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Fatos Morais Existem Naturalmente (E A Ciência Pode Descobri-los)
Autor: Richard Carrier, PhD
Fonte: The End Of Christianity, págs. 333-364, (John W. Loftus, ed., Prometheus Books, 2011)
Tradução: Gilmar Pereira dos Santos
Afirma-se que se nenhuma religião for verdadeira, não há razão alguma para sermos morais. Muito pelo contrário, na verdade somente fatos empiricamente confirmáveis podem constituir uma razão válida para sermos morais, e no entanto nenhuma religião fornece um único destes fatos. Como somente fatos naturais observáveis podem fornecer alguma razão suficiente para sermos morais – a religião é ou irrelevante ou na verdade nociva para o progresso moral da sociedade ao motivar as pessoas a adotar falsas moralidades ou ao impedir que elas descubram as verdadeiras razões para serem morais. Será demonstrado aqui que existem fatos naturais mostrando que todos se beneficiarão da adoção de certas atitudes e comportamentos morais, que a ciência poderia demonstrar isto se empreendesse o programa de pesquisas adequado, e que consequentemente o Cristianismo é ou irrelevante ou um obstáculo para uma crença moral genuína.
- Derivando Um “Deve” A Partir De Um “É”
- A Lógica Da Moralidade Cristã
- O Fracasso Da Moralidade Cristã
- A Lógica Da Linguagem Imperativa
- Dissipando Os Temores Dos Trogloditas
- Ainda Há Fatos Morais Por Descobrir
- Fatos Morais Universais Existem
- Exceções Provam A Regra
- Conclusão (inclui um apêndice com os argumentos formais)
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Sobre O Valor Dos Argumentos Ontológicos
Questões de Existência e o Argumento Cosmológico Modal
Resumo: O argumento cosmológico é um argumento para a existência de Deus muito popular tanto entre filósofos quanto entre leigos. De São Tomás de Aquino a William Lane Craig, filósofos teístas utilizaram alguma versão dele para defender a crença em Deus; e o crente mediano com quem cruzamos nas ruas com frequência e inconscientemente apelará a tipos similares de justificação. Na verdade, eu costumava acreditar em Deus baseado somente na idéia de que Deus explica a origem de todas as coisas. O papel explanatório que Deus preenche é provavelmente um dos mais atraentes aspectos do teísmo, pois ele fornece uma explicação antropomórfica, facilmente compreensível, para qualquer coisa que pareça precisar de uma. Por exemplo, considere as questões “Por que há algo em vez de nada?” e “Por que existe esta coisa especificamente em vez de alguma outra?”. Os seres humanos tem feito estas assim chamadas “questões de existência” por séculos, e não raro os crentes afirmam que Deus é necessário para respondê-las.
A idéia de que Deus seja necessário para responder questões de existência é a base para uma versão modal do argumento cosmológico. Como outros argumentos cosmológicos, este começa com um fato existencial e termina com Deus como a explicação deste fato. Mas o que distingue a versão modal de outros argumento similares é que este fato existencial envolve a existência de algo que poderia ter sido não-existente ou substituído por algo diferente. O fato de que este algo exista em vez de nada ou outra coisa exige uma explicação, e Deus, segundo o argumento, é a explicação. Este ensaio avalia criticamente este argumento, concluindo que ele não constitui uma justificação racional para a crença em Deus.
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A Ética Teísta e o Dilema de Eutífron
Resumo: É uma crença amplamente disseminada que a Teoria dos Mandamentos Divinos seja insustentável devido ao Dilema de Eutífron. Este artigo começa examinando o diálogo platônico que leva esse nome, e mostra que o raciocínio de Sócrates é defeituoso. Depois, o dilema na forma em que é aceito por vários filósofos contemporâneos é examinado minuciosamente, e demonstra-se que este raciocínio também é deficiente. Isto não quer dizer, contudo, que a Teoria dos Mandamentos Divinos seja verdadeira – apenas que um argumento popular para rejeita-la não é sólido. Finalmente, são apresentadas algumas breves reflexões sugerindo onde repousam os verdadeiros problemas com a teoria.
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