiz,
A salvação é unicamente pela fé, pela graça e não por obras como diz a Palavra:
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” Ef 2:8,9″.
“E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé”
“De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gl 3:11,24
“Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.” Rm 3:28.
“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;” Rm 5:1.
“nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos; e que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo…” (2 Tim. 1:9,10).
As obras seriam APÓS a salvação e contariam somente para efeitos de premiação.
Em Hb 12:29 diz que É DEUS um fogo consumidor; mas não diz que o ímpio seria aniquilado por tal fogo.
Mas as expressões de: fogo eterno, tormento eterno, onde o bicho não morre, para todo o sempre… não parecem indicar uma duração limitada de tempo.
Sim, o corpo ignominioso espiritual é a forma da alma imortal do não salvo(perdido) sofrendo no inferno (temporário), mas depois do julgamento do trono branco, será unida ao seu corpo físico terreno e o inferno todo será lançado no lago de fogo (eterno). Ap 20:14,15.
Não vejo nenhum texto afirmando que seriam no final aniquilados/desintegrados… Mas concordo sim com os efeitos eternos de tal destruição (sentido terreno), mas note que não houve aniquilação, extermínio e inexistência total.
Segundo a Lei de Lavoisier TUDO se transforma, por que seria diferente no mundo espiritual?
Paulo mesmo cita que seremos transformados (corpo). Por que seria diferente para o corpo do ímpio/perdido? Ele terá um corpo ignominioso cfe. Mc 9:44,46,48 cita metaforicamente como verme/bicho (coisa imunda, mas não inexistente).
Rei Davi, Jó já estão no céu conscientes com corpo e alma pela ressurreição dos mortos quando Jesus morreu na cruz. Pedro e Paulo estão conscientes no céu somente pela alma, mas seus corpos ainda estão aqui enterrados.
A ressurreição física é um evento POSTERIOR complementar da vida (salva ou perdida) mas não impede a inexistência da pessoa manifestada na alma imaterial (caráter, personalidade, mente, nosso eu).
Deus tem e terá o controle, autoridade e soberania sobre tudo e todos em QUALQUER lugar, quer no céu ou no inferno.
O diabo e demônios também foram criados a imagem e semelhança de Deus (moral, espiritual) por isso não podem ser destruídos, mas sofrerão eternamente dia e noite cfe. Ap 20:10 diz que serão atormentados dia e noite pelos séculos dos séculos no lago de fogo!
e os ímpios igualmente cfe. Ap 20:15 “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.”
Corroborando, o efeito de estar longe de Deus para sempre e consciente é horror e vergonha eternos cfe. Dn 12:2 e ódio Mt 25:30.
O sofrimento eterno consciente é um eterno testemunho da liberdade e dignidade do homem e sua natureza como criatura moralmente livre.
Abs.
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Olá Cícero
Em 1 Corintios 3:15 a ideia indica um lugar de purgação pois o fato dos crentes receberem ou não receberem galardões não significa que a referida passagem não fale de um lugar de purgação ou seja um assunto não exclui o outro. Observe a força da passagem pois o crente que teve suas obras destruídas apesar disso será salvo mas quase,quase, por um triz não perde a salvação. Apenas não receber galardões não contempla com profundidade o que a passagem efetivamente quer passar para o leitor pois mesmo sem galardão o crente estará salvo, com Deus, no céu com os irmãos e com os anjos e isso para o crente é excelente então apenas não receber galardões não influi em nada agora , ter as “obras queimadas” mas mesmo assim ser salvo isso significa que o crente quase perde a salvação pois apresentou obras reprovavéis perante Deus e que apesar disso contudo terá que passar pelo lugar de purgação. Lembrando que as obras provem da fé e se as obras são muito fracas logo a fé não foi lá muito segura.
Quando um ser vai sendo aniquilado proporcionalmente para esse ser é um castigo, um tormento ou sofrimento muito grande mas isso não significa que seja eterno mas sim proporcional em relação aos pecados cometidos. a eternidade seria das consequências ou resultado.
Na visão imortalista as almas que são espirituais não podem estar embaixo da terra que é composta de matéria o Sheol /Hades seria um lugar espiritual e nunca material. então não tem sentido estruturas espirituais dobrarem os joelhos estando na terra. É o fôlego de vida dos animais que vai para a terra então almas imortais jamais podem ir para debaixo da terra.
Em Lucas 20:38 – Se você cre que existem almas imortais então Deus também é Deus dos não salvos e no versículo 35 até 37 fala de ressurreição e pode ser interpretado como os vivos de Deus na ressurreição pois os ímpios serão aniquilados e portanto não estarão mais vivos ou seja só os santos existirão e viverão.
Em Mateus 25:46 – No estudo do Dr. Basil Atkinson a palavra kolasin é um substantivo de ação e quando o mesmo está junto da palavra grega aionion se refere ao resultado da ação e não ao processo, Então seria um castigo por tempo definido que teria um resultado eterno.
Em Apocalipse 6:9-11 – o altar é literal? Foi um visão apenas.
2Ts 1:9 – O aniquilacionismo pode ser instantanealista mas também pode ser proporcionalista portanto há a possibilidade de um aniquilamento instantâneo. Destruição eterna seria o resultado da aniquilação dos ímpios depois do castigo temporário. Ademais um inferno eterno os seres continuariam pecado depois dos pecados feitos na terra e veja os ímpios serão julgados pelo pecados cometidos na terra ora se os ímpios ficam pecando eternamente na Geena Eterna eles estarão produzindo mais e mais pecados indefinidamente portanto teriam que ser julgados novamente e aí teríamos que admitir infinitos julgamentos. Você pode argumentar que a morte eterna é a eterna separação de Deus mas um ser aniquilado está separado de Deus.
Apocalipse 20:5 os seres serão ressuscitados para de acordo com as suas obras pagar pelos seus pecados proporcionalmente e depois serão destruídos onde tal aniquilação é um resultado eterno e irreversível. E pegando um gancho na sua resposta, trem sentido os ímpios que estão nolugar de tormento terem um “alívio” e serem julgados e irem para um fogo o eterno infindavél? Dois julgamentos?O aniquilamento só acontece depois da ressurreição antes tanto o corpo com o fôlego de vida ainda não foram totalmente destruídos.
Agora, tem sentido uma alma ficar no Céu ou Paraíso e estando NA Glória e EM Glória junto com Deus, com os irmãos e com o santos anjos voltar para ressuscitar o corpo? Se a alma já está com Deus o que falta para ela ? Se a mesma já possui a percepção clara da Beatitude Divina e do Lugar Santo?
São possibilidades interpretativas pois a Bíblia não é clara nesse assunto.
Um abraço
Luiz,
O contexto de 1Co 3 fala claramente do trabalho ao Senhor de cada um, sendo provada tal obra para efeitos de recompensa.
“Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho.” v.8
Ninguém irá para o inferno/purgatório aqui, a salvação é garantida no céu. O julgamento é somente sobre a obra.
“Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.”
“como pelo” é uma comparação. Não significa que a pessoa irá “queimar”, mas sim a obra. A pessoa é salva, mas sem recompensas.
Por que vc acha que um corpo espiritual não poderia sentir os nossos sentidos terrenos e muito mais?
As pessoas no inferno são reais com corpos e mentes reais para sofrer um tormendo eterno consciente real.
Elas tem um corpo ignominioso (bicho, verme) cfe. cita Mc 9:43-48.
Na ressurreição, o corpo físico da terra se unirá a este corpo ignominioso espiritual onde serão jogados no lago de fogo definitivamente.
Lc 20:37 pelo CONTEXTO não fala em aniquilação; sendo Jesus/Deus considerando vivos todos os humanos (salvos e ímpios) sendo a ressurreição física o complemento do corpo glorificado (para céu nos salvos) ou ignominioso (para ímpios no lago de fogo cfe. Mc 9:44). Mas para a sociedade visão humana, um cadáver é um morto físico, por isso Deus diz: “não é Deus de mortos…”
A ressurreição material geral para todos é a finalização do processo humano existencial; quer da visão divina ou humana.
Em Mt 25:46, 2Ts1:9 são usados para céu e o inferno o mesmo sentido. “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.” Então se o céu é eterno o inferno também é igualmente!
“Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;” Mt 25:41.
Se houvesse destruição (ato rápido), por que haveria necessidade de fogo eterno? que nunca se apaga? não é lógico isso… Deus iria queimar essas cinzas eternamente?! ali fala em tormentos, onde os incrédulos não escritos no Livro da Vida, serão igualmente lançados.
O choro e ranger de dentes, também não parece ser nenhum estado inconsciente, inanimado, inativo em Lc 13:28.
O lago de fogo será também para os perdidos além do diabo e falso profeta cfe. Ap 20:10,15.
“e de dia e de noite serão atormentados PARA TODO O SEMPRE.”
Veja, se Deus aniquilasse os seres humanos estaria atacando a si mesmo (logo não seria Perfeito!), pois somos feitos à sua imagem. Se Deus é eterno e imortal; nós somos igualmente.
Se os ímpios fossem punidos apenas temporariamente, e depois simplesmente aniquilados, qual o sentido disto? qual sentido moral, existencial e de justiça para todos os envolvidos, se logo desapareceriam da existência? para os punidos não faria a menor diferença serem aniquilados na hora ou um pouco mais tarde…!
O sofrimento eterno consciente é um eterno testemunho da liberdade e dignidade do homem e sua natureza como criatura moralmente livre.
Deus prova seu amor respeitando a opção dessas pessoas e não eliminando-as. Um pai não deve matar seu filho que está sofrendo.
Até ateus insistem em que a liberdade consciente é mais preferível que a aniquilação.
Jesus fala em níveis de castigo Mt 5:22, mas não pode haver níveis de inexistência.
Enquanto houver Deus e o mal, eles devem ficar separados um do outro.
Sim, os que rejeitam a salvação de Cristo viverão eternamente conscientes no inferno de fogo terrível!
Abs.
Luiz, não há purgatório, somente céu ou inferno como revela a Escritura.
Essas passagens citadas não falam em aniquilamento, extermínio, destruição total, inconsciência, ou sono, mas adjetivos indicando sofrimento, castigos, horror, punições, tormento consciente eterno.
Uma das maiores provas da consciencia após a morte é Fl 2:10, onde os perdidos no inferno (debaixo da terra) não poderiam estar destruídos/aniquilados, pois estão de joelhos adorando a Jesus!
“Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele TODOS* vivem.” Lc 20:38.
Em Mateus 25:46 não fala de “tormento” (basanos), mas de “punição” (kolasin). Punir é infligir um castigo a quem existe, e na morte (no sentido aniquilacionista) não é possível, pois não haveria nem vida, nem consciência de tal correção, pena, castigo imputado.
Somente é possível suportar essas penas se a pessoa estiver viva e ativa!
Ora, se o céu é eterno com gozo consciente, por que o inferno não seria triste eterno consciente?
Em 2Ts1:9 não haveria sentido um castigo, punição a um ser padecendo constantemente (eternamente), já que o aniquilamento/destruição seria imediato num único ato e pronto terminou. Mas se alguém sofre uma destruição eterna, tem que ter uma existência eterna também.
Os justos em Ap 6:9-11 estavam mortos fisicamente, mas também clamando debaixo do altar, ou seja conscientes e ativos!
Se morte é inexistência inconsciente, por que Deus tiraria os perdidos de suas sepulturas (Ap 20:5) para em seguida aniquilá-los? Eles já não estão mortos/aniquilados/destruídos/desintegrados? isso me parece uma falácia lógica não acha?
Abs.
Olá Cícero
Tudo bem?
Na verdade você partiu de uma ótica imortalista infernista então ou foi a sua interpretação ou você aprendeu em alguma denominação tal interpretação.
Quando um ser participa da 2ª ressurreição o mesmo já está morto espiritualmente ( separado de Deus) na memória de Deus e aí ressuscita e é aniquilado proporcionalmente que seria a separação definitiva, então em ambos os casos há sim uma separação eterna.
Sendo o ser humano “imagem e semelhança de Deus” isso não significa que Deus não pode aniquilar o mesmo, pois Deus não estaria se auto destruindo mas destruindo algo inferior a Ele. O Diabo, demônios e ímpios mancharam tal “imagem e semelhança” com seus pecados.
Daniel 12:2 – Um aniquilamento proporcionalista seria um horror eterno enquanto queimando e por fim o ímpio sumirá
II São Pedro 2:9 – vale a pena conferir essa passagem na ARA e na ARC, pois possibilita interpretações diferentes. Os ímpios estão reservados para o castigo ou estão sendo castigados para o Juízo? Pelo que eu entendi você entende que ” serem castigados” ora um aniquilamento proporcionalista seria um castigo proporcional aos pecados.
Mateus 25:46 – Tem um estudo do Dr. Basil Atkinson sobre substantivos gregos de ação e a palavra aion (eterno).
2Ts1:9 – Na ARA a expressão é ” eterna destruição” .
Ap 20:10 – Em um aniquilamento proporcional terá tormento e depois a destruição. Depois da destruição a fumaça subirá e desaparecerá para sempre como resultado do processo.
Ap 20:15 – Pode significar que os ímpios serão encaminhados para o castigo.
O pecado está atrelado aos seres finitos que pecam, assim o pecado não poderia ser eterno. Deus é eterno no sentido de sempre existir e se o pecado é eterno então o pecado teria o mesmo status do Deus e o pecado se iniciou em um determinado tempo e não contemplou o tempo para trás quando Deus já existia. Em relação ao ser humano poder escolher ou não estar com Deus isso é discutível a nível teológico pois muitos cristãos creem que é Deus quem escolhe e que portanto o ser humano nada pode fazer nesse sentido mas aí é outro debate.
Ah e ainda tem a ideia do Purgatório. A Bíblia não é clara e conclusiva neste assunto. pois há debate sobre o tema em questão.
Olá Cícero
A Bíblia apresenta apresenta duas possibilidades:
Ou a alma vai para o Céu ou para o lugar de tormento ( Lucas 16 )
ou fica inexistente e fica na terra sem consciência a Bíblia não é clara nesse tema aí vai depender da interpretação do leitor.
Na visão ateista materialista tudo acaba e não vai para algum lugar não.
Luiz
Luiz, os aniquilacionistas interpretam erroneamento o inferno.
A morte dos ímpios é separação de Deus, e não destruição, extinção, aniquilamento. Se Deus é eterno e imortal; nós somos igualmente. Deus não poderia destruir sua própria imagem (moral, espiritual) refletida nos humanos – sua criação máxima – e outras criaturas espirituais (anjos, demônios), pois estaria atacando a Si mesmo demonstrando uma imperfeição! Assim como Adão e Eva morreram espiritualmente quando pecaram, mas continuaram existindo… assim como o homem está “morto em seus delitos e pecados” mas ainda vive e é a imagem de Deus:
Dn 12:2 ali diz “horror eterno”
2Pe 2:9 “para serem castigados”
Mt 25:46 “para o tormento eterno”
Mc 9:48 “Onde o seu bicho (corpo) não morre”
2Ts1:9 “por castigo, padecerão eterna perdição,”
Ap 20:10 “lago de fogo… e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.”
Ap 20:15 “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.”
Fl 2:10 “Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra”.
O pecado contra o Deus eterno é um pecado eterno e exige castigo eterno.
Os que escolhem não amar a Deus devem ter o direito de não amá-lo. Os que não desejam estar com ele devem ter permissão para ficar separados dele. O inferno permite essa separação. A presença divina no céu seria uma tortura para com o rejeitou irrecuperavelmente.
Caros amigos ateus, vos pergunto:
Se vós morrerdes esta noite para onde ireis?
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