Título Original: O Ateísmo Não Foi A Causa Do Holocausto
Autor: Hector Avalos, PhD
Fonte: The Christian Delusion, págs. 368-395 (John W. Loftus, ed., Prometheus Books, 2010 )
Tradução: Gilmar Pereira dos Santos
Hector Avalos (nascido em Nogales, México, em 8 de Outubro de 1958) é professor de Estudos Religiosos na Iowa University State e autor de diversos livros sobre religião. Ele é ex-pastor pentecostal e ex-criança evangelista.
Ele possui um doutorado em Estudos do Oriente Próximo e da Bíblia Hebraica pela Harvard University (1991), um mestrado em Estudos Teológicos pela Harvard Divinity School (1985) e um bacharelado em Antropologia pela University of Arizona (1982).
Avalos foi admitido na Iowa University no Outono de 1993 após completar seu pós-doutorado (1991-93) nos departamentos de Antropologia e Estudos Religiosos na University of North Carolina em Chapel Hill. Em 1996 Avalos foi eleito Professor do Ano na Iowa State University, onde também foi eleito Melhor Professor no biênio 2003-04. Outros prêmios incluem The Early Achievement in Research and Creative Activity Award (College of Liberal Arts and Sciences, 1996), e the Outstanding Professor Award (College of Liberal Arts and Sciences, 1996).
Avalos é internacionalmente reconhecido por sua ferrenha oposição ao design inteligente e ao movimento neocriacionista, sendo frequentemente associado a Guillermo Gonzalez, um astrofísico defensor do design inteligente a quem foi negada a nomeação para um cargo na Iowa State University em 2007. Avalos corredigiu uma declaração contra o design inteligente em 2005, que por fim foi subscrita por 130 membros da Iowa University State. Esta declaração foi adotada como modelo para outras declarações pela University of Northern Iowa e pela University of Iowa. Ambos Gonzalez e Avalos aparecem no filme Expelled: No Intelligence Allowed (2008).
Avalos é um ateu militante e um defensor da ética humanista secular.
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Em sua réplica às acusações dos autores neoateus de que a religião levou a matanças em larga escala, Dinesh D’Souza, o comentarista conservador, assegura-nos que “o nazismo… foi uma filosofia secular e antirreligiosa que, de modo bastante estranho, compartilhou diversos elementos com o comunismo[1].” Desse modo, D’Souza é capaz de responsabilizar o ateísmo na Alemanha Nazista por 10 milhões de mortes, incluindo as de 6 milhões de judeus. De fato, para D’Souza, os regimes ateístas de Joseph Stalin e Mao Zedong ocupam os dois primeiros lugares no ranking da violência ateísta. De um modo geral, D’Souza afirma que estes três grandes regimes ateístas assassinaram cerca de 100 milhões de pessoas[2].
D’Souza exemplifica à perfeição a categoria dos apologistas cristãos cuja melhor resposta aos genocídios cometidos por autoproclamados cristãos é afirmar que os ateus assassinaram ainda mais. Com efeito, D’Souza calcula que “as mortes causadas por regimes cristãos ao longo de um período de 500 anos equivalem a apenas um porcento das mortes causadas por Stalin, Hitler e Mao num intervalo de poucas décadas”.[3] Bruxas e judeus são alguns dos grupos que D’Souza relutantemente admite que podem ter sido assassinados em decorrência da violência cristã.
Já discuti extensamente a falácia de conceber a violência estalinista em termos de ateísmo[4]. A maior parcela da violência estalinista resultou da coletivização forçada, e documentos publicados recentemente mostram a cumplicidade das autoridades clericais com a agenda estalinista.[5] D’Souza não fornece um único documento ou declaração de Stalin mostrando que ele estava coletivizando ou assassinando por razões ateístas.
Além disso, o comunismo, entendido como um sistema de propriedade coletivizada, é uma noção bíblica já encontrada em Atos 4:32-37. Esse sistema comunista cristão também resultou no assassinato de um casal (Atos 5:1-11) que quebrou sua promessa de renunciar à suas posses. Portanto, o princípio de matar os que não se resignassem à coletivização de suas propriedades é bíblico. A defesa de que o motivo pelo qual Ananias e Safira foram mortos foi simplesmente mentir sobre a entrega de suas posses negligencia a brutalidade do fato de que o valor da vida foi colocado abaixo do valor da renúncia às próprias posses. Pois em vez de apenas bani-los da comunidade, eles foram mortos. Stalin ou Mao provavelmente teriam feito a mesma coisa. Como o comunismo é defendido por alguns autores bíblicos, os assassinatos maoístas e estalinistas não podem ser atribuídos ao ateísmo sem mais nem menos, na medida em que a coletivização forçada pode ser letal tanto em sua forma ateísta como na cristã. (Nota do tradutor: não somente isso, como mesmo intérpretes modernos da doutrina cristã, como o influente apologista inglês C.S. Lewis, reconhecem que no aspecto econômico, uma sociedade construída sob princípios cristãos “seria o que se chama hoje em dia ‘de esquerda'(…) sua vida econômica seria bastante socialista“. Para maiores detalhes vejam o capítulo 3 do terceiro livro de Cristianismo Puro e Simples, Conduta Cristã – Moralidade Social)
Além disso, D’Souza não possui a competência necessária para avaliar as alegações de violência maoísta porque tal tarefa requer um treinamento extensivo na língua e nos documentos chineses para averiguar a acurácia das informações fornecidas pelas fontes inglesas. Como eu também careço de especialização no idioma e na cultura chinesa para avaliar a violência maoísta, não abordarei o maoísmo aqui. O que sabemos é que D’Souza não apresenta uma única citação de Mao ou mesmo de algum documento chinês traduzido para respaldar suas asserções de que Mao assassinou por causa do ateísmo.
Em todo caso, este artigo analisará em grande profundidade o argumento de que as mortes causadas por Hitler deveriam ser atribuídas a algum tipo de ateísmo darwinista, algo enfaticamente defendido por Richard Weikart em seu livro From Darwin to Hitler (2004)[6]. O livro de Weikart é uma das fontes para os pronunciamentos de D’Souza. Na verdade, demonstrarei que:
- O Holocausto nazista, em vez de resultar de algum tipo de ateísmo darwinista, é efetivamente a mais trágica consequência de uma longa história de racismo e antijudaísmo cristãos.
- O Nazismo assassinou pessoas por sua etnicidade ou religião seguindo princípios enunciados na Bíblia.
Além disso, mostrarei que diversas alegações de D’Souza apoiam-se em péssimas técnicas de pesquisa histórica e num conhecimento superficial do antijudaísmo cristão.
Princípios Éticos e Números
De acordo com a Convenção das Nações Unidas contra o Genocídio (também chamada de Primeira Convenção de Genebra), o termo genocídio descreve “atos cometidos com o objetivo de destruir, parcial ou totalmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”[7]. Não existe nenhuma distinção ética entre assassinar um grupo religioso ou um grupo étnico. Não existe nenhuma distinção ética entre assassinar um grupo racial ou um grupo nacional. Todos são igualmente proibidos pelos padrões das Nações Unidas. Isto é importante porque D’Souza muitas vezes tenta atenuar a violência religiosa alegando, geralmente sem respaldo documental, que alguns atos atribuídos à violência religiosa são na verdade casos de violência étnica ou racial.
Ademais, D’Souza muitas vezes deixa inexplicado o que há nos grupos étnicos antagônicos que os torna tão mutuamente hostis. D’Souza falha em ver que a etnicidade pode ser criada e/ou exacerbada por diferenças religiosas. Por exemplo, segundo os relatos bíblicos, a criação da etnia hebreia remonta à ordem para que Abraão desse início à sua própria linhagem separada (Gênesis 12:1-7), embora ele e sua família, a esta altura, não fossem “etnicamente” distintos do resto de sua tribo[8]. Além disso, a linhagem de Abraão diferenciou-se pela adesão ao monoteísmo e pelo adoção de algumas práticas religiosas obrigatórias (por exemplo, a endogamia, a circuncisão) que os apartou de seus vizinhos (veja em Gênesis 17:12, 24:3-4). Um fênomeno similar ocorreu entre cristãos e judeus. O conflito inicial era entre judeus que aceitaram Jesus como o Messias e judeus que não o fizeram (veja em João 5:18, Atos 17:2-5, Gálatas 2:11-16).
Com efeito, tais judeus não diferiam “etnicamente” uns dos outros. Não obstante seja claro que alguns personagens no Novo Testamento (NT) consideravam-se judeus e cristãos, ao fim, os “judeus” passaram a ser os que não aceitaram Jesus como o Cristo, conservando a religião tradicional de seus ancestrais. Mais tarde, a Igreja Católica reforçou a separação da identidade religiosa dos judeus através de leis matrimoniais, restrições profissionais, segregação em guetos e utilização obrigatória de trajes característicos, o que os tornou alvos ainda mais distintos e ainda mais facilmente identificáveis[9]. Todavia, foi algo percebido como um antagonismo judaico à figura de Cristo o que muitas vezes foi apresentado oficialmente como a razão primária para tais ações. Assim, quando o Papa Paulo IV publicou em 1555 sua Cum Nimis Absurdum, que estabeleceu a segregação dos judeus num gueto, sua justificativa introdutória foi que os judeus “por sua própria culpa entregaram-se à eterna servidão”[10]. Portanto, não é possível dissociar religião e etnicidade tão facilmente quando D’Souza tenta fazer.
D’Souza também ressalta mais os números do que o princípio ético de que é errado assassinar grupos de seres humanos em virtude de sua raça, etnicidade, nacionalidade ou religião. Mas se, como D’Souza aparentemente pensa, o genocídio é sempre condenável, então os números não importam tanto quanto o princípio. Se D’Souza não pensa que o genocídio é sempre condenável, então ele não é menos relativista moral do que os ateus, e agora teríamos somente suas razões arbitrárias para justifica-lo.
Portanto, suponhamos que dois grupos genocidas, X e Y, estivessem seguindo o mesmo princípio de assassinar todos os membros de algum grupo que eles escolheram por razões étnicas ou religiosas. Chamaremos as vítimas do grupo X de Alvo 1 e as vítimas do grupo Y de Alvo 2. Contudo, suponhamos também que o Alvo 1 seja uma tribo com apenas 1000 pessoas, enquanto o Alvo 2 seja um grupo religioso composto por um milhão de pessoas. Em forma de tabela:
Agora, a repreensibilidade do princípio do genocídio mudaria se o grupo X assassina apenas mil indivíduos ao passo que o grupo Y assassina um milhão? É claro que não, porque podemos supor razoavelmente que se o Alvo 1 possuísse um milhão de membros, então o Grupo X poderia ter assassinado um milhão de indivíduos.
De modo que um truque de ilusionismo está sendo empregado por D’Souza em seu apelo aos números brutos, na medida em que ele imagina que o Cristianismo é de alguma maneira superior simplesmente porque seus representantes tencionaram eliminar grupos menos populosos. Considere que o próprio D’Souza admite que a caça às bruxas cristã assassinou cerca de 100 000 pessoas na Europa[11]. Mas se o princípio de assassinar bruxas continuasse válido, então 10 milhões de bruxas poderiam ter sido assassinadas houvessem os caçadores de bruxas encontrado e matado esse contingente.
O fato de termos somente 100 000 vítimas da caça às bruxas significa apenas que o grupo alvo foi menor, mas não que o objetivo de extermínio total foi diferente. Assim, devemos julgar a moralidade do genocídio não somente por números absolutos de pessoas assassinadas como também pela parcela do grupo alvo marcada para morrer. Como a meta de extermínio presumida para ambos, Hitler ou para os inquisidores cristãos, é de 100%, a repreensibilidade moral de Hitler e dos inquisidores é a mesma. Seus atos genocidas também seriam igualmente condenados pelo padrão das Nações Unidas.
Portanto, a única coisa que D’Souza conseguiu foi mostrar que o Cristianismo não é moralmente superior em seus princípios de genocídio. Cristãos podem e tem procurado assassinar grupos inteiros de pessoas. É um mero acidente histórico que os saldos dos regimes ateístas sejam maiores em comparação com os regimes cristãos, mesmo se concedermos a tese errônea de que Hitler representou um regime ateísta. Caso contrário, o argumento de D’souza é semelhante a afirmar que a Hitler deveria ser dado o crédito por assassinar apenas 6 milhões de judeus porque este contingente foi o máximo que ele conseguiu arrebanhar.
Nazismo e Antijudaísmo Cristão
Ao contrário da polêmica tese defendida por D’Souza de que o nazismo é uma “filosofia antirreligiosa”, o nazismo na verdade é um capítulo da longa história do antijudaísmo cristão. O nazismo não representa um desvio radical das atitudes dos cristãos tradicionais em relação aos judeus. Isto é reconhecido pelo historiador católico Jose M. Sanchez: “Há poucas dúvidas de que o Holocausto remonta à milenar hostilidade dos cristãos contra os judeus“[12].
O fato de que o nazismo é simplesmente uma forma modernizada de antijudaísmo cristão é comprovado pelo quão estreitamente o plano nazista para os judeus se assemelha ao do fundador do Cristianismo Protestante, Martinho Lutero (1483-1546). A fim de compreender esta conexão, apresento um resumo extraído do plano de sete pontos de Lutero, publicado em 1543 em seu tratado, Dos judeus e suas mentiras (Nota do Tradutor: versões digitalizadas de uma tradução deste opúsculo são largamente disponibilizadas em sites antissemitas e neonazistas. Por razões óbvias não colocarei nenhum link aqui demonstrando isso, mas uma busca no Google confirma facilmente o que afirmo):
Primeiro, recomendo atear fogo às suas sinagogas e escolas e cobrir com imundície tudo o que não for reduzido à cinzas, de modo que nenhum homem veja novamente uma pedra ou uma brasa deles.
Isto deve ser feito em honra de nosso Senhor e da Cristandade, de modo que Deus possa ver que somos cristãos, e não perdoamos ou toleramos tais ofensas e blasfêmias contra seu filho e seus seguidores…
Segundo, eu recomendo que suas casas também sejam destruídas…
Terceiro, recomendo que todos os seus livros de oração e escritos talmúdicos, em que tais idolatrias, mentiras, blasfêmias e indecências são ensinadas, lhes sejam tomados.
Quarto, eu recomendo que seus rabinos sejam proibidos de ensinar doravante sob pena de perder a vida…
Quinto, eu recomendo que o salvo-conduto nas estradas seja abolido completamente para os judeus.
Sexto, eu recomendo que a usura lhes seja proibida, e que todo o seu dinheiro e todas os seus tesouros em ouro e prata sejam confiscados e colocados sob custódia…
Sétimo, recomendo colocar um mangual, um machado, uma enxada, uma pá, uma roca ou um eixo nas mãos de todos os jovens judeus e judias e deixa-los ganhar seu pão com suor de seu rosto, como foi imposto aos filhos de Adão (Gen. 3:19)[13]
Cada um dos ítems no plano de Lutero foi implementado pela política nazista. Por exemplo, durante a Kristallnacht, o horrível surto de violência antijudaica de 1938, os lares, as lojas e as sinagogas judaicas foram incendiados ou saqueados, exatamente como prescrito pelos dois primeiros ítems do plano de Lutero. Além disso, coincidência ou não, os eventos da Kristallnacht desenrolaram-se durante o aniversário de Lutero, no dia 10 de novembro. (Nota do Tradutor: acredito que tenha sido uma irônica coincidência. O pretexto para a Kristallnacht foi o assassinato de um funcionário da embaixada alemã em Paris por um judeu indignado com a situação calamitosa em que sua família se encontrava na fronteira com a Polônia após ser expulsa da Alemanha.) Obras de literatura de autores de ascendência judaica foram queimadas pelos nazistas, exatamente como recomendado no terceiro parágrafo do plano de Lutero. Os rabinos foram proibidos de ensinar, como ordenado pelo quarto ítem de Lutero. As prisões e deportações dos judeus para campos de concentração são consistentes com o quinto conselho de Lutero. Propriedades judaicas, incluindo obras de arte, foram confiscadas pelos nazistas, à semelhança da sexta recomendação de Lutero. O sétimo ponto de Lutero possui uma correspondência com os campos de trabalho forçado, com seu infame slogan Arbeit macht frei (“o trabalho liberta”).
Os planos são tão parecidos que mesmo Martin H. Bertram, um intelectual luterano e o tradutor do panfleto anti-judaico de Lutero, declara: “É impossível publicar o tratado de Lutero hoje, entretanto, sem notar o quanto suas propostas foram similares às ações do regime nacional-socialista na Alemanha nas décadas de 1930 e 1940[14] E quando se considera a imagem que Hitler tinha de Lutero, o que este representava para ele, tudo o que precisamos é consultar o Mein Kampf: “Ao lado de Frederico, o Grande está Martinho Lutero, assim como Richard Wagner.”[15]
Os cristãos católicos possuem uma história ainda mais longa de antijudaísmo. O décimo-sexto canône do Concílio de Elvira (ca. 306), por exemplo, proibiu o casamento entre judeus e cristãos[16]. De modo que as leis de Nuremberg nazistas, que proibiram o casamento entre alemães e judeus, são uma mera extensão de uma tradição cristã, não uma ruptura radical, como D’Souza quer nos fazer crer. Não obstante o antijudaísmo remontar ao NT, é na Idade Média que começamos a testemunhar alguns dos mais brutais e sistemáticos ataques cristãos contra os judeus[17]. Em parte, a codificação do cânone legal católico foi responsável por uma política mais uniforme em relação aos judeus[18]. E apesar das migalhas de tolerância mostradas esparsamente no cânone legal, a realidade é que os judeus foram expulsos da Inglaterra em 1290 e da França em 1306. Por volta de 1492, como se sabe, a Espanha também expulsou os judeus.
De qualquer maneira, a Primeira Cruzada, que tencionava libertar a Terra Santa do domínio muçulmano, deu origem a uma nova onda de violência sistemática contra os judeus. A primeira cruzada foi proclamada em 1095, e os primeiros contingentes começaram sua viagem em direção ao leste em 1096. Estes contingentes, compostos majoritariamente por leigos, foram responsáveis pela maior parte da violência antijudaica. Hordas de “cruzados” tomaram de assalto cidades como Colônia, Mainz e Worms, e deixaram cerca de 3 mil judeus mortos[19]. Vários dos judeus capturados nestes pogroms recusaram-se a se converter ao Cristianismo. Segundo os relatos judaicos, a seguinte justificativa para o martírio foi proferida:
Depois de tudo, não há dúvidas dos caminhos do Santíssimo, louvado seja… Que nos deu Sua Torá e nos ordenou que permitíssemos que fôssemos mortos e chacinados em testemunho da Unicidade de Seu Santo Nome. Felizes estamos se satisfazemos sua vontade e feliz é aquele que tomba e morre atestando a Unicidade de Seu Nome.[20]
Estes judeus, vitimados pelos cristãos, certamente viram o ódio que lhes era dirigido como enraizado na religião. A defesa de D’Souza de que pelo menos os judeus medievais poderiam ter se convertido, ao contrário da situação na Alemanha Nazista, fracassa pelos padrões das Nações Unidas[21] É proibido exterminar qualquer grupo baseado em sua etnicidade ou religião, de modo que a oportunidade de se converter não faz a menor diferença.
Será que D’Souza pensa que se o número de judeus disponíveis para o abate naquelas cidades alemãs medievais tivesse sido maior, então menos judeus teriam sido mortos? Por um lado, as autoridades clericais de fato denunciaram estes pogroms. Por outro lado, os leigos podem ter agido da maneira como o fizeram por causa de palavras como as do Papa Inocente III, que no dia 9 de Outubro de 1208 expediu ao rei da França Philip II Augustus o seguinte édito a respeito dos hereges e dos judeus:
A fim de que a Santa Cidade de Deus, disposta como uma assustadora frente de batalha, possa prosseguir contra seus mais cruéis inimigos, exterminar [ad exterminandum] os seguidores de heresias abomináveis, que como um verme ou uma úlcera, infectaram a província inteira, formamos guarnições de soldados cristãos a serem convocados juntos…[22]
Observe que, mesmo que nem sempre obedecidas literalmente, a idéia de extermínio de grupos de pessoas (hereges, judeus) já está lá, bem como o uso da linguagem genocida medicalizada (“úlcera… infectaram”) compartilhada com o nazismo[23].
O fato de que Hitler via o que ele estava fazendo como uma continuação da política católica é confirmado por uma conversa que ele teve em 26 de Abril de 1933, com Hermann Wilhelm Berning, bispo de Osnabriick, Alemanha. De acordo com um relatório registrado nos Documentos sobre a Política Externa Alemã:
[Hitler] então trouxe à baila a questão judaica. Justificando sua hostilidade para com os judeus, ele referiu-se à Igreja Católica, que igualmente sempre considerou os judeus como indesejáveis e que em virtude dos perigos morais envolvidos proibiu os cristãos de trabalhar para os judeus. Por estas mesmas razões a Igreja baniu os judeus para o gueto. Ele via os judeus como nada além de inimigos perniciosos do Estado e da Igreja e, por essa razão, quis exclui-los cada vez mais, sobretudo dos cargos públicos e da vida acadêmica[24].
Conforme sumarizado pelo renomado historiador do Holocausto Guenter Lewy, “Hitler simplesmente estava fazendo o que a Igreja havia feito por 1500 anos.”[25] Na verdade, Hitler simplesmente dispunha de tecnologias e logísticas muito superiores para fazer o que os cristãos medievais quiseram fazer aos judeus. Também haviam muito mais judeus vivendo na Alemanha na época de Hitler. Portanto, D’Souza deveria estar contando os acréscimos nas populações-alvo, não apenas as populações como um todo, para avaliar a proporcionalidade da violência ateísta e religiosa.
O Quão Religioso Foi o Antijudaísmo Nazista?
D’Souza levanta a polêmica tese de que o nazismo foi uma “filosofia antirreligiosa”, mas oferece escassas evidências incontestáveis para esta alegação. Se desejamos conhecer motivos, um procedimento razoável é buscar as razões que as pessoas oferecem para o que fazem. Se seguirmos este procedimento, então a seguinte declaração de Hitler no Mein Kampf é bastante relevante:
Por isso hoje acredito que estou agindo em concordância com a vontade do Criador Todo-Poderoso; ao me defender contra o Judeu, estou lutando pela obra do Senhor.[26]
Mas D’Souza descarta a declaração de Hitler como evidência de que Hitler realmente pretendeu dizer o que disse. Em vez disso, D’Souza sugere que uma fonte melhor para os pensamentos de Hitler sobre a religião é Allan Bullock, autor de um livro chamado Hitler e Stalin: Vidas Paralelas, de 1993. Conforme D’Souza expressa em suas palavras: “‘Desde a mais tenra idade’, o historiador Allan Bullock escreve, ‘Hitler não dedicou tempo algum ao catecismo católico, considerando-o uma religião adequada somente para escravos e detestando sua ética.”[28] Esta é claramente uma tática de esquiva, já que D’Souza não explica porque Bullock sabe o que Hitler pensava melhor do que o próprio Hitler. Em geral, é um procedimento de investigação histórica inferior substituir uma fonte primária (isto é, Hitler) por uma fonte secundária (ou seja, Bullock). Além disso, mesmo se Hitler detestasse os ensinamentos católicos, D’Souza confunde ateísmo com anticatolicismo. E a citação acima não é a única em que Hitler invoca Deus, a religião ou o Cristianismo para explicar suas idéias políticas no Mein Kampf. Hitler também declarou: “Pois a vontade de Deus deu aos homens sua forma, sua essência e suas habilidades. Qualquer um que destrua Sua obra está declarando guerra à criação do Senhor, a vontade divina.”[29] No encontro com Berning, Hitler insistiu que “nem uma vida pessoal nem uma nação poderia ser construída sem o Cristianismo.”[30]
Outra tentativa de evitar as implicações óbvias das declarações de Hitler é o apelo de D’Souza ao aspecto propagandístico do Mein Kampf. D’Souza alega que “o próprio Hitler diz no Mein Kampf que suas declarações públicas deveriam ser interpretadas como mera propaganda que não guarda a menor relação com a verdade, sendo antes planejadas para exaltar as massas.”[31] D’Souza não cita um trecho direto de Hitler para esta alegação e apenas nos remete às páginas 177-85 do Mein Kampf, o que mais uma vez reflete um péssimo trabalho de pesquisa histórica. D’Souza parece não notar que esta generalização grosseira sobre o Mein Kampf não guardar “nenhuma relação com a verdade” cria um caso de incoerência autorreferencial. Se a propaganda de Hitler sempre esconde a verdade, então segue-se que o próprio enunciado sobre como ele estava usando a propaganda deve ser falso. E Hitler não acreditou realmente que os judeus são malignos porque o que ele diz no Mein Kampf não possui relação alguma com a verdade? Em vez disso, um procedimento histórico superior é interpretar literalmente os enunciados de um autor sobre suas próprias crenças a menos que o contrário seja provado. Nada do que Hitler disse desmente que ele acreditou estar fazendo a vontade de Deus.
Além disso, D’Souza deixa inexplicado por que Hitler teria pensado que sua retórica antijudaica poderia comover as massas a menos que as massas fossem receptivas a uma mensagem antijudaica. Isto é importante porque as massas das quais D’Souza fala se autoidentificavam majoritariamente como cristãs. Por exemplo, um relatório nazista indica que por volta de 1938, 51,4% dos membros da SS foram identificados como protestantes, 22,7% como católicos, e 25,7% como “crentes em Deus” (Gottglaubigen).[32] Como o antijudaísmo não encontra-se associado às obras do próprio Darwin, trabalhar tendo como pano de fundo uma história de antijudaísmo cristão seria muito mais efetivo no convencimento das massas cristãs.
Cristianismo Positivo
Outro aspecto do nazismo que D’Souza descarta sem muita investigação é a idéia nazista do Cristianismo Positivo. A primeira ocorrência do termo remonta ao ponto 24 do Programa do Partido Nazista de 1924, que diz:
O Partido enquanto tal reflete o ponto de vista de um Cristianismo Positivo não limitado confessionalmente a qualquer denominação específica. Ele combate o espírito materialista judaico.[33]
Mais uma vez, o antijudaísmo foi um de seus principais pilares, o mero resultado de uma longa história de antijudaísmo cristão. Nesse sentido, mais uma vez, o nazismo não é um desvio radical do Cristianismo historicamente ortodoxo.
Quem ler O Mito do Século XX, um tratado sobre o nazismo escrito por Alfred Rosenberg, a quem é atribuída a autoria do Programa do Partido de 1920, entenderá que ele concebia o Cristianismo Positivo como uma restauração dos ensinamentos puros e originais de Cristo.[34] De fato, Rosenberg nos diz que a vida de Cristo é o que deveria ser siginificativo para os alemães.[35] Rosenberg repudiou a idéia do sacrifício de Cristo como uma corrupção judaica, e via Jesus como uma figura cuja verdadeira obra, o amor à própria raça, foi distorcida pela cristandade organizada num amor universal, em vez de um amor restrito ao grupo racial a que se pertence (sobretudo em sua interpretação de Levítico 19:18 e 25:17).
Esta é a razão pela qual Rosenberg o denominou “Cristianismo Positivo” (positive Christentum), que ele contrapôs explicitamente à forma corrupta representada pelo “clero etrusco-asiático” (etrusco-asiatische… Priesterherrschaft), que abraangia o Catolicismo Romano[36]. Assim, para o Cristianismo Positivo, a mera palavra “Cristianismo” muitas vezes significou a forma judaizada e clericalmente organizada vista no Catolicismo Romano, que diferia da originalmente proposta por Jesus. Opor-se ao “Cristianismo”, portanto, não significa opor-se à religião de Cristo ou opor-se à religião.
De fato, Der Mythus é repleto de citações bíblicas. Com algumas das interpretações de Rosenberg da Bíblia decerto até mesmo eruditos judeus poderiam concordar. Por exemplo, ele observa que Levítico 25:17, que declara “Ninguém prejudique o seu próximo”, refere-se ao próximo hebreu, e não a todos os demais[37]. Mas esta interpretação de “teu próximo” é consistente com a interpretação de Harry M. Orlinsky, o grande estudioso do cânone judaico[38]. Rosenberg também pensou que o Evangelho de João foi o que melhor preservou alguns dos ensinamentos de Jesus. Assim ele o comenta: “O Evangelho de João, que ainda é permeado por um espírito aristocrático, combateu a bastardização coletiva, a orientalização e a judaização do Cristianismo”[39]. É no Evangelho de João (8:44) em que o próprio Jesus diz que os judeus são mentirosos filhos do diabo. Esse versículo apareceu bem mais tarde na sinalização de trânsito do regime nazista, ao passo que nenhuma citação de Darwin jamais foi vista nas placas de trânsito nazistas[40]. Este versículo ecoa o título do panfleto de Lutero (Dos judeus e suas mentiras), bem como o longo título que Hitler originalmente propôs para seu livro ([Meus] Quatro anos e meio de luta contra as mentiras… ).
Sim, Rosenberg sincretizou os conceitos cristãos encontrados no NT com mitos germânicos, e mitos de sua própria criação ou adaptação. Mas em que a exegese bíblica e o sincretismo de Rosenberg diferem do que outros autoproclamados cristãos estiveram fazendo ao longo da história? Com efeito, vários estudiosos defendem exatamente que o Cristianismo foi o resultado da combinação de idéias judaicas com outras helenísticas. Ao conceberem a si próprios como restauradores do Cristianismo primitivo, os cristãos positivos não foram menos cristãos do que os primeiros luteranos ou anabatistas. Na verdade, o Cristianismo Positivo possui precursores ilustres dentre os primeiros cristãos que rejeitaram o judaísmo. Estes incluem Marcião (segundo século), o cristão gnóstico que repudiou o Antigo Testamento (AT) por inteiro, e promoveu um cânone consistindo apenas de um Evangelho de Lucas expurgado e algumas das epístolas paulinas. O marcionismo repetiu-se na história cristã, especialmente entre alguns grupos anabatistas e teólogos cristãos (por exemplo, Friedrich Schleiermacher)[41].
Resumindo, se usamos a mesma lógica utilizada por vários teólogos cristãos que reinterpretam radicalmente a Bíblia Hebraica para a prática cristã, poderíamos também argumentar que o Cristianismo Positivo não representa tanto um movimento anticristão quanto representa uma reinterpretação do Cristianismo, um fenômeno constante na história cristã. É por isso que atualmente existem cerca de 25 mil grupos cristãos, alguns dos quais acreditam em coisas radicalmente opostas. Dizer que os marcionitas, os luteranos ou os cristãos positivos não são realmente cristãos é fazer um julgamento teológico mais do que um julgamento histórico.
O que há de tão negativo acerca do Cristianismo Positivo?
Não somente D’Souza exibe uma lastimável compreensão errônea do Cristianismo Positivo, como as principais objeções que ele lança contra ele são extremamente superficiais. Para D’Souza, o Cristianismo Positivo não pode contar como Cristianismo porque ele “obviamente foi uma ruptura radical do entendimento cristão tradicional, e como tal foi condenado pelo Papa Pio XI na época”[42]. Este último caso é suficiente para mostrar os preconceitos teológicos de D’Souza, já que ele assume que o que quer que o Papa Pio XI condene deve representar um falso cristianismo. E naturalmente, a alegação de que um Cristo ariano é uma ruptura radical do entendimento cristão tradicional é uma grande novidade para qualquer um familiarizado com a longa história da arte cristã, onde Cristo é rotineiramente pintado como um branco europeu. De acordo com Epiphanies Monachus (oitavo ou nono século), um monge grego de Constantinopla, Jesus “tinha seis pés de altura, longos e dourados cabelos, e não muito volumosos…”[43]. Então, como um Cristo ariano nazista pode ser uma ruptura radical?[44]
D’Souza também deixa de dizer a seus leitores que antes do Papa Pio XI se distanciar do nazismo em sua famosa encíclica de 1937 (Mit Brennender Sorge/ “Com Ardente Pesar”), esse mesmo Papa assinou, “na época”, em 1933, um pacto com os nazistas, que Hitler inclusive apreciou como um inestimável auxílio para levar adiante sua “batalha contra a judiaria internacional (‘der kampf gegen das internationale judentum‘)”[45]. E observem como D’Souza não questiona se o Papa Pio XI teve motivos políticos em vez de sublimes motivos humanitários para sua reprovação aos nazistas em 1937. D’Souza não indaga se Pio XI realmente pretendeu dizer o que ele disse, como faz quando Hitler afirma estar acatando a vontade de Deus.
No entanto, quando se lê essa encíclica de 1937, o Papa Pio XI admite fazer acordos com a Alemanha Nazista:
Quando, em 1933, consentimos, venerável Brethren, em abrir negociações por um pacto, que o governo do Reich propôs como base de um programa de muitos anos de colaboração… Estávamos propensos pela vontade, como nos é próprio, de assegurar à Alemanha a liberdade da missão beneficente da Igreja e a salvação das almas sob seus cuidados, bem como pelo desejo sincero de prestar ao povo alemão um serviço essencial para seu desenvolvimento pacífico e prosperidade. Assim, apesar de várias e graves dúvidas e inquietações, decidimos então não recusar nosso assentimento pois foi nosso desejo poupar os devotos da Alemanha, na medida em que fosse humanamente possível, dos julgamentos e dificuldades que eles teriam que enfrentar, dadas as circunstâncias, houvessem as negociações malogrado[46]
Por que isso não se qualificaria como uma manobra política, já que almeja proteger os interesses de um grupo distinto (católicos)? Por que não podemos também dizer que a hierarquia do Vaticano não pretendeu dizer o que disse em 1937? E será que nenhum dos conselheiros do Papa estava familiarizado com o Mein Kampf, que fora publicado aproximadamente uma década antes de 1933?
Na verdade, Diego Von Bergen, o embaixador do Reich na Santa Sé, relatou que enquanto o Papa estava dizendo uma coisa, Eugenio Pacelli, o cardeal secretário do Vaticano e o homem que se tornaria o Papa Pio XII, prometeu que “relações normais e amistosas… seriam reestabelecidas o mais cedo possível” entre o Vaticano e os nazistas após essa encíclica[47]. De fato, por volta de 1939, o arcebispo Cesare Orsenigo, o núncio para Berlim, estava atarefado abrindo uma recepção de gala para o quinquagésimo aniversário de Hitler[48]. Isso encerra a questão do suposto repúdio da Igreja Católica ao regime nazista.
Caso contrário, tudo depende de se alguém considera a missão da Igreja Católica como digna de tal compromisso, e isso é um julgamento teológico. Se Hitler acreditava ser a vontade de Deus que ele matasse os judeus, não há como averiguar se a inspiração para essa tarefa foi menos divina do que a que levou o Papa Inocente III a manifestar seu desejo de exterminar os judeus e outros hereges na Idade Média. Caso contrário, D’Souza precisa explicar por que o Papa Inocente III estaria certo em dizer que Deus realmente quis que ele exterminasse os judeus ou os hereges na Idade Média, mas este não seria o propósito de Deus para a vida de Hitler no século XX.
O Quão Antirreligioso Foi Hitler?
Equivocar-se sobre a diferença entre o Cristianismo Positivo e o resto do Cristianismo é o que tem levado D’Souza e outros a transformar quaisquer das supostas concepções anticristãs de Hitler em concepções antirreligiosas. Há um problema lógico, obviamente, com a afirmação de que ser anticristão ou ser anticatólico significa ser antirreligioso. A religião abraange muito mais do que o Cristianismo ou o Catolicismo.
Mais substancialmente, pois são uma parcela significativa da evidência em que se baseia, D’Souza apela às Conversações Íntimas de Hitler, que supostamente registram os mais recônditos pensamentos do Führer. Entretanto, a confiabilidade desta fonte para determinar as opiniões de Hitler é bastante questionável. Existem quatro versões principais das Conversaçõs Íntimas, aqui nomeadas de acordo com os principais editores ou tradutores e os anos de publicação: (1) Henry Picker (alemã, 1951, 1963, 1976); (2) Francis Genoud (apenas tradução francesa, 1952); (3) H. R. Trevor-Roper (inglesa 1953, 1973, 2000); e (4) Werner Jochmann (alemã, 1980). Estes registros geralmente são organizado internamente pela data em que Hitler manteve a conversa.
Os problemas com as Conversações Íntimas foram minuciosamente estudados por Richard Carrier[49]. Do meu ponto de vista, na qualidade de historiador acadêmico, existem pelo menos três problemas com a utilização desta fonte; (1) não existem originais autógrafos, do próprio punho de Hitler, desta fonte. Não temos fitas de áudio para verificar as transcrições. O que temos são cópias célebres que muitas vezes foram filtradas através de Martin Borman, auxiliar de Hitler. O fato de estas versões concordarem suficientemente para sugerir uma fonte comum não necessariamente prova que esta fonte comum tenha sido o próprio Hitler. (2) As versões às vezes são discrepantes. Algumas passagens estão ausentes na edição de Trevor Roper em relação à edição de Picker. De modo que é difícil dizer o que vem de Hitler e o que vem dos editores. (3) Trevor-Roper autenticou os Diários de Hitler, apesar de estes mais tarde terem sido desmascarados como uma fraude[50]. Genoud também é um personagem de reputação duvidosa que pode ter estado envolvido em outras falsificações. E como Carrier tem mostrado, ambas as edições de Genoud e Trevor-Roper muitas vezes traduzem com erros grotescos o original alemão.
Além disso, o principal mediador em todas as versões conhecidas das Conversações Íntimas é o secretário pessoal de Hitler, Martin Bormann, conhecido por seus pontos de vista anticristãos[51]. De modo que às vezes podemos estar lendo os pensamentos de Bormann em vez de os de Hitler[52].
Também sabemos, a partir de outras fontes, que Hitler discordou de Bormann e também discordou de suas próprias opiniões expressas nas Conversações Íntimas. Por exemplo, Albert Speer, que foi o arquiteto pessoal de Hitler, disse:
Mesmo após 1942 Hitler prosseguiu sustentando que considerava a Igreja indispensável na vida política. Numa dessas conversas à hora do chá, ele afirmou que ficaria feliz se algum dia um eclesiástico renomado se revelasse adequado para liderar uma das igrejas – ou, se possível, ambas, a católica e a protestante, reunidas.[53]
Speer também relata casos em que Hitler censurou ações anticristãs cometidas por seus subordinados[54].
Assim, se utilizarmos somente as fontes mais confiáveis, D’Souza definitivamente não demonstra seu caso. D’Souza não cita uma única passagem do Mein Kampf, uma fonte incontestavelmente atribuída a Hitler, em que este diz que seus motivos foram ateístas. Todavia, podemos encontrar uma série de passagens do Mein Kampf em que Hitler, não menos do que Martinho Lutero, reivindica estar realizando a vontade de Deus.
Mas mesmo se considerarmos as Conversações Intímas uma fonte confiável, a antirreligiosidade de Hitler não é tão evidente quanto D’Souza afirma porque D’Souza confunde anticristianismo com ateísmo. Das citações que D’Souza fornece, a única que melhor contribuiria para seu caso é: “através do campesinato seremos capazes de destruir o Cristianismo.” Mas D’Souza não fornece o número da página das Conversações Íntimas, e sua nota de rodapé correspondente apenas remete a “Conversações Íntimas de Hitler (New York: Enigma Books, 2000)”, que é uma edição associada a Hugh Trevor-Report[56]. Na melhor das hipóteses, o que temos aqui é um trabalho de documentação bastante desleixado, e nos leva a indagar se D’Souza está mesmo lendo as Conversações Íntimas em primeira mão.
Além disso, D’Souza não revela a frase completa, que na verdade encontra-se nos Pronunciamentos de Hitler, um livro historicamente desacreditado da autoria de Hermann Rauschning: “Mas é através do campesinato que realmente seremos capazes de destruir o Cristianismo porque existe entre eles uma verdadeira religião enraizada no sangue e na natureza.” Assim, em sua versão integral, o alegado objetivo de Hitler é uma religião melhor (“verdadeira religião”), não religião nenhuma.
Houvesse D’Souza lido as diversas versões das Conversações Íntimas cuidadosamente, ele também teria encontrado muita coisa que contradiz sua afirmação de que Hitler foi antirreligioso. Por exemplo, numa conversa referida a 14 de Outubro de 1941 (edição de Trevor Roper) Hitler comenta:
Um homem educado preserva o sentido para os mistérios da natureza e ajoelha-se diante do desconhecido. Um homem inculto, por outro lado, corre o risco de sucumbir ao ateísmo (que é um retorno à animalidade)… [58]
Hitler acrescenta:
Pode-se perguntar se o desaparecimento do Cristianismo acarretaria o desaparecimento da crença em Deus. Isso não seria desejável. A idéia de uma divindade confere à maioria dos homens a oportunidade de concretizar o sentimento que eles possuem da existência de realidades sobrenaturais. Por que deveríamos destruir este maravilhoso poder que eles possuem de encarnar o sentimento para o divino que há em seu interior?[59]
Assim, mesmo aqui Hitler distingue entre não acreditar no Cristianismo e não acreditar em Deus. Na verdade, no original alemão das Conversações Íntimas, Hitler manifesta sua esperança de vida eterna no paraíso e seu real desprezo por aqueles que escarnecem da providência divina, declarando em vez disso que ele pensa ser possível que Deus o tenha escolhido, e que é nossa crença num Criador que nos distingue dos animais.[60]
E é nas Conversações Íntimas que Hitler distingue claramente os ensinamentos originais de Cristo da forma corrupta que se tornou conhecida como “Cristianismo”. Ele diz (em 21 de Outubro de 1941) que:
Originalmente, o Cristianismo era meramente uma encarnação do Bolchevismo, o destruidor. Não obstante, o Galileu, que mais tarde foi chamado o Cristo, pretendeu algo bastante diferente. Ele deve ser considerado como um líder popular que assumiu Sua posição contra a judiaria.[61]
Em qualquer caso, as ações de Hitler contra quaisquer igrejas não são necessariamente mais anticristãs ou antirreligiosas do que a destruição pelos protestantes de igrejas católicas, ou a destruição pelos católicos dos templos protestantes. Por exemplo, o Rei Henrique VIII (1491-1547), que deu ínicio à Reforma Inglesa, não via a si próprio como anticristão ou antirreligioso quando demoliu os monastérios católicos. Reis cristãos muitas vezes mataram clérigos e perseguiram igrejas que discordavam deles[62]. O que estamos vendo no nazismo é uma guerra sectária ou uma guerra intrarreligiosa, que não deveria ser confundida com antirreligiosidade[63].
O Quão Darwinista foi o Nazismo?
Apesar das esmagadoras evidências apontando que o nazismo é uma continuação do antijudaísmo cristão, D’Souza nos assegura que por trás do nazismo o que realmente está é o darwinismo. Para suas evidências, D’Souza nos remete ao trabalho de Richard Weikart, como a seguir:
Se o nazismo representou a culminância de qualquer coisa, foi da ideologia do final do século 19 e início do século 20 do darwinismo social. Como o historiador Richard Weikart documenta, ambos Hitler e Himmler eram admiradores de Darwin e em várias ocasiões falaram de seu papel como o de descobridor de uma “lei da natureza” que garantiria “a eliminação dos incapazes”. Weikart… conclui que embora o darwinismo não seja uma explicação intelectual “suficiente” para o nazismo, é uma explicação necessária. Sem o darwinismo o nazismo não poderia ter existido.[64]
Como nos casos anteriores, D’Souza aparenta não possuir o treinamento requerido para avaliar e julgar as alegações de Weikart. Já ofereci uma série de longas críticas a Weikart, mas aqui eu resumirei alguns dos problemas com a utilização do livro de Weikart[65].
Primeiro, a própria noção de que o darwinismo foi necessário para o nazismo é desmentida pelo plano de Lutero para os judeus de 1543. Por volta de 1543 era possível levar a cabo com êxito um programa que até os especialistas na obra de Lutero reconhecem ser semelhante ao nazismo, e não havia Darwin algum então. Weikart se esquece completamente de Lutero, e raramente menciona a longa história de antijudaísmo cristão que certamente seria mais importante do que o darwinismo. A maioria dos alemães não era tão familiarizada com as obras de Darwin como eram com a Bíblia ou com as tradições antijudaicas de personagens da história alemã como Lutero.
D’Souza nunca oferece qualquer citação direta para mostrar que Hitler foi um admirador de Darwin. Na verdade, D’Souza aparenta ignorar as exatas visões de Weikart sobre as referências de Hitler a Darwin. Weikart foi citado como dizendo:
É verdade que Hitler quase nunca mencionou o nome de Darwin (a única menção direta a Darwin que fui capaz de encontrar é um relato por um colega Wagener).[66]
No entanto, mesmo o “quase nunca” é enganoso porque Weikart reconhece que a única referência direta a Darwin por Hitler definitivamente não vem de Hitler. Hitler, contudo, menciona e aplaude Lutero no Mein Kampf. Isso por si só nos diz que Hitler atribuiu a Lutero importância suficiente para menciona-lo algumas vezes, ao passo que Darwin não recebeu nenhuma menção.
Além disso, D’Souza e Weikart também ignoram evidências de que o darwinismo foi especificamente banido na Alemanha Nazista, pelo menos em 1935. As evidências derivam desta diretriz numa lista de livros banidos na Alemanha Nazista compilados numa exposição da biblioteca da Universidade do Arizona: “Obras de natureza social e filosófica cujos conteúdos lidam com o Iluminismo científico do Monismo e do Darwinismo primitivo (Häckel)”.[67]
O Darwinismo de Weikart
Um problema decisivo com a tese de Weikart é que ele começa com esta definição demasiado restritiva de “Darwinismo”:
Ao utilizar o termo darwinismo neste estudo, refiro-me à teoria da evolução pela seleção natural como exposta por Darwin em A Origem das Espécies.[68]
É intrigante a razão pela qual Weikart restringe sua definição de darwinismo apenas ao que é encontrado em A origem das espécies (1859), sobretudo porque esse livro não diz absolutamente nada sobre evolução humana ou conflitos raciais. Consequentemente, Weikart precisa empreender uma redefinição contínua de “darwinismo” de forma a incluir outras obras de Darwin e quaisquer outras deturpações do darwinismo que ele for capaz de encontrar. Esta falha de Weikart é ainda mais importante porque ele já criticou outros historiadores reconhecidos por não aderirem às definições que propuseram inicialmente. Por exemplo, numa resenha de um livro escrito por Annette Wittkau-Horgby, Weikart comenta, “Wittkau-Horgby, portanto, não adere à definição de materialismo com que começa…”[69] Para evitar constantemente mover o objetivo definicional proposto para o darwinismo, Weikart poderia te-lo definido de modo mais amplo, e dito “… como exposto por Darwin em suas obras”. Uma vez que, para Weikart, interpretações errôneas das teorias de Darwin ainda contam como “darwinismo”, então ele realmente deveria dizer: “…conforme exposto por Darwin em seus livros e em diversas interpretações de sua obra, sejam esta interpretações corretas ou errôneas.”
A disposição de Weikart em subsumir distorções e deturpações do darwinismo sob o rótulo “darwinismo”, entretanto, não é consistentemente aplicada a outras obras que os nazistas desvirtuaram. Por exemplo, em sua resenha do livro de Richard Steigmann Gall “The Holy Reich“, Weikart comenta: “Vários alemães panteístas utilizaram terminologia religiosa – até mesmo cristã – mas eles muitas vezes a redefiniram.”[70] Assim, quando os escritores nazistas utilizam terminologia panteísta, então eles contam como panteístas, mas quando utilizam terminologia cristã, então eles não são realmente cristãos, mas panteístas. Ao se redefinir o vocabulário cristão, não mais se pode responder pelo Cristianismo, mas redefinir o darwinismo ainda estigmatiza alguém como darwinista. Esta inconsistência lógica é tendenciosa e serve para desviar a responsabilidade do Cristianismo.
Tudo isto é importante porque nenhuma das obras de Darwin, e sobretudo A Origem das Espécies, aborda o antijudaísmo. O antijudaísmo é um componente essencial do nazismo, compartilhado não com as obras de Darwin, mas com o Cristianismo primitivo (por exemplo, João 8:44, Apocalipse 2:9-10). Mais uma vez, mesmo se Darwin possuísse uma agenda antijudaica, a maioria dos alemães não estaria tão familiarizada com as obras de Darwin quanto estavam com a Bíblia.
Racialização dos Judeus
D’Souza afirma que os judeus medievais pelo menos poderiam ter se convertido ao Cristianismo ao passo que a eugenia darwinista dos nazistas racializou os judeus até um ponto em que estes não mais poderiam alterar sua identidade. Como já discuti, isto realmente não faz a menor diferença para a repreensibilidade moral do genocídio baseado na religião ou na etnicidade. Mas a idéia de que os judeus eram uma categoria racial, não somente uma categoria religiosa, já possuía uma longa história no Cristianismo muito antes do surgimento de Darwin.
Considere a idéia hitlerista da “pureza do sangue” (Reinhaltung des blutes). Esta noção não teve início com Darwin, nem sequer foi discutida como tal por Darwin em A origem das espécies. Em vez disso, a terminologia específica de Hitler corresponde muito de perto à terminologia católica espanhola (limpieza de sangre/”limpeza ou pureza do sangue”) aplicada contra os judeus na Espanha. Em particular, Juan Martinez Siliceo, o arcebispo de Toledo, propôs em 1547 uma legislação baseada muito especificamente sobre esta noção de limpieza de sangre.[72] Normas decretadas em Toledo em 1449 também se concentraram na pureza do sangue como um meio para discriminar os judeus que haviam se convertido mas não eram espanhóis “de sangue”.
Como até mesmo os estudiosos judeus observaram, diversos personagens bíblicos podem ser interpretados como defensoras de práticas eugênicas séculos antes que o termo fosse inventado. O rabino Max Reichler, um dos autores de Eugenia judaica e outros ensaios, nos diz:
Certamente a eugenia como ciência dificilmente poderia ter existido entre os antigos judeus; mas diversas regras eugênicas de fato foram incorporadas na vasta coleção de leis bíblicas e rabínicas. Na verdade existem indícios inequívocos de um esforço consciente para utilizar todas as influências capazes de aumentar as qualidades inatas das raças judaicas e resguardar contra quaisquer práticas que poderiam conspurcar a pureza da raça ou “prejudicar as qualidades raciais das futuras gerações” seja física, mental ou moralmente… O próprio fundador da raça judaica, o patriarca Abraão, reconheceu a importância de certas qualidades hereditárias, e insistiu que a esposa de seu “único filho amado” não deveria vir “das filhas dos cananitas”, mas da semente de uma linhagem superior.[73]
D’Souza não fornece nada realmente comparável, além de uma referência secundária a Weikart, mostrando que o A origem das espécies de Darwin contenha quaisquer noções de pureza do sangue ou eugenia ainda mais próximas disto. Como as coisas estão, D’Souza aparenta estar confundindo seleção natural, o principal conceito por trás de A Origem das Espécies, com a seleção artifical que foi um componente essencial do nazismo.
Se olharmos para as justificativas racialistas do próprio Hitler, descobriremos que ele invoca a Bíblia, não o A Origem das Espécies, para respalda-lo. Um exemplo é esta passagem do Mein Kampf a respeito da miscigenação:
… é uma daquelas a respeito do que é dito com tão grandiosa e terrível justiça que os pecados dos pais são vingados até a décima geração… O pecado contra o sangue e a profanação da raça são o pecado original neste mundo…[74].
Mas de onde Hitler tirou a idéia de que a profanação do sangue é um pecado que macula até a décima geração? Não a vemos em nenhuma das obras de Darwin. Mas no livro de Esdras, capítulo 9, versículos 1-2 e 12, lemos:
Acabadas, pois, estas coisas, chegaram-se a mim os príncipes, dizendo: O povo de Israel, os sacerdotes e os levitas, não se têm separado dos povos destas terras, seguindo as abominações dos cananeus, dos heteus, dos perizeus, dos jebuseus, dos amonitas, dos moabitas, dos egípcios, e dos amorreus. Porque tomaram das suas filhas para si e para seus filhos, e assim se misturou a linhagem santa com os povos dessas terras; e até os príncipes e magistrados foram os primeiros nesta transgressão. (…) Agora, pois, vossas filhas não dareis a seus filhos, e suas filhas não tomareis para vossos filhos, e nunca procurareis a sua paz e o seu bem; para que sejais fortes, e comais o bem da terra, e a deixeis por herança a vossos filhos para sempre. (Ênfase do autor)
Observe que o objetivo da endogamia é “para que sejais fortes”, o que exemplifica a concepção clássica de eugenia de aprimorar algumas características desejadas através da procriação adequada. Por conseguinte, o Mein Kampf sugere que é a Bíblia, não o A Origem das Espécies, que parece ser a influência mais direta sobre Hitler.
Conflitos raciais são uma parte do Cristianismo
Weikart rotula como particularmente darwiniana a noção da história como uma luta racial. Weikart tem utilizado repetidamente a seguinte citação de A Descendência do Homem para respaldar esta tese controversa:
Em algum período futuro, não tão distante que não possa ser medido por séculos, as raças civilizadas do homem irão certamente exterminar e substituir as raças selvagens pelo mundo afora.[76]
Mas esta passagem está descontextualizada. O contexto apropriado é um lamento por esta extinção – não um endosso dela. Este lamento é ainda mais evidente quando se lê o que vem em seguida, onde Darwin observa que, de fato, “”os selvagens não eram tão afetados pelas nações invasoras clássicas” até que as civilizações modernas (não as raças modernas) as usurpassem, uma vez que nas eras clássicas “não há esse tipo de queixa entre os escritores clássicos a respeito de uma possível destruição dos valores dos bárbaros”[77]. Consequentemente, Darwin acreditava que tecnologias e culturas superiores, não sangue inferior, eram os responsáveis pelo extermínio das “raças selvagens”.
E a concepção da história como uma luta entre raças é um componente muito importante da história cristã. Já em 1853, e alguns anos antes da publicação de A Origem das Espécies, George Fitzhugh, o advogado americano pró-escravidão, havia articulado a noção de conflito racial numa matriz de sobrevivência dos mais aptos quando disse:
Os membros do Congresso do Partido Jovem Americano, orgulhem-se do fato de que a raça anglo-saxã está manifestamente destinada a devorar as outras raças, assim como o capim-açu destrói e toma o lugar de outras plantas rasteiras.[78]
E ao contrário da afirmação de Weikart de que a orientação espiritual do judeocristianismo resistiu a tais idéias racialistas, Robert Knox, o famoso escritor racialista escocês, declarou:
Agora, esteja a Terra superpopulada ou não, uma coisa é certa, os fortes sempre irão se apoderar das terras e das propriedades dos fracos. Estou convicto de que esta conduta não é, em absoluto, incompatível com a mais elevada moral e mesmo com o sentimento cristão.[79]
Com efeito, John Campbell, um escritor cristão favorável à escravidão, viu a luta racial como um componente essencial da história da humanidade, e ele cita Knox em seu ensaio de 1851, “Negro-Mania“:
O antagonismo das raças opera por si próprio em toda situação em que duas raças são colocadas em colisão, seja pela extinção rápida ou lenta da raça mais frágil e inferior (…) Knox nos mostrou que em todos os lugares o sangue branco atropela e extermina as raças mais escuras.” O Saxão (ele observa) não se associará com qualquer raça escura, tampouco lhe permitirá manter qualquer acre de terra no país que vier a ocupar … Não há nada que negue o fato de que o Saxão – chame-lhe pelo nome que desejar – possui o mais perfeito horror por seus irmãos mais escuros”.[80]
Em geral, Weikart parece beatificamente ignorante da abundância de literatura racialista cristã pré-nazista que mostraria que o nazismo aboslutamente não representa nenhuma ruptura da história cristã.
Conclusão
D’Souza fracassa de maneira espetacular em seus esforços para pintar o nazismo como uma “filosofia antirreligiosa” responsável por dez milhões de mortes. Primeiro, D’Souza não fornece quase nenhuma documentação para suas alegações, e o que ele de fato oferece vem em sua maior parte de fontes secundárias. Ele aparentemente é incapaz de ler fontes alemãs primárias na língua original. Ele também confunde quaisquer esforços contra o Cristianismo organizado com antirreligiosidade. Mas mesmo nas Conversações Íntimas, uma fonte questionável utilizada por D’Souza, Hitler deixa claro que ser contra o Cristianismo não é o mesmo que ser contra a crença em Deus.
A prestidigitação numérica de D’Souza simplesmente oculta o fato de que tanto a moralidade teísta quanto a não-teísta podem resultar em genocídios. Quaisquer diferenças no número de mortes é mais um acidente histórico do que uma diferença num princípio que pode justificar o assassinato de grupos baseado na etnicidade, na raça, na nacionalidade ou na religião. Pelos padrões das Nações Unidas, os genocídios cometidos pelos cristãos são tão reprováveis quanto os cometidos pelos maoístas ou pelos estalinistas porque todos eles dedicaram-se igualmente ao extermínio de 100% de seus respectivos grupos alvo.
Mas o mais significativo problema com o argumento de D’Souza é sua conveniente amnésia acerca da longa história do antijudaísmo cristão que precede em séculos o nascimento de Darwin ou Hitler. O clamor pelo extermínio dos hereges e judeus na França pelo Papa Inocente III na Idade Média não precisou do darwinismo. E o criminoso plano de sete pontos de Lutero, que é praticamente idêntico ao do nazismo, demonstra além de qualquer dúvida que o darwinismo certamente não foi “necessário” para se chegar à ideologia nazista (veja o quadro abaixo). O nazismo, na verdade, foi muitíssimo facilitado por uma longa tradição de antijudaísmo cristão.
UMA COMPARAÇÃO DAS POLÍTICAS ANTIJUDAICAS DE HITLER E AS POLÍTICAS DEFENDIDAS EM NAS OBRAS DE MARTINHO LUTERO E CHARLES DARWIN
1. Dinesh D’Souza, A Verdade sobre o Cristianismo, pág. 215. (Thomas Nelson Brasil – Rio de Janeiro – 2008).
2. D’Souza, A verdade, p. 215. D’Souza está respondendo especificamente aos argumentos de Sam Harris, A morte da fé: religião, terror e o futuro da razão (Companhia das Letras, 2009); Daniel Dennett, Quebrando o Encanto – A religião como um fenômeno natural (Ed. Globo, 2007); e Richard Dawkins, Deus, um delírio (companhia das Letras, 2007).
3. D’Souza, A verdade, p. 214.
4. Hector Avalos, Fighting Words: The Origins of Religious Violence (Amherst, NY: Prometheus Books, 2005), pp. 325-34.
5. Vejam sobretudo Tatiana A. Chuinachenko, Church and State in Soviet Russia. Russian Orthodoxy from World War II to the Krushchev Years, trans. Edward E. Roslof (Armonk, NY: M. E. Sharpe, 2002).
6. Richard Weikart, From Darwin to Hitler Evolutionary Ethics Eugenics, and Racism in Germany (New York: PalgraveMacmillan, 2004).
7. Um sumário das convenções da Nações Unidas sobre Direitos Humanos pode ser lido em: http://www.hrweb.org/legal/undocs.html#CAG.
8. Para discussões recentes sobre teorias da etnicidade, veja Richard H. Thompson, Theories of Ethnicity: A Critical Appraisal (New York: Greenwood Press, 1989). Para o antigo Israel, veja Kenton Sparks, Ethnicity and Identity in Ancient Israel – Prolegomena to the Study of Ethnic Sentiments and Their Expression in the Hebrew Bible (Winona Lake: IN: Eisenbrauns, 1998).
9. Veja também, Solomon Grayzel, The Church and the Jews in the XIIIth Century (New York: Hermon Press, 1966); Kenneth R. Stow, Catholic Thought and Papal Jewry Policy, 1555-1593 (New York: Jewish Theological Seminary of America, 1977).
10. Stow, Catholic Thought, p. 295; Latin (p. 291): quos propia culpa perpetua servituta submisit.
11. D’Souza, A verdade, p. 208.
12. Jose M. Sanchez, Pius XII and the Holocaust- Understanding the Controversy (Washington, DC: Catholic University of America Press, 2002), p. 70.
13. Martinho Lutero, “Dos judeus e suas mentiras,” trad. Martin H. Bertram in Luther’s Works: The Christian in Society IV, ed. Franklin Sherman (Philadelphia, PA: Fortress Press, 1971), pp. 268-72.
14. Martinho Lutero, “Dos judeus,” p. 268 n. 173. Veja também William Montgomery McGovern, From Luther to Hitler: The History of Fascist Nazi Political Philosophy (Cambridge, MA: Houghton Mifflin, 1941).
15. Adolf Hitler, Mein Kampf, trad. Ralph Manheirn (Boston: Houghton Mifflin, 1971), p. 213; German (p. 232): Neben Friedrich der Grossen stehen bier Martin Luther sowohl als wie Richard Wagner. Utilizamos a edição alemã Adolf Hitler, Mein Kampf (Munchen: Muller, 1938). Doravante, esta fonte será referida como “Alemã (nº da pág.).”
16. Sobre o Concílio de Elvira, veja Louis H. Feldman, Jew and Gentile in the Ancient World- Attitudes and Interactions from Alexander to Justinian (Princeton: Princeton University Press, 1993), pp. 373, 380, 398.
17. Para um ponto de vista de um erudito católico sobre este período, especialmente à luz do Vaticano II, veja Edward A. Synan, The Pope and the Jews in the Middle Ages (New York: Macmillan, 1965).
18. John Y. B. Hood, Aquinas and the Jews (Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1995), p. 25.
19. Veja Robert Chazan, In the Year 1096 The First Crusade and the Jews (Philadelphia, PA: Jewish Publication Society, 1996), p. 129.
20. Shlomo Eidelberg, The Jews and the Crusaders: The Hebrew Chronicles of the First and Second Crusades (Madison: University of Wisconsin Press, 1977), p. 31.
21. D’Souza, A verdade, p. 218.
22. Grayzel, The Church and the Jews, p. 133; Texto latino na p. 132. Inocente (Grayzel, The Church and the Jews, pp. 92-93) paradoxalmente também endossa a idéia agostiniana de manter alguns judeus vivos como um símbolo da descrença, ele também acreditou que “não se deveria destruir os judeus completamente” (em latim: ne deleveris omnino Judeos). Sobre esta idéia posterior, veja Jeremy Cohen, Living Letters of the Law: Ideas of the Jew in Medieval Christianity (Berkeley: University of California Press, 1999).
23. Para este aspecto do nazismo, vejam Gotz Aly, Peter Chroust, e Christian Pross, Cleansing the Fatherland Nazi Medicine and Racial Hygiene, trans. Belinda Cooper (Baltimore, MD: Johns Hopkins University Press, 1994).
24. Paul R. Sweet, ed., Documents on German Foreign Policy, 1918-1945, dos arquivos do Ministério do Exterior alemão (Washington, DC: United States Printing Office, 1949), series C, vol. 1, p. 347.
25. Guenter Lewy, The Catholic Church and Nazi Germany (New York: De Capo Press, 2000), p. 51.
26. Hitler, Mein Kampf, p. 65 / Alemã (p. 70): So glaube ich heute im Sinne des allmachtigen Schopfers zu handeln: Indem ich mich des ,juden erwehre, kampfe ich fur day Werk des herrn.
27. D’Souza, A verdade, p. 217.
29. Hitler, Mein Kampf, p. 562 / alemã (p. 630): Denn Gottes WillegabdenMen- sehen einst ihre Gestalt, ihr Wesen and ihre Fahigkeiten. Wer sein Wert zerstort sagt damit der Schopfung des hernn, dem gattlichen Wollen, den kampf an.
30. Sweet, Documents on German Foreign Policy, series C, vol. 1, p. 347.
31. D’Souza, A verdade, p. 217.
32. Richard Steigmann-Gall, The Holy Reich: Nazi Conceptions of Christianity, 1919-1945 (Cambridge: Cambridge University Press, 2003), p. 221. Para um estudo da receptividade ao antijudaísmo pelas populações alemãs, veja Daniel Goldhagen, Hitler’s Willing Executioners.- Ordinary Germans and the Holocaust (New York: Little, Brown, 1996).
33. Alfred Rosenberg, Das Parteiprogramm: Wesen, Grundsatze and Ziele der NSDAP (Munich: Zentralverlag der NSDAP, 1922 [25th edition, 1943]), p. 13: Die Partei als solche vertritt den Standpunkt eines positiven Christentums, ohne rich konfessionell an ein bestimmtes Bekenntnis zu binden. Sic bekampft den judisch-materialistischen Geist… .
34. Alfred Rosenberg, Der Mythus des 20, Jahrhunderts: Ewe Wertung der seeliseh- geistigen Gestaltentkampfe unserer Zeit, (‘Munchen: Hoheneichen Verlag, 1938). Steigmann-Gall (The Holy Reich, pp. 92-93) defende que o livro de Rosenberg não recebeu muita atenção dentro do Partido Nazista. Entretanto, Albert Speer (Inside the Third Reich, trad. Richard e Clara Winston [New York: Macmillan, 1970], p. 115), o arquiteto pessoal de Hitler, diz que “o público considerava o livro como o texto de referência para a ideologia do partido”.
35. Rosenberg, Der Mythus, p. 74.
36. Ibid., p. 78: Das positive Christentum gegenuber dem negativum der auf der etrusco-asiatische Vorstellung zuruckgehende Priesterherrschaft and des Hexenwahns.
37. Alfred Rosenberg, Race and Race History and Other Essays, ed. Robert Pois e trad. Jonathon Cape (New York: Harper & Row, 1970), p. 180.
38. Veja Harry M. Orlinsky, “Nationalism-Universalism and Internationalism in Ancient Israel,” in Translating and Understanding the Old Testament Essays in Honor of Herbert Gordon May, eds. Harry Thomas Frank and William L. Reed (Nashville, TN: Abingdon, 1970), pp. 206-36, especially pp. 210-11.
39. Rosenberg, Der Mythus, p. 75. My translation of the German: Gegen these gesamte Verbastardierung, Verointalisierung and Verjudung des Christentums wehrte rich bereits day durchaus noch aristokratischen Geist atmende johannes evangelium. A edição de Robert Pois (Race and Race History and Other Essays, p. 70) traduziu johannes evangelium como “ensinamentos evangélicos de São João,” que obscurece as referências mais específicas ao livro que chamamos de Evangelho de João.
40. Para imagens de sinais de trânsito nazistas com este versículo, veja Robert P. Ericksen e Susannah Heschel, Betrayal – German Churches and the Holocaust (Minneapolis, MN: Fortress Press, 1999), fig. 6.
41. Para uma história do cânone e do marcionismo entre os anabatistas, veja meu artigo “The Letter Killeth: A Plea for Decanonizing Violent Biblical Texts,” Journal of Religion, Conflict, and Peace 1, no. 1 (Outono 2007): http://www.plowshares project.org/journal/php/article.php?issu_list_id=8&article_list_id=22.
42. D’Souza, A verdade, p. 217.
43. Frederic W. Farrar, The Life of Christ as Represented in Art (London: Adam and Charles Black, 1901), p. 84.
44. Veja também, Susannah Heschel, An Aryan Jesus. Christian Theologians and the Bible in Nazi Germany (Princeton: Princeton University Press, 2008).
45. Minha citação vem das minutas de uma reunião do governo nazista ocorrida em 14 de Julho de 1933. Minha fonte é Walther Hofer, ed., Der Nationalsozialismus.• Dokumente 1933-1945 (Frankfurt: Fischer Taschenbuch Verlag, 1976), p. 130.
46. Mit Brennender Sorge, disponível em http://www.newadvent.org/library/docs_pi11mb.htm.
47. Telegrama de Diego von Bergen para Eugenio Pacelli conforme preservado em Raymond James Sontag et al., eds., Documents on German Foreign Policy, 1918-1945, dos Archives of the German Foreign Ministry (Washington, DC: United States Printing Office, 1949), series D, vol. 1, p. 991.
48. Veja Richard Phayer, The Catholic Church and the Holocaust, 1930-1965 (Bloomington: Indiana University Press, 2000), p. 45.
49. Veja Richard Carrier, “Hitler’s Table Talk: Troubling Finds,” German Studies Review 26, no. 3 (2003): 561-76.
50. Para uma história dos Diários de Hitler, veja Charles Hamilton, The Hitler Diaries: Fakes That Fooled the World (Louisville: University Press of Kentucky, 1991) e Robert Harris, Selling Hitler (New York: Pantheon Books, 1986).
51. Steigmann-Gall, The Holy Reich, pp. 243-60.
52. Carrier, “Hitler’s Table Talk,” p. 573.
53. Speer, Inside the Third Reich, p. 113.
55. D’Souza, A verdade, p. 218.
57. Hermann Rauschning, ed., Hitler Speaks: A Series of Conversations with Adolf Hitler on His Real Aims (London: Thornton Butterworth, 1939; Reprint: Whitefish, MT: Kessinger, 2007), p. 63. Sobre a confiabilidade desta fonte, veja SteigmannGall, The Holy Reich, pp. 28-29.
58. H. R. Trevor-Roper, ed., Hitler’s Table Talk, 1941-1944: His Private Conversations (London: Phoenix Press, 2000), p. 59.
59. Trevor-Roper, ed., Hitler’s Table Talk, p. 61.
60. Carrier, “Hitler’s Table Talk,” págs. 566-72 (todas as quatro declarações aparecem na entrada datada da tarde de 27 de Fevereiro de 1942, no original alemão).
61. Trevor-Roper, ed., Hitler’s Table Talk, p. 76. Hitler rotineiramente igualou “bolchevismo” e “judaísmo”. Ele também acreditava que Jesus foi um ariano cuja mensagem verdadeira foi corrompida pelo judeu Paulo (Carrier, “Hitler’s Table Talk,” p. 572).
62. Veja também, Peter A. Dykema and Heiko Oberman, eds., Anticlericalism in Late Medieval and Early Modern Europe (Leiden: Brill, 1993), que também discute vários conflitos entre protestantes e católicos.
63. Diego von Bergen, o embaixador alemão no Vaticano, relatou especificamente que o Papa temia que “uma ‘terceira’ fé está sendo organizada e encorajada” em adição ao catolicismo e às fés evangélicas (Documentos sobre a política externa alemã, série D, vol. 1, p. 988). Isto mostra que o Vaticano via a religião nazista como uma fé concorrente, e não como “ateísmo”, um termo que ocasionalmente também aplicado a fés concorrentes.
64. D’Souza, A verdade, p. 219; Richard Weikart, From Darwin to Hitler. Evolutionary Ethics, Eugenics, and Racism in Germany (New York: Palgrave, 2004).
65. Para minha críticas a Weikart, veja “Avalos contra Weikart: Part I: General Problems with Dr. Weikart’s Methods“; e “Avalos Contra Weikart: Part II: Weikart’s Seven Darwinian Aspects of Nazism“. See also Sander Gliboff, H. G. Bromm, Ernst Haeckel, and the Origins of German Darwinism: A Study in Translation and Transformation (Cambridge, MA: MIT Press, 2008).
66. Denise O’Leary, “Post-Details: Expelling the Outrage: Hitler and Darwinism“(accessado em 3 Julho de 2009).
67. “Guidelines from Die Bucherei,” 2:6, 1935, p. 279.
68. Weikart, From Darwin to Hitler, p. 9.
69. Richard Weikart, “Review of Annette Wittkau-Horgby, Materialismus: Enstehung and Wirkung in den Wissen.rchaften des 19. Jahrhunderts (Gottingen: Vande- hoek and Ruprecht, 1998),” German Studies Review 24, no. 3 (October 2001): 610.
70. Richard Weikart, “Review of Richard Steigmann-Gall’s The Holy Reich: Nazi Conceptions of Christianity,” German Studies Review 27, no. 1 (February 2004): 175.
71. Veja Mein Kampf, p. 312: “manter seu sangue puro” / versão alemã (p. 342): Rein- haltung seines Blutes.
72. Veja também, Linda Martz, “Pure Blood Statutes in Sixteenth-Century Toledo: Implementation as Opposed to Adoption,” Sefarad 61, no. 1 (1994): 91-94; Albert Sicroff, Los estatutos de limpieza de sangre.: Controversial entre los siglos xvy xvii (Madrid: Taurus, 1985); Henry Kamen, The Spanish Inquisition.A Historical Revision (London: Weidenfeld and Nicolson, 1997), sobretudo págs. 242-54; Henry Kamen, Philip of Spain (New Haven, CT: Yale University Press, 1997), pp. 33-34.
73. Max Reichler, Jewish Eugenics and Other Essays (New York: Bloch, 1916), pp. 7-8.
74. Hitler, Mein Kampf, p. 249.
76. Weikart, From Darwin to Hider, p. 186.
77. Charles Darwin, A origem do Homem e a Seleção Sexual, (Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 2004 [1874]), p. 135 (contexto: págs. 125-143). Veja também Patrick Brantlinger, Dark Vanishings: Discourse on the Extinction of Primitive Races 1800-1930 (Ithaca, NY: Cornell University Press, 2003).
78. George Fitzhugh, “Sociology for the South or the Failure of Free Society,” em Antebellum Writings of George Fitzhugh and Hinton Rowan Helper on Slavery, ed. Harvey Wish (New York: Capricorn Books, 1960 [reprint of 1854 edition]), p. 61.
79. Robert Knox, The Races of Men (Philadelphia, PA: Lea & Blanchard, 1850), pp. 38-39.
80. John Campbell, “Negro-Mania,” in E. N. Elliott, Cotton Is King and ProSlavery Arguments: Comprising the Writings of Hammond, Harper Christy, Stringfellow, Hodge, Bledsoe, and Cartwright, on This Important Subject (Augusta, GA: Pritchard, Abbott and Loomis, 1860), p. 520.
Juramento de lealdade da SS:
Vollständige Eidesformel der Schutzstaffel (SS):
“Wie lautet Dein Eid?” – “Ich schwöre Dir, Adolf Hitler, als Führer und Kanzler des Deutschen Reiches Treue und Tapferkeit. Wir geloben Dir und den von Dir bestimmten Vorgesetzten Gehorsam bis in den Tod. So wahr mir Gott helfe!”
“Also glaubst Du an einen Gott?” – “Ja, ich glaube an einen Herrgott.”
„Was hältst Du von einem Menschen, der nicht an einen Gott glaubt?“
Die Antwort lautet: „Ich halte ihn für überheblich, größenwahnsinnig und dumm; er ist nicht für uns geeignet.
Tradução:
“Qual é teu juramento?” – “Eu juro a ti, Adolf Hitler, como Führer e chanceler do Reich alemão, lealdade e coragem. Nós prometemos a ti e aos líderes que nomeaste obediência incondicional até a morte. Que assim seja com a ajuda de Deus!”
“Então acreditas em um Deus?” – “Sim, eu acredito no Senhor Deus.”
“Como consideras um homem que não acredita em Deus?”
O jurado proclama: “eu o considero arrogante, megalomaníaco e tolo; ele não é elegível para nós.”
Fonte: HIMMLER, Heinrich: “Die Schutzstaffel (SS) als antibolschewistische Kampforganisation”, 1937, p. 15.
Foi o próprio Heinrich Himmler que escreveu esse juramento. Agora, vc cita como “fato histórico” um blog escrito por um zé-ninguém.
Obviamente, vc não está interessado em fatos históricos, mas apenas em afirmações que corroborem o seu ponto de vista pré-concebido.
Hitler naturalmente enganou seus subordinados e todo o povo alemão fazendo-se de “cristão” para ter apoio da ICAR na conquista da Europa, quando na verdade odiava o cristianismo:
https://noticias.gospelmais.com.br/artigo-escritor-rebate-tese-ateista-hitler-seria-cristao-29810.html
[…] um comentariozinho. Esses dias para trás um tal de Rafael Gusmão deixou um comentário no post O Holocausto Judeu: O Mais Trágico Capítulo da História do Cristianismo do blog Rebeldia Metafísica. A julgar pelo linguajar, alguém tem dúvidas de que se trata do […]
[…] As duas menções seguintes do Mein Kampf ocorrem, respectivamente, numa discussão sobre o empenho de apologistas cristãos em convencer seu público de que as doutrinas nazistas foram consequências lógicas naturais do darwinismo ateu, e numa investigação das palavras do próprio Hitler a fim de explicitar qual era sua ideologia racial. Aqui encontramos, naturalmente, citações de frases em que Hitler manifesta sua religiosidade, e em que trai as origens bíblicas de suas crenças. Mais detalhes sobre isso podem ser encontrados no artigo “O ateísmo não foi a causa do Holocausto”. […]
Hitler cristão?? que piada!! acho que ele nunca viu uma bíblia ou leu, ele usou a ICAR p/controle social da Europa fingindo-se cristão.
As ações de Hitler estavam muitíssimo longe dos ensinos de igualdade e justiça de Jesus no NT. Um abismo de diferenças! seus atos provaram ser um anti-cristão!
Ser cristão é muito mais que dizer-se “cristão”. Um bandido estuprador assassino cruel também pode-se dizer “cristão”. No seu livro: “Hitler’s Table Talk” há várias frases dele contra o Cristianismo.
Ex: “O cristianismo é uma invenção de cérebros doentes”.
Obrigado por se dispor a divergir neste off topic
“Tá bom. Vc sabe a origem de novos genes?”Sim,mas “novos” genes é controverso.
A sua explicação não respondeu meu caso.Existe uma hipótese reproduzível e falseável onde forças cegas,que obviamente não são inteligentes ,nem fazem projetos,nem possuem qqr intenção e objetivos específicos produzam CSI,como um código por exemplo, ou esta posição não possui uma evidência sequer e nem é reproduzível?
Se existir outra fonte capaz de gerar qqr código,gerar informação complexa especificada então de forma clara e objetiva o DI é refutado,ou não é nescessariamente uma causa suficiente e única para o referido efeito detectável na nossa realidade.
…E parece que as espécies continuam a ser rãs…que sofreram isolamento genético … no mais elas evoluiram para… rãs.
Eu tenho 2 pontos:
1)mutações aleatórias?
2)Ou mutações específicas?
O caso dos arganazes tbm é interessante, as discrepância genéticas entre as espécies quase que *idênticas [*morfologicamente falando] são enormes, e somente um exame acurado de dna pode discernir as espécies,e mais os arganazes se relacionam exatamente com os indivíduos de sua espécie,eles sabem exatamente quem é de sua mesma espécie.
os “novos” genes não explicam a origem de genes específicos.
Por exemplo , uma mutação na cor dos olhos faz um descendente ter olhos azuis,mas essa mesma mutação não explica a origem das informações específicas para visão.
As bactérias possuem uma região específica em seu genoma para resistir aos antibióticos, elas mutam exatamente esta região ESPECÍFICA como estratégia de defesa e ainda passam essa resistencia para outras bactérias…como explicar isto baseado somente em processos fisícos/químicos naturais da materia e energia sozinhas?Pq essa estratégia existe? … Vc disse que tem bactéria que morrem por falta de resistência ..mas eu tenho algo interessante do Shapiro [podes conferir no wiki] sobre as bactérias que confesso ,qndo li pela primeira vez fiquei muito surpreso:
Shapiro mostrou que as bactérias cooperam em comunidades que apresentam comportamento complexo, como a caça , a construção de estruturas de protecção, e espalhando esporos, e que AS BACTÉRIAS INDIVIDUAIS PODEM SACRIFICAR-SE EM BENEFÍCIO DA COMUNIDADE MAIOR. Com base neste trabalho, Shapiro acredita que o comportamento cooperativo é um conceito fundamental para organizar a atividade biológica em todos os níveis de complexidade.
Shapiro também estudou a formação de padrões em bactérias, uma área onde ele sente que há novos princípios matemáticos a serem descobertos, que também fundamentam o crescimento de cristais e na forma de estruturas cosmológicas . Por exemplo, ele descobriu que a bactéria intestinal proteus mirabilis forma complexos anéis terraços, uma propriedade emergente de regras simples que a bactéria usa para evitar as células vizinhas.
Enfim as bactérias não são seres burros,são seres “inteligentes”,espertos,com faculdades cognitivas específicas, possuem estratégias,objetivos definidos… a pergunta que faço é: a materia e energia sozinhas fizeram isto para as bactérias?Deu-lhes estes mecanismos sofisticados, o se sacrificar em prol de seus “semelhantes”?
Eu tbm posso citar algo complexo e específico de muitas bactérias; o Quorum Sensing.
Sant’anna,
Dinheiro não é gene , isso é óbvio, não é esse o ponto, meu ponto é retirar toda metafísica e ficar com o darwinismo, em termos darwinianos os ricos são mais aptos que os pobres, eles tem acesso a uma qualidade de vida melhor [saúde,moradia,alimentação e etc.] enquanto o pobre [me refiro aos pobres mesmo,aos molde da Africa miserável] é menos apto,tem menos recursos… mas mesmo assim quem deixa menos descententes são os ricos, ao passo que os pobres deixam mais descendentes…
Se eu rejeitar o darwinismo eu vou encontrar uma explicação melhor,plausível, vou encontrar parcimônia…
Algo sobre design natural [fantástico!] :
A natureza sempre alcança seus objetivos com economia, com um mínimo de energia, conserva seus recursos e recicla completamente seus resíduos. Pesquisadores de diversas áreas estão estudando as soluções encontradas pela natureza e procurando adaptá-las na solução de seus problemas e na inovação de seus produtos.
Um exemplo recente é o projeto do carro biônico da Mercedes-Benz. O projeto deste carro se inspira no pequeno Peixe-Cofre (Ostraction Meleagris). A despeito de seu corpo em forma de cubo, este peixe tropical apresenta uma aerodinâmica extraordinária. Ele é também um exemplo único de combinação de rigidez e leveza. Sua pele consiste de numerosas placas ósseas hexagonais que resultam em máxima resistência e peso mínimo que protegem efetivamente o animal.
Os pesquisadores da Daimler Chrysler examinaram esta estrutura biônica e transferiram este princípio para o projeto do carro. Os resultados foram notáveis:
mais de 40% de aumento da rigidez no painel externo da porta em relação aos resultados que se consegue com os métodos convencionais;
o peso total da carroceria reduzido em torno de um terço, sem diminuir a resistência e a segurança no caso de colisões;
os testes revelaram uma aerodinâmica equivalente aos melhores resultados já obtidos nas pesquisas da indústria automotiva.
Outras interessantes pesquisas realizadas para estudar as soluções da Mãe Natureza e adaptar seus princípios na melhoria de produtos e métodos:
o nariz dos golfinhos é o modelo para uma protuberância em forma de pêra na proa do navio, que possibilita cruzar os oceanos com menor resistência da água e redução do consumo de combustível;
os engenheiros do Airbus copiaram a áspera pele do tubarão para desenvolverem uma lamina que cobre a asa do avião, resultando uma redução superior a seis por cento na fricção e considerável economia de combustível;
superfícies auto limpantes baseadas nas folhas do lótus.
Nós, os humanos, temos usado os recursos naturais de forma totalmente ineficiente e perdulária, com elevados custos ambientais. A biomimética nos oferece um caminho para aprender com os seres vivos como resolver nossos problemas de forma sustentável.
Uma forma de refutar o DI é reproduzindo,testando uma hipotese onde materia e energia sozinhas criem informação complexa especificada, um código por exemplo.
Mostrar que mecanismo podem se manter funcional mesmo tirando uma de suas partes, por exemplo tire duas peças de um carro ,veremos se ele é funcional , tire uma roda e o cambio, simples…Vamos ver se ele serve pra alguma coisa .
“Uma forma de refutar o DI é reproduzindo,testando uma hipotese onde materia e energia sozinhas criem informação complexa especificada, um código por exemplo.”
Tá bom. Vc sabe a origem de novos genes? Um gene é duplicado e a cópia é inserida no genoma ao lado do gene original. Depois, a cópia e o gene original acumulam mutações independentemente. Depois de várias gerações de acumular mutações, a cópia pode ganhar uma nova função e se tornar um novo gene chamado gene parálogo. O gene original é chamado de gene ortólogo.
Mas não são apenas genes individuais que acabam sendo duplicados. Ás vezes todo o código genético é duplicado.
Aqui vai um exemplo:
Na América do Norte, há duas espécies de rã arbórea cinzenta.[1] Para todos os propósitos elas são idênticas exceto pelo seu canto e sua composição genética: a espécie Hyla versicolor tem quatro cópias de cada cromossomo, enquanto que a espécie Hyla chrysoscelis tem duas, como os seres humanos. Em algum ponto da sua história, um único grupo de girinos nasceu com quatro conjuntos de cromossomos, e não podiam cruzar com uma população normal. Em três ou quatro gerações, duas espécies se formaram onde antes havia apenas uma.[2]
Fontes:
[1]Collins, J., R. Conant. A Field Guide to Reptiles and Amphibians of East Central North America. 3rd edition, expanded. New York: Houghton Mifflin Co. 1998.
[2] Margaret B. Ptacek, H. Carl Gerhardt, Richard D. Sage; Speciation By Polyploidy in Tree Frogs: Multiple Origins of The Tetraploid. Division of Biological Sciences, University of Missouri. 8 de Setembro, 1993.
“A ciência é a resposta dessas perguntas”
A ciência operacional???
Como ela reproduziu, testou e respondeu estas questões? …eu me lembro do Atkins ter dito que este universo não é nada,literalmente.
Que bela resposta um acadêmico tem para oferecer.
“Nem todos os organismos sobrevivem. Alguns organismos possuem genes que os tornam capazes de sobreviver e se reproduzir com mais eficiência, e esses genes são passados adiante com mais frequência e se tornam mais comuns, enquanto que genes que tornam um organismo mal-adaptado ao seu meio ou incapaz de se reproduzir são passados adiante menos frequentemente e se tornam mais raros.”
Tem muita metafísica nesta parte,ou vc conseque enxergar através da matéria e energia sozinha através de processos fisícos/químicos agir de forma inteligente[???]
Alguns organismos?E pq isso é natural?É um lei?Ou é um acidente sem origem,sem resposta objetiva?
Todos organismos possuem limites de adptação,ou seja não podem viver em todos os ambientes..mas isso não é nada , não refuta o DI, por exemplo um carro é adaptado a um ambiente terrestre mas não é adaptavel a um ambiente aquático e um submarino é adaptado ao ambiente aquático mas não é adptado ao ambiente terrestre , isto não exclui seu design pelo seu limite de adaptação.
Engraçado essa premissa não se aplica ao humanos em um sentido, por exemplo, em termos darwinianos os ricos são mais aptos que os pobres, porém os pobres deixam mais descendentes que os ricos [que paradoxo!].
“Engraçado essa premissa não se aplica ao humanos em um sentido, por exemplo, em termos darwinianos os ricos são mais aptos que os pobres, porém os pobres deixam mais descendentes que os ricos [que paradoxo!].”
vc não leu minha resposta: “Alguns organismos possuem GENES que os tornam capazes de sobreviver e se reproduzir com mais eficiência, e esses GENES são passados adiante com mais frequência e se tornam mais comuns, enquanto que GENES que tornam um organismo mal-adaptado ao seu meio ou incapaz de se reproduzir são passados adiante menos frequentemente e se tornam mais raros.”
Desde quando dinheiro é um gene?
“Tem muita metafísica nesta parte,ou vc conseque enxergar através da matéria e energia sozinha através de processos fisícos/químicos agir de forma inteligente[???]”
Não, apenas observação do mundo natural. Quando foi a última vez que você viu alguém com uma mutação que causa infertilidade tendo filhos?
Quando foi a última vez que vc conversou na internet com alguém que tem hipotelorismo (também chamada de ciclopia)?
Pois é. Quando antibióticos são usados, apenas as bactérias que têm resistência a eles sobrevivem. Que o diga a tuberculose e o ERM!
““Design” não existe no mundo real”
Afirmar é bem simples.
Discordo, a biomimética tbm discorda.
Design que me refiro é o projeto,agência inteligente, eu tenho as o conecimento da definição de design.
Vc esta tentando rebaixar o design humano, ou algo do tipo, com o fato de uma tribo atribuir o avião como um ser vivo?
Isto é irrelevante
Design é uma invenção humana?
E pq o naturalismo não é uma invenção humana?
Deus é uma invenção humana?
E pq o ateísmo não é?
A ciência é uma invenção humana?
Eu sei que a matéria e a energia sozinhas[por processos físicos e ou químicos] não produzem um carro,…então ?Um carro é sobrenatural?
[““Design” não existe no mundo real”
Afirmar é bem simples.
Discordo, a biomimética tbm discorda.”]
Vc não leu o resto da minha resposta. Bater em espantalho qualquer um bate.
Nós reconhecemos pinturas, motores, relógios, etc, como sendo projetados porque vivemos em uma sociedade onde vemos esses objetos artificiais sendo feitos o tempo todo. Mas pessoas de outras sociedades poderiam confundir esses objetos como naturais.
Uma tribo de melanésios tentou chocar uma bomba porque eles pensaram que era um ovo de avião. Para eles, as coisas que mais parecem aviões são pássaros, então aviões eram pássaros para eles e bombas eram ovos.
A lógica por trás do “Design Inteligente” é a mesma lógica que leva você a concluir que a “Face Marciana” prova a existência de marcianos.
“Eu falei que essa pesquisa tá distorcida”
Se vc tiver alguma coisa contra os profissionais que fizeram a pesquisa…
Engraçado que na pesquisa que não é criacionista ela diz que as crianças tem uma tendencia natural a ver design na natureza , ela diz que as crianças tem tendencia a IVENTAR design,Deus … ou seja os pesquisadores ja pressupõem [mostrando sua posição] que é apenas invenção, que não existe tal design na natureza,no universo.
“Enfim , meu ponto é sobre o design, se encontrarmos design saberemos que tipo é , que nível de inteligencia possui, como ele age.”
“Design” não existe no mundo real. “Design” é uma categoria abstrata que nós inventamos, é pareidolia – nossa habilidade de reconhecer coisas a partir de memórias e ideias que temos em nossas mentes. Nós temos memórias das coisas que vemos durante nossas vidas e usamos essas memórias para criar ideias generalizadas que usamos para reconhecer aquilo que vemos.
Nós reconhecemos pinturas, motores, relógios, etc, como sendo projetados porque vivemos em uma sociedade onde vemos esses objetos artificiais sendo feitos o tempo todo. Mas pessoas de outras sociedades poderiam confundir esses objetos como naturais.
Uma tribo de melanésios tentou chocar uma bomba porque eles pensaram que era um ovo de avião. Para eles, as coisas que mais parecem aviões são pássaros, então aviões eram pássaros para eles e bombas eram ovos.
A lógica por trás do “Design Inteligente” é a mesma lógica que leva você a concluir que a “Face Marciana” prova a existência de marcianos.
“Pq que os seres vivos tendem a sobreviver através de mecanismos específicos e eficientes?”
Nem todos os organismos sobrevivem. Alguns organismos possuem genes que os tornam capazes de sobreviver e se reproduzir com mais eficiência, e esses genes são passados adiante com mais frequência e se tornam mais comuns, enquanto que genes que tornam um organismo mal-adaptado ao seu meio ou incapaz de se reproduzir são passados adiante menos frequentemente e se tornam mais raros. Sabia que 99,9% de todas as espécies que já viveram estão extintas?
“Outro ponto; essa hipótese é refutável, basta demonstrar que CSI [Informação complexa especificada],códigos, mecanismos específicos com IC [Complexidade Irredutível] podem surgir ou serem produzidos naturalmente que refutamos o design inteligente, refutando o design inteligente, refutamos o Designer, enfim me parece que até meu teísmo é falseável [é opinião minha, talvez existam teístas que não aceitem esta posição].”
Tudo isso já foi refutado. Aqui [http://www.talkreason.org/index.cfm?category=10]
E aqui [http://ceticismo.net/ciencia-tecnologia/evolucao-vs-criacionismo/]
“O naturalismo é falseável?”
Prove a existência de um plano sobrenatural. Até agora ninguém conseguiu, mas você pode tentar.
“Pq que o Universo existe?Ao invés de ele não existir?Pq as leis da física existem?Ao invés de não existir?Pq que os seres vivos tendem a sobreviver através de mecanismos específicos e eficientes?Pq simplesmente não morrem todos,deixem de gerar descendentes?Pq existe a vida ao invés de não existir?Pq algo ao invés de nada?A ciência operacional responde isto?”
A ciência é a resposta dessas perguntas. Essas perguntas são muito grandes. Elas são a mesma coisa que dizer “diga-me tudo que a humanidade sabe sobre química, física, cosmologia, astronomia, biologia, matemática, geologia, arqueolgia, antropologia, linguística e filosofia.”
Por favor, faça perguntas mais práticas. O que eu vejo é que você quer ter as respostas desde que elas caibam em um único tweet. Mas não tem como. Algumas respostas são simplesmente difíceis ou longas.
Outra coisa, você usa o argumentum ad ignorantiam, que assume que uma resposta está certa só porque ela não foi provada falsa. Não é assim que funciona, vc tem que buscar evidência positiva para uma explicação.
O fato de eu ser ignorante sobre “como Deus Fez” [ se o coelhino teria feito, se o papai natal teria feito, ou um ET teria feito] não significa nada, por ignorância eu não excluo esta hipótese… Pq que o Universo existe?Ao invés de ele não existir?Pq as leis da física existem?Ao invés de não existir?Pq que os seres vivos tendem a sobreviver através de mecanismos específicos e eficientes?Pq simplesmente não morrem todos,deixem de gerar descendentes?Pq existe a vida ao invés de não existir?Pq algo ao invés de nada?A ciência operacional responde isto?
E pelos “objetos” [seres vivos,células,moléculas,leis da física , a quimica,matéria e energia] e mecanismos que encontramos podemos observar e estudar de forma racional chegando a um design comum , se foi o coelhino, ou papa natal , vamos então acreditar que ambos são seres racionais que possuem propósito,finalidade,intenção,objetivo,profundo conhecimento em matemática,teoria da informação, e são capazes de criar tecnologia mais avançada que genios deste planeta que no máximo copiaram do design natural [salvo suas exceções].Pela ciência operacional eu sei que existe apenas um designer e não varios.
Enfim , meu ponto é sobre o design, se encontrarmos design saberemos que tipo é , que nível de inteligencia possui, como ele age.
E eu repito:
Se não for detectado design no universo e nos seres vivos , eu não tenho motivos para crer em Deus , afinal para mim teísta, este universo é produto de Um Design Inteligente , é fruto de um projeto, construído de forma racional, organizada.Produzido por um Artista, um Matemático, Um Engenheiro… Mas se ao observamos o universo e a vida e não encontrarmos evidências de design então minha posição se torna irrefutável, infalseável, minha fé se torna sem sentido , pois uma fé num Designer inexistente é inútil !
Outro ponto; essa hipótese é refutável, basta demonstrar que CSI [Informação complexa especificada],códigos, mecanismos específicos com IC [Complexidade Irredutível] podem surgir ou serem produzidos naturalmente que refutamos o design inteligente, refutando o design inteligente, refutamos o Designer, enfim me parece que até meu teísmo é falseável [é opinião minha, talvez existam teístas que não aceitem esta posição].
Minha pergunta é :
O naturalismo é falseável?
Ou seja é possível falsear esta posição que o universo veio a existir por acaso?
É possível falsear esta posição que a vida surgiu acidentalmente,sem finalidades,intenções, propósitos,sem qqr objetivo real.Essa posição é falseável?Refutável?Ou isto é tudo que o naturalismo tem?
Se for infalsável,irrefutável, essa posição não me parece científica, está parecendo um dogma, uma religião , um paradigma.
“Deusfez” é uma explicação que só tem 7 letras, mas é uma explicação que não explica nada. É o mesmo que dizer “O Coelhinho da Páscoa fez”.
O que vc aprende com isso? Nada! COMO o tal Designer Inteligente fez? Que métodos ele usou?
Eu falei que essa pesquisa tá distorcida. Sabe quantos Deuses a humanidade já adorou?
2.500.
Agora, se a conclusão de que há um Designer Inteligente é lógica, então porque tantos Deuses? Não deveriam ter descoberto o mesmo Deus através dessa lógica? Se fosse resultado de uma investigação empírica, teriam chegado a um consenso sobre quem é esse Designer. Mas tal consenso não existe.
O que reforça o que eu disse: as pessoas têm uma tendência natural a explicar coisas teleologicamente porque explicações teleológicas são simples, requerem pouco esforço e não levam a lugar nenhum.
Engraçado San’Tanna agora a pesquisa é um tanto distorcida ?Não é uma pesquisa criacionista.
As crianças não acreditam que o papai noel, a fadinha do dente, o saci , ou o acaso fez a realidade que ela vive , ela enxerga design nas coisas, nos seres vivos, ela nunca viu designer nenhum mas olhando para a realidade ela consegue enxergar um sentido nas coisas que existem, um sentido mecanico, como projetado.
“Quantas vacinas foram criadas com explicações “criacionistas”? Nenhuma!”
Sinceramente eu desconheço , mas posso dizer que o Primeiro anestesista foi Deus como afirmou o médico John Snow.
Vc pode ver este link [ Revista Brasileira de Anestesiologia]
aqui, não é sobre vacinas ,mas é sobre premissas anestesiológicas da bíblia.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-70942003000100015&script=sci_arttext
“E o ateísmo tem menos pressupostos que a explicação “Deusfez”, que na verdade não explica nada”
“Explicações de verdade requerem evidência, testes, previsões, etc”
Concordo, tbm entendo que existem pressupostos que o método científico,a ciência operacional não pode alcançar.
Mas o ateísmo não era apenas mera ausência de crença , tipo ignorância?Tipo indiferença?
“Deusfez” …Se ele fez, ele é um Designer, e podemos estudar objetos criados por designers, se temos os objetos, tbm podemos verificar se realmente o conceito design se encaixa nestes objetos e mecanismos estudados , Se ele é o Designer…serve pra dizer que ele fez as leis, ou, Ele é o Legislador das leis da física, Deusfez serve pra dizer que ele fez de forma eficiente e inteligente o código DNA , ele criou mecanismos de codificação e decodificação do DNA , ele criou o código das Histonas, ele criou ATP Sintase, Ele criou chaperonas,
Ele criou o Homem a sua imagem e semelhança, ou seja, um ser racional , conciente de sua própria existência, e livre pra se sujeitar a racionalidade deste Deus ou não, sua queda fez toda a criação divina ser transformada ,”maldita” .
Mas esta é uma questão metafísica, Deus é metafisico, o máximo que eu posso defender é que seus efeitos podem ser estudados de forma objetiva e direta , através da detecção de design nos objetos e mecanismos observáveis pelo homem racional.
já o pressuposto que foi Deus que fez eu não posso testa-lo na ciência operacional .
Mas por incrivel que pareça, se não for detectado design no universo e nos seres vivos , eu não tenho motivos para crer em Deus , afinal para mim teísta, este universo é produto de Um Design Inteligente , é fruto de um projeto, construído de forma racional, organizada.Produzido por um Artista, um Matemático, Um Engenheiro… Mas se ao observamos o universo e a vida e não encontrarmos evidências de design então minha posição se torna irrefutável, infalseável, minha fé se torna sem sentido , pois uma fé num Designer inexistente é inútil !
Essa pesquisa tá um tanto distorcida. O que ela descobriu é que crianças têm uma tendência a explicar coisas invocando explicações teleológicas, pois essas explicações requerem pouco conhecimento e são fáceis de serem expostas.
“Deusfez” é uma explicação que só tem 7 letras, mas é uma explicação que não explica nada. É o mesmo que dizer “O Coelhinho da Páscoa fez”.
O que vc aprende com isso? Nada!
Explicações de verdade requerem evidência, testes, previsões, etc. Por isso que ciência é difícil, mas note que desde de 1975, a vacina para varíola criada com o método científico salvou 300 milhões de vidas.
Quantas vacinas foram criadas com explicações “criacionistas”? Nenhuma!
As explicações religiosas não têm nenhuma aplicação prática.
“Exato … não vejo sentido no ateísmo.Por isso afirmo que ele não é base pra nada.”
É base para não ter sua mente presa a explicações teleológicas sem sentido. Se quisermos fazer investigações para descobrir a verdade tempos que começar com um número mínimo de pressuposições. E o ateísmo tem menos pressupostos que a explicação “Deusfez”, que na verdade não explica nada.
errata [não quer dizer que ela não possa deixar de ser]
O que Hitler acha do cristianismo é irrelevante.
Ele, e nem ninguem é a figura do cristianismo senão Jesus … então meu caro , eu concordo que Hitler não era ateu, mas afirmar que ele era cristão é falso, mesmo ele sendo católico [ que não é cristianismo autêntico] quando criança. Alias , umja pessoa se tornar cristã não quer dizer que um dia ela possa deixar de ser, ou deixar de agir de acordo com os princípios ensinados por Jesus.
“Agora dizer que o ateísmo não oferece valores morais objetivos é uma grande falácia, é o mesmo que dizer que o vegetarianismo não oferece valores morais objetivos. O ateísmo é apenas a ausência de uma crença, a moralidade vem de ideologias que não estão relacionadas ao ateísmo, assim como os vegetarianos não recebem seus valores morais do vegetarianismo.”
Exato … não vejo sentido no ateísmo.Por isso afirmo que ele não é base pra nada.
É por si só bem trivial, pois dentro deste conceito simples “ausência de uma crença”, até os animais irracionais são ateus, as crianças de 2, 3 anos são atéias …mas incrivel …a medida que sua cognição vai se desenvolvendo ele passa a ver design no mundo em que ela vive :
“Uma variedade de experimentos sugerem que as crianças estão predispostas a assumir tanto o design e intenção por trás de eventos naturais, deixando muitos psicólogos e antropólogos acreditarem que as crianças,se DEIXADAS INTEIRAMENTE aos seus PRÓPRIOS dispositivos, irão inventar alguma concepção de Deus [47] . A psicóloga Margaret Evans descobriu que crianças entre as idades de oito e dez anos, qualquer que seja sua educação, são consistentemente mais inclinados a dar um relato criacionista do mundo natural mais que seus pais tbm são.”
tem o artigo completo aqui, por sinal muito interessante:
http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0007272
correção, : Fora seres humanos [ e não fora seres muito humanos]
“Ateísmo significa não ACREDITAR na existência de Deuses”
Caro Sant’Anna … esta é uma declaração de conhecimento?
Ou como eu disse é uma posição trivial,que eu saiba nenhum animal[tipo gatos,hipopótamos,bactérias,amébas] fora seres muitos humanos, crê em Deuses …
Não estou entendendo esta cognição ateísta…
“Agora, vc fica fazendo espantalhos do ateísmo para tentar culpar os ateus por tudo que acontece de ruim no mundo”
Errado, a “religião”[ou certas religiões] é culpada pela morte de milhões de pessoas,Hitler era um religioso,Ocultista e pseudo-cristão[“cristianismo”católico por sinal, sé é que a igreja romana tem ensinado apenas Cristo como ele mesmo referiu a si mesmo:EU SOU o CAMINHO, EU SOU a VERDADE, EU SOU a VIDA, NINGUEM VEM ao PAI senão POR MIM].
Muitas crianças na africa são sacrificadas em seus rituais religiosos.Ao longo da história em muitas religiões isto aconteceu.
Eu não estou culpando os ateus por tudo de ruím que existe e acontece no mundo.
Meu ponto é que o ateísmo não tem base para julgar estes atos como ruin,de forma objetiva, e que aqueles lideres comunistas ateus sabiam da não existência de Deus,implantaram o Estado Ateu, não tinham qqr respeito com a vida do semelhante.Ser ateu e ter uma indole ruim deu em milhões de mortes.Até pq se pensarmos bem, Os líderes ateus, os Nazistas e Hitler, os terroristas das torres gêmeas jazem em paz tanto qnto as milhões de vítimas.
Muita coisa que acontece de ruim se deve ao dinheiro, e não ao ateísmo.
“O AMOR ao dinheiro [não o dinheiro em si] é a raiz de todos os males”
Então Santt’Anna eu não digo que TUDO de ruím que ocorre no mundo é praticado por ateus.
Minha unica objeção foi a este espantalho do cristianismo ser anti-semita, e de Hitler ser um cristão. e Vc disse ou o autor do texto disse que Anannias e Safira foram mortos por (Atos 5:1-11) que quebrou sua promessa de renunciar à suas posses.
Mentira meu caro … ele morreu por mentir , ele poderia muito bem ser honesto e dizer que não queria mais vender a propriedade , ou que resolveu ficar com uma parte, ou que queria ficar com tudo, ou simplesmente não havia a nescessidade de prometer :
“Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.”
Atos 5:4
Ele e sua esposa agiram de forma irracional,falsa e hipócrita, diante de sua própria crença, e não diante dos outros.
E sobre Hitler ser cristão, seus atos e esta frase aqui me parecem evidênciar o Oposto:
“O Cristianismo é uma invenção de cérebros doentes.”
[Adolph Hitler]
Vc não prestou muita atençao ao artigo. O que o artigo está dizendo é que Hitler não era ateu e sim cristão, embora tivesse crenças bem heterodoxas (por exemplo, ele acreditava que Jesus era ariano e não judeu, e que Jesus Cristo não fundou a religião cristã, mas sim o judeu Paulo de Tarso.)
É daí que vem as frases contra a a relgião cristã dele, mas ele se opunha a apenas ao tipo de cristianismo que ele considerava como falso.
Agora, eu não acho que as crenças religiosas dele foram importantes. Hitler tinha várias ideias estranhas que tiveram muito mais influência nas açóes dele do que a religião dele em si. O artigo é apenas uma resposta a uma acusação infundada feota pelo Dinesh D’Souza.
Agora dizer que o ateísmo não oferece valores morais objetivos é uma grande falácia, é o mesmo que dizer que o vegetarianismo não oferece valores morais objetivos. O ateísmo é apenas a ausência de uma crença, a moralidade vem de ideologias que não estão relacionadas ao ateísmo, assim como os vegetarianos não recebem seus valores morais do vegetarianismo.
“Quer dizer, exatamente como vc faz com os ateus? Que coisa!”
Se for assim [Ateísmo é apenas não acreditar na existência de Deuses, mais nada] tão trivial, é no minímo estranho, passando a nosense.
Vês,Sant’Ana …Vês um comentário meu … não foi uma afirmação, foi uma suposição.:
“eu poderia matar milhões de pessoas e dizer que sou ateu, e que faço isto pq morrer não faz mal nem bem e viver não faz sentido mas devo aproveitar cada momento de minha mediocre existência …e assim diminuiria a população mundial evitando a falta de recursos para meus descendentes.”
Será Sant’Ana que todos os ateus partilham deste pensamento?Eu acredito que não …apesar de não veres um sentido para a vida senão o inevitável caminhar para a inexistência eterna, não quer dizer que um ateu não respeite seu semelhante.
Eu não julgo os lideres comunistas por a fazerem o que fizeram simplesmente por serem ateus [apesar de eles saberem que não possuem nenhum compromisso de respeito com seus semelhante,embora não temiam a Deus, nem tão pouco uma punição futura,justa,imparcial,inevitável] ….mas pra mim isto tem haver com sua índole somada a seu ateísmo, o seu ateísmo não é necessariamente a causa de suas atitudes monstruosas.
Foi um tu quoque legítimo.
“O Ateu pode acreditar em explicações Plausíveis” …eu conheço esta retórica…”
Não sei não …os que eu conheço estão deixando o ateísmo no armário e se tornando agnósticos.Inacreditavelmente o Dawkins o fez, depois de dizer se sentir um ateu satisfeito, após o Postulado de Darwin.
Se um ateu pode acreditar em unicórnios mágicos[seria truque?] de outras dimensões tipo multiversos com outras leis quaisquer, incluindo leis mágicas! …pq seria implausível a existência de Um Deus Inteligente que criou um universo ordenado e a vida tbm de forma ordenada, com um código inserido em micro e macrocélulas [tecnologia mais avançada que qualquer feita pelo homem], decodificado de forma eficiente e sendo necessário para a existência dos seres vivos, quaisquer que sejam?
Ou será que a hipótese dos multiversos tbm não passa de um delírio religioso?
Ou será que os acidentes(relojoeiro cego[eu diria retardado,estúpido,mediocre]] causadores de design tbm são defendidos por religiosos retrógados ignorantes?
“Se um ateu pode acreditar em unicórnios mágicos[seria truque?] de outras dimensões tipo multiversos com outras leis quaisquer, incluindo leis mágicas! ”
Cara, vc não entendeu nada do que eu disse. Eu falei dos unicórnios mágicos como um exemplo de que não existem crenças ou dogmas partilhados por todos os ateus. Só isso. Se algum ateu no mundo acredita nisso ou não, eu não sei. Mas não importa, foi só um exemplo que eu usei para mostar que não existem crenças ou dogmas partilhados por todos os ateus, porque a única coisa que todos os ateus têm em comum é o fato de não acreditarem na existência de Deuses.
Agnosticismo significa não SABER se Deuses existem. Ateísmo significa não ACREDITAR na existência de Deuses. Ambos não são mutuamente exclusivos. É possível não saber se Deuses existem e ao mesmo tempo não acreditar na existência de Deuses.
Agnosticismo usa um critério diferente.
Agora, existem religiões ateístas, como o budismo, o taoísmo, o jainismo, etc, então é possível ser ateu e ser religioso. Assim como é possível ser teísta e não ser religioso, depende.
Agora, vc fica fazendo espantalhos do ateísmo para tentar culpar os ateus por tudo que acontece de ruim no mundo. Isso é bem desonesto de sua parte. É como os illuminatezetes dizendo que tudo é uma conspiração maçônica ou o Martinho Lutero dizendo que tudo é uma conspiração judaica maligna.
“Alías é muito facil rotular um determinado grupo de pessoas com o mesmo daqueles que fazem, e fizeram monstrosidades ao longo da história, pq estes se diziam ser x, mas cometiam o ato y … enfim aqueles que se dizem ser x pq seu lider disse pra eles fazerem xy é diferente daqueles que dizem também serem x mas não fazem xy.”
Quer dizer, exatamente como vc faz com os ateus? Que coisa!
Ateísmo é apenas não acreditar na existência de Deuses, mais nada.
O ateísmo em si nem é antirreligioso, já que existem religiões ateístas como o budismo, o confucianismo, o taoismo e o jainismo, etc.
Não existe nenhum Livro :Sagrado do Ateísmo que diz como os ateus devem se comportar ou no que eles devem acreditar. Se um ateu quiser, ele pode acreditar que o Universo foi criado por unicórnios mágicos de outra dimensão.
Ou ele pode acreditar em explicações plausíveis, depende. Não existem crenças ou dogmas que são partilhados por todos os ateus.
A única coisa que os ateus têm em comum é o fato de não acreditarem na existência de Deuses.
Quem ataca um espantalho és tu. Agora, eu nunca disse que todas as religiões são as mesmas. Nem mesmo sou contra todas as religiões, só critico o cristianismo e o islamismo.
Guilherme,
Não entendes mesmo?
Agoras estas a falar da religião…como se todas fossem uma só?
Só uma coisa me interessa…o que Jesus disse …
Não interessa o que disse Lutero, o Papa, o Buda, a Vaca que os asiáticos adoram … O Cristianismo se refere aquilo que dise Jesus, e ele não mandou seus seguidores matarem seu semelhantes, mesmo que esstes fossem considerados seus inimigos.
Então tu não atacas ao cristianismo, atacas a um espantalho …
Alías é muito facil rotular um determinado grupo de pessoas com o mesmo daqueles que fazem, e fizeram monstrosidades ao longo da história, pq estes se diziam ser x, mas cometiam o ato y … enfim aqueles que se dizem ser x pq seu lider disse pra eles fazerem xy é diferente daqueles que dizem também serem x mas não fazem xy.
Não passa de conveniência, desespero, ignorância, cegueira dizer que essas que não fazem xy são y.
Jephsimple, leia “Sobre Os Judeus e Suas Mentiras”, de Martinho Lutero. Depois venha postar um comentário aqui.
Ainda mentes sobre a passagem de Atos …
O problema não foi o comunismo …foi o fato desses lideres serem ateus ..eles sabiam muito bem que não existia nenhum Deus pra punir suas ações , e que o negócio era aproveitar sua vida …afinal ela é muito insignificante … uma vez que o estado de inexistencia é eterno ,portanto imensurável!
É incrivel com os neo ateu querem eximir sua crença de qqr responsabilidade de atos considerado monstruosos … Ou seja …a superioridade moral ateia é a propaganda e a propaganda é a alma do negócio.
Ou seja, vc simplesmente repete as mesmas falácias de sempre.
Chiang Kai-shek foi um cristão metodista e comunista que matou 10 milhões de pessoas.
Note que mais de 50% da população do Reino Unido, Suécia, Noruega, Japão e Dinamarca é atéia e nenhum desses países é uma ditadura stalinista.
Agora, aponte-me um país hoje governado pela religião que tenah o mesmo padrão de vida que a Suécia ou mesmo que o Japão.
Só corrigindo …….Religiosidade e não reliogisade
Tem que ser muito idiota , um estúpido um debil mental, acéfalo pra usar a parte que Jesus chamou os farizeus e não os JUDEUS de raça de víboras para justificar o genocídio dos Judeus.
Pior é dizer que Hitler realmente era cristão …isto me leva a concluir que a reliogisade realmente é inerente ao ateísmo.
Eu não tô nem aí se Hitler era ateu ou não..mas dizer que ele era cristão pq ele dizia que era cristão é parvoivíce das braba … eu poderia matar milhões de pessoas e dizer que sou ateu, e que faço isto pq morrer não faz mal nem bem e viver não faz sentido mas devo aproveitar cada momento de minha mediocre existência …e assim diminuiria a população mundial evitando a falta de recursos para meus descendentes.
A verdade é que Jesus não chamou certos judeus de víboras pq eles simplesmente eram JUDEUS, qqr criança de 5 anos entenderia que ele estava a se referir a hipocresia deles ,e não pq eles eram JUDEUS … isto é simplesmente rídiculo, uma babaquice enorme . e em nehum momento ele pediu para seus seguidores matar alguem por ser negro,indio,branco,japonês,ateu,agnóstico, muito menos os Judeus …
Muito pelo contrário ele disse para seu seguidores amarem e fazerem o BEM para seus INIMIGOS … e ainda disse que a salvação vem dos Judeus e confirmou a importancia de Abraão , e disse que se aqueles judeus se julgavam filhos de Abraão que fizessem as mesmas obra dele, e ainda disse que os da fé é que são filho de Abraão Pai dos Judeus!E Ele ainda chorou por Jerusalem,
Este espantalho foi um dos mais ridículos que vi . Qualquer pessoa com QI 15 saberia discernir que Hitler nunca foi um cristão.
Mas parece que o ateísmo faz o QI abaixar pra 0.
Um post mentiroso… qndo diz que Hitler era cristão …esse cristão é um belo de um espantalho.
O pior ainda é querer manter sua teoria Darwinista com status de puritana.
O bonzinho do Darwin nunca falou em raças inferiores, nunca falou em machismo, Hitler e Eugenismo não é verdadeiro ….
Nem falemos do Estado Ateu .
Nem sei pq o ateísmo teria alguma base pra falar se Hitler agiu mal.
Que diferença fara … Hitler já descansa em paz ….em seu estado de eterna inexistência … e nós aqui achando que somos diferente dele… rsrsrs…amanha ou depois ,mesmo estrupando ou não, roubando ou não, sendo politico corrupto ou não, pedófilo ou não …pobre ou podre de rico …não importa…tbm passaremos para este estado eterno de inexistência [segundo a crença ateísta ,claro]
Então o que um ateu tem contra Hitler, o que importa se ele matou milhões de pessoas? Mesmo Stalin, o que importa …. as milhões de pessoas estão em alguma posição diferente desses 2 ditadores ? Ou estes 2 estão em posição pior que as milhões mortas ?
E se morrerem mais milhões de pessoas pelas mão de um novo ditador ?Qual o Problema ?
Estariam os ateus tentando se iludir,tentando achar algum sentido em suas existências tão medíocre neste universo tão imenso?
Achei dois erros de tradução óbvios na versão Genoud–Trevor-Roper das “Conversações Íntimas”:
“Die Zeit, in der wir leben, ist die Erscheinung des Zusammenbruchs dieser Sache.” é traduzido por Genoud-Trevor-Roper como “o tempo em que vivemos certamente será a época do fim do Cristianismo”.
Na verdade, a passagem quer dizer “o tempo em que vivemos será a época do fim desta ideia” (não há nenhuma menção ao Cristianismo).
Outro erro:
“Man darf sich persönlich einer solchen Lüge niemals fügen” é traduzido na versão Genoud–Trevor-Roper como “eu nunca chegarei pessoalmente a termos com a mentira cristã”.
Na verdade, o trecho quer dizer; “nunca se deve aceitar pessoalmente tal mentira.” (não há nenhuma menção ao Cristianismo).
Não apenas isso, mas em seguida Hitler diz “Aber entgegen dem eigenen Wissen etwas falsch tun, das kommt nicht in Frage! Man darf sich persönlich einer solchen Lüge niemals fügen. Nicht weil ich andere ärgern will, sondern weil ich darin eine Verhöhnung der ewigen Vorsehung erkenne”
Que significa: “mas fazer algo errado contra o próprio conhecimento, está fora de questão! Nunca se deve aceitar pessoalmente tal mentira! Não porque quero irritar a outros, mas porque reconheço aí uma zombaria da Providência Eterna”.
Guilherme, obrigado pela contribuição, mas parece-me necessário contextualizar as duas passagens e deixar claro que não há nenhuma referência implícita ou subentendida ao cristianismo.
O interessante dos erros na tradução Genoud–Trevor-Roper é que não são erros acidentais, mas modificações propositais do texto.
As passagens que eu citei são de
Trevor-Roper, Hugh (2000). Hitler’s Table Talk 1941-1944. New York: Engima Books, p. 343.
E
Trevor-Roper, H.R. (2000). Hitler’s Table Talk 1941-1944. New York: Enigma Books, pp. 721-722; Night of 29–30 November 1944.
Como Richard Steigmann-Gall é judeu e não ateu, os cristãos não podem acusá-lo de ser parte de uma conspiração ateísta-darwinista-comunista feminista-heliocentrista-gayzista.
[…] que é um outro capítulo deste mesmo livro de Avalos, traduzido pelo blog Rebeldia Metafísica e O Holocausto Judeu: O Mais Trágico Capítulo da História do Cristianismo também escrito por Avalos e traduzido a partir de outro livro de Loftus pelo mesmo […]
O texto é cheio de mentirinhas e falsificações intelectuais da pior espécie. Tb pudera, a militância atéia, por natureza, é vigarista e desonesta.
O Rafael deve ser o office-boy do escritório de advocacia do sr. Conde. E o sr. Conde, a julgar pelos comentários que fez ao artigo do Carrier, ou os fez antes de ler todo o artigo, ou deve ter sido subalfabetizado na mesma escola em que o Luciano Ayan. Parodiando a frase de abertura de Anna Kariênina: os beatificamente iludidos se parecem entre si; os lúcidos o são cada um à sua maneira.
(Caramba, o Rebeldia Metafísica cruzou as barreiras de classe; antes restrito à plebe neoateísta, agora também conta com leitores nos mais altos escalões da nobreza! Comemoremos!)
[…] publicadas pelo Rebeldia Metafísica, O Cristianismo Não foi Responsável Pela Ciência Moderna e O Ateísmo não Foi A Causa do Holocausto, escritos por Richard Carrier e Hector Avalos, respectivamente. As suspeitas sobre a integridade […]
Thank you for the time and labor it took to translate my chapter. Although I agree with Mr. Almeida that there may be better Portuguese translations for some of my original English words, the translator is still to be generally commended for bringing this scholarship to Portuguese speakers.
Gilmar, caso te interesse, seria legal alguns posts sobre argumentos lógicos de impossibilidade contra a existência de Deus – no estilo do Paradoxo da Pedra. Depois do debate do Austin Dacey, tenho procurado algo sobre, mas só encontrei o ‘Cambridge Companion to Atheism’ (acho que errei o nome) e umas traduções de Desidério Murcho.
Claro que o Problema do Mal cai nessa categoria, mas falo de algo mais amplo.
Gilmar, tem um debate no Infidel’s entre alguns filósofos. Acho que o nome é DEUS OU NATUREZA CEGA? Parece ter coisa muito boa. Inclusive, tem Plantinga e Drapper. E gostaria de ver materail de Theodore Drange por aqui.
Abraços
sobre as conversas intimas encontrei esse link muito bom:http://www.nobeliefs.com/HitlerSources.htm
Se ainda não leu é bom ler.
Cotrim, acabei de passar os olhos rapidamente pelo artigo, e pelo que vi até agora parece ser de fato excelente. Muitíssimo obrigado por essa inestimável contribuição!
tem mas um detalhe que não consigo deixar passar em branco.
“A diferença é que nas Conversações Íntimas, temos a mediação do SECRETÁRIO PESSOAL de Hitler. Mas quer dizer então que agora Ávalos defende a tese de que o secretário pessoal de Hitler registrava algo diferente do que o chefe queria? Quais as provas para isso? Simplesmente ele não tem. Enfim, até termos prova em contrário: sabemos que secretários cumprem as ordens de seus chefes. Eu tenho uma secretária. Se Ávalos quiser dizer que ela documenta coisas diferente das que eu mando, ele que prove. A alegação extraordinária passa a ser a de Ávalos.”
Então o fato de Martin Bormann tenha sido secretario de Hitler faz dele naturalmente honesto quem liga se Martin era abertamente anticristão? O que importa é que ele era o secretario pessoal do Hitler.
http://ateismoparacristianos.blogspot.com.br/2012/01/proyecto-los-asesinatos-del_14.html
Legal seria se refutassem detalhadamente, assim como ele se propôs a fazer.
Carlos, sinto muito, mas isso está definitvamente fora de questão, não só pela absoluta falta de substância de quase tudo o que ele escreveu, como tb pela inexpressividade em larga escala do blogueiro em questão (Na quinta-feira, dia em que o Rebeldia Metafísica foi citado explicitamente duas vezes logo nosprimeiros parágrafos de um post, tive meros 213 acessos, um número incomum para uma quinta-feira sem publicação de material indédito, mas bem abaixo do que eu esperava que a propaganda iria me render). Se vocês leitores quiserem ir arrolando e rebatendo o que ele escreveu lá aqui, nos comentários deste post, fiquem a vontade. Eu próprio começarei com a única passagem que me deixou incomodado. Refiro-me ao parágrafo em que ele apresenta declarações de Hitler citadas por Dawkins em Deus, um delírio:
O livro “Deus, um Delírio”, de Richard Dawkins chega a trazer declarações de Hitler em 1941 com o seguinte tom: “O pior golpe que já atingiu a humanidade foi a chegada do cristianismo. O bolchevismo é o filho ilegítimo do cristianismo. Ambos são invenções dos judeus. A mentira deliberada na forma de religião foi introduzida no mundo pelo cristianismo […] O mundo da Antiguidade era tão puro, leve e sereno porque não conhecia duas grandes escórias: a varíola e o cristianismo. Falando francamente, não temos motivo para desejar que os italianos e os espanhóis se libertem da droga do cristianismo. Sejamos o único povo imunizado contra a doença.”
O que, definitivamente, implode todas as tentativas de Ávalos em associar Hitler ao cristianismo, mas segue permitindo que o associemos ao humanismo, pois as declarações dele contra o cristianismo são semelhantes àquelas dos anti-clericaristas mais raivosos do Iluminismo.
Bom, não sei porque razão o Ayan, que construiu sua carreira atacando, difamando, caluniando e se empenhando de todas as maneiras possíveis em desqualificar completamente a produção intelectual do Dawkins, como biólogo inclusive, de repente, assim, num surto inaudito de confiança no homem, reconhece-lhe momentaneamente alguma autoridade como historiador. Bom, na verdade todos sabemos as razões, mas deixa quieto. O fato é que fui consultar o livro e olha que coisa fantástica. A citação encontra-se na página 355, no capítulo 7 do livro, “O livro do ‘Bem’ e o Zeitgeist moral mutante“, subseção “E Hitler e Stalin? Eles não eram ateus?“, para facilitar caso alguém quiser conferir o contexto na versão em pdf que se encontra com facilidade pela web. Ocorre que esta é uma citação retirada das Conversações Íntimas, cuja confiabilidade já foi extensamente discutida pelo Avalos neste artigo. Só isso já bastaria para frustrar a tentativa do Ayan. Mas tenho algo a acrescentar sobre esse assunto. Façamos de conta que estes virulentos discursos anticristãos de Hitler de fato sejam genuínos, bem como, é claro, os discursos em que ele se mostra um cristão ardoroso dedicado à obra do Senhor, como este aqui, também citado por Dawkins na página imediatamente anterior:
Meu sentimento de cristão dirige-me como combatente para o meu Senhor e Salvador. Dirige-me para o homem que um dia, na solidão, cercado por uns poucos seguidores, reconheceu os judeus pelo que eles são e convocou homens a lutar contra eles, e que, pela verdade de Deus, foi não um grande sofredor, mas um grande combatente. No amor infinito de cristão, eu, um homem, li a passagem que nos conta como o Senhor elevou-se em Seu poder e pegou o chicote para expulsar do Templo a raça de víboras e cobras. Como foi maravilhosa Sua luta pelo mundo e contra o vene-no judeu. Hoje, 2 mil anos depois, com a mais profunda emoção reconheço com mais profundidade que nunca o fato de que foi por isso que Ele teve de derramar Seu sangue na Cruz. Como cristão, não tenho o dever de me permitir ser enganado, mas tenho o dever de ser um combatente pela verdade e pela justiça […] E, se há alguma
coisa capaz de demostrar que estamos agindo correta-mente, é o sofrimento que cresce a cada dia. Pois, como cristão, também tenho um dever para com meu povo.
Aparentemente, dada a contraditoriedade dos dois discursos tomados assim fora de contexto, somos obrigados a concluir que Hitler era um demagogo manipulador que utilizava a religião para manobrar as massas alemãs. Mas o contexto em questão aqui é a mente perturbada de uma das figuras mais odiosas da História. A aparente contradição desaparece se interpretarmos os pronunciamentos à luz do conteúdo das conversas de Hitler com Dietrick Eckart, registradas num livro denominado O bolchevismo de Moisés a Lenin: um diálogo entre Adolf Hitler e mim, cuja primeira edição data de 1924, quando Hitler ainda era uma figura obscura sem expressividade política. Segundo Norman Cohn, autor do livro “A conspiração mundial dos judeus, mito ou realidade” (título sensacionalista em português para “Warrant for genocide”, um livro fundamental sobre o antissemitismo moderno, secular. A única edição brasileira é de 1968, relativamente rara, e posso me gabar de possuir um exemplar em excelente estado de conservação e comprado a preço de banana!), do qual retirei estas informações, Eckart é uma fonte confiável pois, além de membro fundador do Partido Nazista, Eckart foi um dos poucos amigos verdadeiros que Hitler chegou a ter (O Mein Kampf termina com uma evocação de sua memória). É completamente inconcebível que Eckart tivesse deturpado os pontos de vista de seu amigo num livro destinado à publicação, e a propaganda nazista manteve-se silenciosa no tocante ao livro justamente porque revelava coisas demais. Numa das conversas registradas no livro, Hitler expôs com franqueza o que teve a cautela de não dizer em público: a própria religião cristã fazia parte da trama judaica de conquistação mundial. Jesus, naturalmente, não era judeu e sim ariano, mas acontece que não foi Jesus o criador da religião cristã e sim o judeu Paulo de Tarso. Ao exaltar o pacifismo e o espírito igualitário, São Paulo privara o Império Romano da feição hierárquica e militar, que fora seu baluarte, e com isso assegurara sua condenação… para maiores detalhes recomendo aos interessados a leitura das páginas 183 a 186 do referido livro, o do Norman Cohn, claro, não o do Eckart que nem sei se possui versão em português _ em inglês é facilmente encontrável em sites e fóruns neonazistas.
Bom, essas informações, combinadas com a discussão que Avalos fez do Cristianismo Positivo, resolve o problema dos pronunciamentos contraditórios. O ideal de Cristianismo de Hitler era a conduta do próprio Cristo conforme registrada no Evangelho de João, e não o Cristo “paz e amor” dos evangelhos sinóticos e das epístolas paulinas, o que coere perfeitamente com a lógica que rege o surgimento e a transformação das seitas cristãs ao longo da história. E acho que isso encerra esse assunto, não?
O cara, para discutir, precisa de uma pequena horda de fakes ajudando e ainda apela para refutar até comentários casuais feitos a outros usuários. Se isso não é desespero e despreparo, eu não sei o que é. Para quem não sabe, o Gilmar tem um print mostrando que o link do nick do Investigador de Ateus é para o gravatar do Ayan! Está explicado porque os dois não vêem aqui: o Gilmar notaria que usam o mesmo IP (ou que um deles claramente veio de um proxy redirecionando lá pra China). E se alguém duvida do nível de baboseira citada pelo Gilmar, é só ver os critérios meia-boca dele para definir humanista. Alguém parou para prestar atenção nos critérios que ele usou para enquadrar nazismo no humanismo? Peço que releiam e prestem atenção.
Mas este não é o foco. O Gilmar é muito grandinho para cuidar de si mesmo e eu sou cachorro pequeno perto dele. Ele não precisa da minha ajuda (e nem de fakes). Estou comentando aqui mais para levantar uma questão que eu estava dando uma estudada esses dias: que o Luciano Ayan possivelmente flerta com o terrorismo.
Sim, ninguém leu errado. Ao que parece (apenas parece, não sou leviano de fazer acusações sobre o que não posso provar, mas posso muito bem suspeitar e colocar tais suspeitas em pauta), o nobre blogueiro simpatiza com os terroristas muçulmanos. De onde eu tirei isso? Tudo começou quando eu li o post dele mesmo (este aqui: http://lucianoayan.com/2012/05/20/quando-esquerdistas-reclamam-que-o-debate-esta-polarizado-isso-e-um-bom-sinal/) onde ele recomenda o livro “Enemy At Home” do Dinesh D’Souza. Para quem não sabe, neste livro D’Souza defende basicamente que a culpa dos atendados de 11/09 são dos liberais que promovem a liberdade sexual nos EUA. Vejam este trecho de um resumo do livro:
“He argues that it is not our exercise of freedom that enrages our enemies but rather our abuse of that freedom-from the sexual liberty of women to the support of gay marriage, birth control, and no-fault divorce, to the aggressive exploitation of our vulgar, licentious popular culture.”
O Osama supostamente atacou os norte-americanos por causa da sua cultura esquerdista de abusar da liberdade sexual e de apoiar o casamento gay (o que é um absurdo completo, diga-se de passagem). Mais do que isso, Dinesh defende que a atitude dos terroristas é compreensível e até mesmo perdoável, dadas as circunstâncias!
Opa, calma aí. Vemos dois problemas seríssimos aqui: primeiro, se esquerdista é aquele que abusa da liberdade sexual e suporta práticas como aborto e casamento gay, então o Luciano é esquerdista!! É só lembrar de artigos como este http://lucianoayan.com/2012/05/04/o-novo-herege-aborto-eutanasia-drogas-casamento-gay-e-um-metodo-para-o-ceticismo/ em que ele defende aborto, drogas e casamento entre gays e este http://lucianoayan.com/2012/02/26/a-verdade-nua-e-crua-sobre-a-campanha-contra-a-ditadura-da-beleza-ou-como-trazer-mais-miseria-ainda-as-mocreias/ onde o tarado exibe fotos de mulheres seminuas. De acordo com o livro que ELE MESMO indicou, o Osama odeia o ocidente por causa de pessoas JUSTAMENTE COMO ELE, que abusam da liberdade sexual. E mais, este livro classifica esse tipo de pessoa como ESQUERDISTA. É bom saber que a bibliografia do blog dele o trata como esquerdista! Meu, esse tipo de coisa não tem preço! Vocês não sabem o quanto eu ri!!
Segundo problema: essa ideia de que o ambiente condiciona o criminoso e que por isso o crime é perdoável é… esquerdista! O Dinesh ataca a esquerda com um argumento tipicamente esquerdista e usando uma definição de esquerdista que inclui o Ayan! PQP, é piada pronta que nunca acaba!
“Mas Bruno, seu safado, cadê que o Ayan é terrorista?” Calma, não pude deixar de zoá-lo pelos erros acima. No livro citado, Dinesh defende uma coalizão da direita religiosa ocidental com a direita religiosa muçulmana, indicando claramente uma simpatia com os terroristas. A ideia é tão patética que até os próprios conservadores americanos zoaram o rapaz. Vejam este pequeno artigo que achei na net:
Our second delight of the day is Dinesh D’Souza, who now infamously penned a disaster called “The Enemy At Home” which blamed liberals for 9/11, was subsequently laughed out of even mainstream conservative circles and ended up in oblivion at Barnes & Nobles, Amazon.com and any bestseller list in the country. On National Review Online, he retaliated against his conservative critics by essentially calling them a bunch of morons who should never question his “intellect”. About a half dozen conservatives responded, mocking him relentlessly: http://www.nationalreview.com/articles/220322/enemy-dsouza-knows-nro-symposium
Uma possibilidade é que o Luciano NÃO leu o livro e não sabe disso, indicando ele só porque o título completo é bonitinho: “The Enemy at Home – The Cultural Left and Its Responsibility for 9/11”. Não parece tão irreal que seja o caso dele ter indicado um livro escrito sobre uma premissa esquerdista, que o classifica como esquerdista e que flerta com o terrorismo sem ter noção de que o livro faz isso tudo, só porque gostou do título. Neste caso, fico impossibilitado de acusá-lo de terrorista.
Bem, se ele leu o livro, então pode ser que ele não concorde com a coalizão, não concorde com a definição de esquerdista e não concorde que o Osama é um bom mocinho vítima de uma sociedade que o forçou a fazer coisas feias. Essa, porém, é impossível. Se ele discorda disso tudo, então ele discorda basicamente de todo o livro! Não faria sentido ele indicar um livro cuja espinha dorsal ele discorda. Ele sequer escreveu uma nota alertando que não concordava com certos detalhes. Sendo assim, não creio que ele possa alegar que leu mas discorda.
Conclusão: ou ele não leu e agiu como um tolo e quebrou os limites da ingenuidade e agora deve pagar sendo humilhado sem piedade (http://lucianoayan.com/2012/04/08/quando-avisar-e-inutil-cristaos-comemoraram-antes-da-hora-sobre-conversao-de-um-ateu-e-agora-pagam-o-preco-do-ridiculo/) ou ele leu e concorda, sendo portanto um simpatizante dos terroristas. Uma opção intermediária não faz nenhum sentido.
Eu apostaria 10 balinhas na primeira opção: ele tomou para si um papel ridículo e tolo e merece o prêmio “Chapeuzinho Vermelho Awards 2012”. Mas vai que estou errado?
PS: Eu cometi, propositalmente, um erro grotesco no comentário acima. São peguinhas que adoro fazer para provar que o Luciano não tem a mínima noção do que diz. Será que ele vai perceber? O será que ele vai fugir?
O Marco Antônio de Curitiba sim, levantou algumas objeções interessantes que eu gostaria de discutir. Se você estiver lendo isso, Marco Antônio de Curitiba, podemos conversar aqui, respeitosa e civilizadamente. Numa primeira leitura, respondo às suas objeções chamando a atenção para duas coisas: primeiro, os episódios bíblicos que vc cita para rechaçar a acusação de que a Bíblia prescreve formas rudimentares de eugenia permitem esta leitura, digamos, igualitarista, embora esse não seja seu teor explícito, contrastando com as passagens citadas por Avalos que condenam claramente a miscigenação. E você não ofereceu uma exegese que compatibilize as passagens citadas pelo Avalos com os seus exemplos. Quanto à motivação por trás das prescrições bíblicas, bem, até onde sei, os eugenistas modernos, do séxulo XIX e primeira metade do século XX, valorizam a pureza étnica não em si, mas por seus efeitos fenotípicos, digamos. Eles compreendem a cultura e os valores morais de um povo como uma função de seu pool genético. Ou seja, não fica claro em que a eugenia moderna se diferenciariam da antiga, além da suposta fundamentação científica da prática.
Quanto a sua afirmação final de que não há, portanto, como afirmar que o Cristianismo chancela práticas racistas através de exemplos ou instruções de seus textos sagrados, se a conduta do próprio Cristo no evangelho de João não é um exemplo, eu não sei o que mais seria. Outro dia saiu um post no Debunking Christianity interpretando uma passagem do evangelho de Mateus como uma manifestação de fanatismo racista por parte de Jesus: http://debunkingchristianity.blogspot.com.br/2012/05/jesus-as-jewish-religious-bigot_25.html Achei meio apelativa e deixei pra lá, mas ela parece bem fundamentada, remetendo aos vocábulos do original grego em seu significado à época, inclusive.
Bom, é isso.
Vai fazer um texto cometendo a ”refurtacão” do nosso ”conservador cético”?Por mim era só selecionar as melhores perolas postar no blog e deixar que os leitores tirem suas próprias conclusões.
“o cristianismo, que sempre foi modesta em suas ambições de domínio territorial.”
– Pessoal, contribuirei com esta passagem, para mim ela é a jóia da coroa! Ele disse que torce, na luta entre aquilo que ele mesmo define como humanismo x cristianismo, para o cristianismo porque ele é menos perigoso! O cristianismo se tornou menos perigoso porque encontrou resistência a suas ambições totalitárias! Esse cara é doente…
a melhor perola do texto do Ayan na minha opinião.
”Além do mais, a hostilidade de ALGUNS cristãos (da turma de Lutero) contra os judeus se deviam à questões políticas momentâneas, mas nem de longe à projetos de “salvação de mundo”. Lutero, por exemplo, não prometia em momento algum criar um mundo melhor sem os judeus.”
Então o anti-semitismo de Lutero era algo temporário, Lutero defendia a destruição de sinagogas e dos livos sagrados do judaísmo mas longe de querer acabar com os judeus por um mundo melhor eram apenas divergências teológicas.
Tem mais pérolas naquele post do que em todas as joalherias do país. Nessa passagem que vc citou eu fiquei intrigado com as “questões políticas momentâneas”. Não sei se se pode chamar de políticas as dissensões entre judeus e cristãos, nem se um perído de tempo milenar pode ser considerado um “momento”.
Eu gostei um bocado dessa aqui: Ou seja, Hitler apenas seguiu um humanismo igual ao de Héctor Ávalos, não uma filosofia do cristianismo, que sempre foi modesta em suas ambições de domínio territorial.
Ambições territoriais modestas? Acho que eu e os missionários andamos interpretando errado a exortação contida no versículo E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. (Marcos 16:15).
Engraçado esse critério que diz que querer salvar o mundo é humanismo. Então, na concepção dele, heróis da Marvel e da DC tais como Capitão América e Super Homem são humanistas? Pior ainda é que esses dias mesmo ele estava enaltecendo o conservadorismo com a estatística furada de que filme conservador rende mais, usando como exemplo justamente o Capitão América, o humanista que queria salvar o mundo do Caveira Vermelha.
A piada é eterna e garantida.
Ainda não postei la mas o bruno ja postou na comunidade Debates de Religião X Ateísmo(http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=107608103&tid=5739368513365774168&na=2&npn=15&nid=)Teve um tal de Lux in Tenebris que surtou ele não disse que Hitler era ateu mas disse que era pagão e que não segui princípios cristãos(sic) alem de fazer criticas ao Darwinismo.
Muitos fatos influenciam no numero de mortos de um genocídio,os EUA mataram mais nas Filipinas do que no leste europeu inteiro.
“Redefining Christian terms absolves one from being Christian, but redefining Darwin will still brand one a Darwinist.”
O Lux não leu esta passagem…
Na comunidade contradições do ateísmo um cara usou os textos de D’Souza pra provar que Hitler era ateu.Eu investiguei isso a fundo e encontrei um texto do Carrier em inglês sobre o tema.Como estava mal traduzido ele nem deu atenção.
Texto interessante,porem nunca ira convencer os nossos ”conservadores céticos” pra eles as fontes de D’Souza são incontestáveis assim como as estimativas do livro negro do comunismo.
Você ainda tem o link para o texto do Carrier? Provavelmente é uma das fontes que o Avalos cita para desqualificar as “Conversações Íntimas”.
Talvez as estimativas do livro negro do comunismo sejam mesmo incontestáveis. O que não quer dizer que as cifras teriam lá sido muito diferentes houvesse sido implantado uma teocracia, em vez de de um regime ateu. Estou pensando em adquirir o livro do Avalos em que ele refuta a acusação de que a escala industrial das mortes causadas pelo regime soviético decorre do ateísmo do regime.
Falando na Contradições do Ateísmo, esse post teve alguma repercussão por lá?
O Juninho Amazonense, que mora em Santos e torce pra portuguesa, me chingou horrores no twitter, e acabou caindo em contradição. Ele disse que o Hitler era ateu e desprezível mas concordou que seu Cristianismo Positivo era correto. Eu não entendi o que ele quis dizer com isso nem o link que ele deu para um blogueiro que eu não conhecia defendendo o Cristianismo Positivo:
http://lucianoayan.com/2012/03/04/a-dinamica-social-explica-por-que-o-cristianismo-vive-problemas-mais-serios-do-que-parece/
Vai entender esses blogueiros. São sempre tão contraditórios. Shame on you Juninho Amazonense. Pelo menos escolha melhor os blogueiros que cita.
Engraçado, porque neste post aqui o mesmo blogueiro afirma que Hitler não era realmente religioso. Leitura mental no ** dos outros é refresco, né?
(Gilmar, apaga o outro post que não foi aceito. Enviei o texto errado rs)
Muito bom! Eu já estava começando a acreditar que o Hitler realmente não era cristão (essa história de ele ser darwinista é nova pra mim) e este texto deixa muito claro quais são as distorções e erros cometidos pelo “historiador” D’Souza e outros “profissionais” do ramo. Algumas observações:
1. Há alguns erros na tradução: “Não existe nenhuma distinção étnica entre assassinar um grupo racial ou um grupo nacional.” Na verdade é uma “distinção ética”, o que além de ser mais lógico, é o equivalente ao original: “There is no ethical distinction between killing a racial or a national group.” Isso foi um erro de digitação ou distração, o que eu queria chamar a atenção aqui mesmo é que eu também traduziria “kill” como “assassinar”, apesar de isso ser tecnicamente errado, mas acho que você usou uma palavra mais adequada do que o autor. Os outros erros que encontrei foram em expressões como justificá-lo e mencioná-lo (e outras assim) que estão sem acentuação. Eu até dei uma olhada no Novo Acordo Ortográfico para saber se não era o caso deste tipo de acentuação ter caído, mas não encontrei nada rs Por fim, só dizendo de passagem, estranhei muito a expressão acusado neste contexto: “Ao se redefinir o vocabulário cristão, não mais se pode ser acusado de Cristianismo, mas redefinir o darwinismo ainda estigmatiza alguém como darwinista.”, mas me surpreendi mais ainda com o original “Redefining Christian terms absolves one from being Christian, but redefining Darwin will still brand one a Darwinist.” A não ser que a expressão “absolver” tenha algum sentido diferente daquele de “se livrar da acusação de algum delito”, então o autor dá a entender que dizer que alguém é cristão é uma acusação. Poderia me esclarecer isso?
2. Ainda sobre este mesmo trecho, “Redefining Christian terms absolves one from being Christian, but redefining Darwin will still brand one a Darwinist.” Fiquei com a leve impressão de que ele defendeu o exato oposto de cada trecho, ou seja, “Redefining Darwin terms absolves one from being Darwinist, but redefining Christian will still brand one a Christian.” Eu acredito que comparações assim são estéreis e acabam abrindo espaço para este tipo de questionamento. Ele deveria ter estabelecido um critério claro por um lado, enquanto por outro lado, deveria ter demonstrado a falta de critério de D’Souza e a conveniência de suas escolhas. Vou ser mais claro: qualquer reinterpretação de um texto ou ideologia que pode ser retirada diretamente de uma fonte pelo menos aparentemente ambígua ainda pode ser considerada como uma subdivisão da ideologia geral. Agora, quando o texto original precisa ser somado a novas ideias até que se atinja uma nova reinterpretação, temos uma quebra de paradigma e uma nova ideologia. Assim, alguém que apresenta uma interpretação da Bíblia diferente da corrente mas que se manteve fiel somente ao que estava lá ainda é uma pessoa cristã. E se alguém expande os conceitos apresentados por Darwin até que se chegue a limpezas étnicas, essa pessoa está claramente extrapolando o autor e criando uma ideologia própria. Do meu ponto de vista, trata-se de uma falha imperdoável. Da forma como o texto foi apresentado, a minha reinterpretação em inglês está coerente com o apresentado mas o meu critério apresentado é uma extrapolação. Então, “Redefining Avalos terms absolves me from being Avalosist”, se é que entendem a piada.
3. Agora chega de críticas, vamos aos pontos fortes: Avalos (bem como Carrier) sabe muito bem como fazer seu serviço. Dinesh escreve para chegar nas conclusões que seu público quer ouvir, então suas citações e suas referências acabam ficando mais recheadas de outros autores que pensam com ele do que de fontes primárias. Parece um adolescente fazendo trabalho escolar consultando a wikipédia. Obviamente, enquanto hoverem trouxas doidos por redimir sua ideologia dos crimes de Hitler e por dar a ela méritos que não teve, haverão D’Souzas dispostos a descontextualizar, ignorar textos importantes, citar fontes secundárias, “dissonar cognitivamente”, enfim, de mentir. Dar acesso a textos e informações omitidos por cristãos mentirosos é, sem dúvidas, uma atitude louvável de Avalos, Carrier e do Gilmar e sou grato a eles por isso.
4. Sobre aqueles que papagaiam as mentiras de Dinesh. São meros bitolados, mentirosos funcionais trabalhando para que o mentiroso beneficiário lucre e ganhe reconhecimento na sua inocência e no seu desespero por amparo intelectual, mesmo que chinfrim e fraudulento. Alguém quer uma prova disso? Vejam como os teístas e conservadores cristãos reformados na escola pseudo-não-cristã e mesmo os conservadores cristãos olavetes ou “azevedetes” se empenham em usar a mesma linguagem técnica dos ateus e humanistas. O movimento brasileiro incorporou ao seu vocabulário palavras e expressões como ceticismo e falácias e todo o modo científico de escrever, sem que na verdade sejam alguma coisa disso, qualquer um pode notar que não passam de crianças dando suas opiniões com pompa. Pra mim, fica evidente em ressentimento por anos escutando críticas: no fundo sabem que as críticas estão certas então as distorce para que possam ser útes a eles. Para mim, uma prova de seu desespero por saberem lá no fundo que não têm razão.
5. Mesmo os que propagandeiam como mais sérios, quando confrontados com textos assim, apelam para ad hominens toscos, como dizer o Carrier é novato. Outros, esquecem que algum dia defenderam esse mentiroso para tirar o corpo fora. Tem alguns que só conseguem repetir a palavra “fraude” indefinidamente. Textos raivosos, esnobadas, críticas superficiais, bingo de falácias, tudo isso você vê, exceto discussões sérias. Mas também, o que esperar de pessoas que não vêm comentar aqui só para não deixar seu IP registrado? Como se ninguém conhecesse Santos e as cidades ao ser redor e quem vive lá. O que esperar de pessoas que acham que dizer o próprio nome é algo desonesto? Mas duvido que este artigo aqui terá resposta também. A blogosfera está muito bem estabelecida e já encontrou m ponto de equilíbrio com seus “leitores sofisticados” e não precisam mais arriscar sua credibilidade. É melhor ignorar e apoiar uma máquina de repetir “fraude”, que os leitores sofisticados já acreditam sem pensar duas vezes: afinal, quem quer pro inferno só porque não concordou que o Rebeldia Metafísica só publica fraudes e textosde novatos?
6. Todo mundo sabe muito bem o blogueiro ao qual me refiro: é o Juninho Amazonense que tem um blog com 10 mil vizualizações diárias. Óbvio que não vou postar o link do blog dele aqui porque não quero fazer propaganda gratuita para aquele safado. Se alguém achar que eu estava me referindo a outra pessoa, bem, só posso dizer que a bola de cristal desse alguém tá quebrada rs
Bruno, obrigado pelos comentários e pelas correções à tradução. Em relação ao termo “absolves” e seu cognato português, encontrei o seguinte nos dicionários:
absolve: 1. (usually foll by from) to release from blame, sin, punishment, obligation, or responsibility
absolver: (entre outros sentidos) dispensar alguém da obrigação, eximir, isentar
Portanto, enquanto os humanistas seculares não finalizam seu projeto de laicização totalitária do ocidente e criminalizam os monoteísmos, traduzirei “absolves” por “não responder por” neste contexto.
Quanto ao duplo padrão utilizado pelos apologistas para que se possa imputar um rótulo ideológico, parece-me que o maior problema aqui é que o darwinismo é uma teoria científica, não uma doutrina política. Em princípio, uma teoria científica não está comprometida com nenhum sistema ético ou político em particular. E é realmente mais problemático reinterpretar fatos científicos no plano político do que idéias religiosas no plano religioso, como é o caso das inúmeras ramificações do cristianismo.
Quanto ao restante dos comentários, só acho lastimável que nenhuma editora brasileira, grande ou pequena, tome a iniciativa de traduzir livros como este. Enquanto isso a comunidade brasileira de céticos, agnósticos e ateus fica a mercê de apologistas brandindo as cartilhas dos Geislers, Craigs e D’Souza da vida.
(Eu havia escrito uma resposta maior, mas fui responder seu comentário mais recente primeiro e perdi a outra. O pior é que não é a primeira vez que isso acontece. Dãã!)
Fiz algo parecido ainda ontem! Foi por isso que escrevi a resposta aqui usando um arquivo .txt (e como consequência, acabei enviando uma parte dele que estava mal-formatada e parte do rascunho, porque dei um Ctrl-A diretão). Acontece nas melhores famílias.